Surge o Verdão imponente. Coluna Mário Marinho

Surge o Verdão imponente

COLUNA MÁRIO MARINHO

Futebol tem dessas coisas: muitas vezes o que leva a torcida ao delírio não é nem o resultado do jogo em si, mas, com ele foi alcançado.

Exatamente isso aconteceu na noite desta quarta-feira na no Allianz Parque.

Em condições normais de temperatura e pressão, o Cruzeiro ficaria muito satisfeito com o empate contra o Palmeiras; melhor ainda se com pelo menos um gol marcado. Como se sabe, o gol marcado na casa do adversário, na Copa do Brasil, é muito importante como critério de desempate para a classificação.

Já o Palmeiras, dono da casa lotada, empurrado por sua torcida, sentiria um certo sabor amargo ao empatar com o Cruzeiro, mesmo sabendo que o adversário é uma forte equipe.

Pois veja, nobre leitor, que coube ao Cruzeiro sentir um gostinho amargo no empate, que foi festejado pela torcida verde em prosa e verso, valendo quase desfile em carro de bombeiro.

Tudo isso pelo dramático roteiro que o jogo seguiu.

Com 30 minutos de jogo, os mineiros já haviam enfiado 3 a 0 garganta abaixo dos boquiabertos e pasmos ítalo-paulistas.

A defesa do Verdão era um convite ao passeio e os mineiros se sentiam à vontade como se estivessem na Avenida Afonso Pena ou na região da Savassi com seus agradáveis botecos. Ou quem sabe no convidativo Mercadão de BH tomando uma geladinha e tirando gosto com pernil e jiló.

Antes que a tragédia fosse total, o esperto Cuca mexeu na defesa.

Acabou o primeiro tempo, a torcida vaiou discretamente na esperança de dias melhores no segundo tempo.

E veio realmente a bonança após a tempestade dos primeiros 45 minutos.

Com 20 minutos de jogo o Palmeiras chegou ao glorioso empate.

Poderia até mesmo ter virado o placar: por pouco o histórico e inimaginável 4 a 3 aconteceu. Como diria o saudoso Geraldo José de Almeida, “Foi por pouco, pouco, muito pouco mesmo”.

Assim, como num conto de fadas, todos viveram felizes para sempre.

E o jogo de volta, no Mineirão, já causa expectativa: de um lado, um entusiasmado Cruzeiro que pode empatar até por 2 gols que se classifica; e de, outro, o empolgado Palmeiras que vai imponente com canta o seu hino.

A zebra
das alturas

zebra

Só aos 46 minutos do segundo tempo o irreconhecível Corinthians conseguiu o gol de empate que espantou a zebra que pintava nas alturas da cidade de Tunja, na Colômbia.

Jogou feio o Timão desfalcado de alguns de seus principais jogadores.

Como se não bastasse, falharam alguns que não costumam falhar.

Rodriguinho, quase sempre o melhor em todos os jogos, foi uma lástima.

Outro que sempre vai bem, e até muito bem, e decepcionou foi o lateral Fágner, sempre batido pelo rápido e esperto atacante Gomes. Do outro lado, também falhou o lateral esquerdo Moisés, batido a cada jogada pelo Mosquera, uma espécie de Romero deles – meio veloz, meio louco.

Mas, quase ao se fecharem as cortinas (do também saudoso Fiori Gigliotti), Fágner fez cruzamento certeiro para a entrada do zagueiro Balbuena, rápido como uma flecha marcou de cabeça, 1 a 1, evitando o vexame maior.

O dia
do goleiro

Cristiano Ronaldo em campo é certeza de que ele fará boas jogadas, marcará gols e dará olhada para o telão em campo quando sentir que a câmara da televisão o focalizou. Sairá de campo com os cabelos totalmente alinhados, sem suor no corpo e aclamado como herói.

Pois nesta quarta, pelas semifinais da Copa das Confederações, na Rússia, e herói foi o até então pouco conhecido Bravo, da seleção chilena.

Depois de um 0 a 0 com direito a duas bolas nas traves russas, a decisão foi para os pênaltis.

Lembro-me de um São Paulo e Corinthians que o goleirão Dida defendeu dois pênaltis, ambos cobrados por Raí – um no canto direito, outro no esquerdo.

Um detalhe, que você verá no tape abaixo: Dida não se adianta como faziam e fazem comumente outros goleiros.

Uma façanha, sem dúvida.

Veja:

Lá na Rússia, em Kazam, Bravo classificou sua seleção defendendo três pênaltis. Os três únicos pênaltis cobrados pelos portugueses que foram, portanto, eliminados por 3 a 0.

Bravo foi o grande personagem do jogo, o grande herói.

Mais
defesas

Como defesas em cobranças de pênaltis não são tão usuais, veja nobre leitor, as cenas abaixo, ainda menos usuais: são jogadores que substituíram os goleiros na hora da cobrança de pênaltis e se deram bem.

Curta.

https://youtu.be/56H3xaclGvc

Sport
é campeão

Somente ontem, 29-06-2017, quando o Brasileirão já está na 10ª rodada, é que o campeonato pernambucano chegou ao seu final.

O Sport é mais uma vez o campeão. Derrotou o Salgueiro por 1 a 0.

Veja os melhores momentos:

https://youtu.be/B8sC9kyNwWs

Gols do
Placar da Rodada.

https://youtu.be/wOJQG1rnXlE

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FOTO SOFIA MARINHO

Mario Marinho É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, nas rádios 9 de Julho, Atual e Capital. Foi duas vezes presidente da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo). Também é escritor. Tem publicados Velórios Inusitados e O Padre e a Partilha, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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