Vai uma cervejinha aí? Coluna Mário Marinho

Vai uma cervejinha aí?

COLUNA MÁRIO MARINHO

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A Federação Paulista de Futebol está desenvolvendo forte trabalho de lobby para derrubar as leis que impedem a venda de bebida alcoólica nos estádios.

São duas as leis que regulamentam essa proibição: a lei estadual 9470, de 1996; e a lei municipal 12.402, de 1997.

Em pesquisas feitas com torcedores durante os jogos das finais do Paulistão em 2016 e 2017, 56% dos torcedores aprovaram a venda, enquanto 43% foram a favor da proibição.

Até me espanta que o resultado tenha sido assim tão dividido. Futebol e cerveja se dão muito bem – pelo menos na visão do torcedor. Como a pesquisa foi feita nos estádios, eu esperava que a margem de aprovação fosse bem maior.

O que prova que o assunto é muito polêmico, mesmo entre os amantes do futebol – e da cerveja.

A FPF considera a venda de bebidas como uma forte e nova fonte de receita para os clubes.

Quem é contra, argumenta que o álcool potencializa a violência.

Embora as pesquisas nesse sentido sejam também inconclusivas, muitos países proibiram ou restringiram a venda de bebidas.

A Inglaterra que lutou muito para acabar com a violência nos estádios e só conseguiu controlá-la nos anos 1990, restringiu a venda nos estádios. Em tese, é proibida, mas por meio de licenças especiais a venda é liberada em alguns períodos dos jogos e em locais especiais.

A Itália e Argentina proibiram totalmente.

A Alemanha liberou geral.

Aqui no Brasil a bebida alcoólica foi banida dos estádios em 2003, com o Estatuto do Torcedor, mas, voltou a ser permitida durante a Copa de 2014.

Como alguns estados e cidades têm legislação específica, acabaram por liberar.

São os casos, por exemplo, de Minas Gerais e Bahia.

Em Minas Gerais, a venda é permitida desde 2015, porém, com restrições: a comercialização deve se encerar ao final do intervalo do jogo.

Na Bahia, a venda está liberada nos bares e a restrição é quanto ao vasilhame: são proibidas latas e garrafas.

Os dois estados garantem que o comportamento dos torcedores não mudou. Pelo menos de modo significativo.

Como cada um tem sua opinião, aqui vai a minha: gosto muito de cerveja e de futebol. Mas nos estádios, onde os nervos já ficam à flor da pele, essa mistura costuma ser explosiva.

Por falar

em bebida…

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Como curiosidade, veja aqui a relação dos cinco países que mais consomem cerveja no mundo:

1º – Republica Tcheca – Média de consumo anual é de 143 litros por habitante.

2º – Áustria – Média anual por pessoa é de 108 litros.

3º – Alemanha – Média anual de 107 litros por pessoa.

4º – Irlanda – Média de 94 litros por ano.

5º – Polônia – Média de 89 litros por habitante.

No Brasil, mesmo estando entre os três maiores produtores de cerveja do mundo, nosso consumo é modesto: 62 litros por ano. Até aqui estamos perdendo feio para a Alemanha.

Ainda

falando em bebida…

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Há quatro anos o bonitão George Clooney se juntou ao amigo e empresário Randi Geber para montar, no México, uma destilaria para produzir a melhor tequila do mundo.

Nasceu aí, a Casamigos.

Diz Clooney:

– Nossa ideia era fazer a tequila de melhor sabor e mais suave, cujo gosto não tinha que ser coberto de sal ou lima. Então nós fizemos.

Além de ter, com alta qualidade, sua bebida preferida, Clooney evitava, assim, o trabalho de comprar 1.000 garrafas por ano para seu consumo.

Na semana que passou, Gerber e Clooney venderam a Casamigos, para a potência britânica Diaego pela mixaria de US$ 1 bilhão.

Clooney fez duas exigências: que a qualidade seja mantida e que sua remessa anual de mil garrafas não seja interrompida.

beberrão

Ah!, temos

Também o futebol

O São Paulo – que meu amigo e companheiro Zé Maria de Aquino costuma chamar de Soberano, no território livre do Facebook – continua seu périplo por esse vale de lágrimas que lhe é o Brasileirão.

No fim de semana, perdeu para o Atlético Mineiro em pleno Morumbi.

Nesta quarta-feira, foi ao Paraná e perdeu para o Atlético de lá.

Se serve de consolo para o Soberano Zé Maria e para a Soberana nação, o Tricolor não jogou mal. Só não fez gol.

Mas, o gol é apenas um detalhe…

Melhor notícia: Denílson fez ótima estreia e pode ser um bom parceiro para o quase sempre solitário Pratto. Brenner, de 17 anos, também fez sua estreia. Sem dúvida, grande promessa.

E também os

gols da quarta-feira

https://youtu.be/b4Vg1np-c1o

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FOTO SOFIA MARINHO

Mario Marinho É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, nas rádios 9 de Julho, Atual e Capital. Foi duas vezes presidente da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo). Também é escritor. Tem publicados Velórios Inusitados e O Padre e a Partilha, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

1 thought on “Vai uma cervejinha aí? Coluna Mário Marinho

  1. O futebol pretende-se um espetáculo. Cinema, teatro, circo, shows musicais também são. Não se coadunam espetáculos, como os exemplificados, com venda de bebidas alcoólicas. Quer tomar cerveja, procure lugar próprio. Quanto ao São Paulo, uma sequencia de diretorias que em nada lembram os modelos de gestão de tempos não muito distantes. Time que faz acordo com ex presidente para deixar o cargo, em troca de silêncio por má gestão, não pode pretender que no campo o resultado seja positivo.

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