Inflação, tomates e outros pepinos

O carnaval em torno do
preço do tomate pode levar alguns a acreditar que o vegetal em questão seja o
grande vilão da escalada inflacionária. Não é o caso. Embora seja verdade que seu
preço tenha subido mais do que 120% nos últimos 12 meses, justificando a ira
dos consumidores, seu peso é pequeno no orçamento médio considerado pelo IBGE.
Há um ano era apenas 0,18% (ou seja, de cada R$ 100 gastos apenas 18 centavos
eram destinados ao tomate); hoje são 33 centavos a cada R$ 100.
Assim, da inflação de
6,59% registrada nos últimos 12 meses, considerando participação média do
tomate no orçamento familiar, sua contribuição foi de 0,22%. Por outro lado, a
redução de 16% das tarifas de energia elétrica no mesmo período contribuiu para
reduzir o índice de preços em 0,52%, já que este item representa cerca de R$
3,30 para cada R$ 100 gastos.
Há, portanto, produtos
que empurraram o índice ladeira acima, assim como outros que agiram no sentido
oposto. Se quisermos determinar se o IPCA mais alto é mesmo o resultado de uns poucos
aumentos pontuais de preços, ou se, ao contrário, reflete desequilíbrios mais
profundos, não faz sentido destacar apenas os primeiros, desconsiderando o
efeito dos segundos.
Precisamos, portanto, analisar
medidas de inflação que atenuem o efeito dos preços mais voláteis, os chamados núcleos de inflação. Caso os núcleos
contem uma história muito diferente da inflação “cheia”, por exemplo, mostrando
taxas de inflação muito inferiores à registrada pelo IPCA, há boa chance da
aceleração inflacionária ser resultado de um choque localizado, como preços de
alimentos. Já se as histórias são semelhantes, fica difícil justificar a
inflação mais alta apenas como fruto do preço do tomate.
Dentre estas medidas,
uma das mais simples consiste no expurgo dos preços de alimentos (justamente
para eliminar os efeitos de choques de oferta), assim como dos “preços
administrados”, na prática determinados por contratos de prazo mais longo e
decisões governamentais (combustíveis, por exemplo). De acordo com ela, os
preços dos produtos que não são alimentos nem “administrados” subiram à
velocidade média de 6,46% nos últimos 12 meses, apenas marginalmente inferior à
inflação “cheia”.
Há outras medidas de
núcleos de inflação (são cinco!), mas a conclusão é essencialmente a mesma. A
média delas aponta para inflação de 6,11% em 12 meses, sugerindo que, ao
contrário da versão oficial, a aceleração não se deve a alimentos, ou a qualquer
grupo de produtos em particular.
De fato,
complementando a análise acima podemos utilizar outra medida, o “índice de
difusão”, que mede simplesmente a proporção de produtos dentre os 365
componentes do IPCA cujos preços tenham aumentado no mês. O raciocínio é
semelhante ao exposto acima: caso a aceleração do IPCA resulte de um punhado de
produtos, enquanto a maioria registra estabilidade ou queda, o índice de preços
provavelmente estará capturando o efeito de um choque localizado; já indicações
que os aumentos de preços são disseminados sugerem que o problema é mais
profundo.
Ocorre que, desde
julho do ano passado o indicador de difusão tem registrado valores recordes em
todos os meses (desde 2005, quando a meta de inflação foi fixada em 4,5%), também
uma indicação que não se trata da elevação de uns poucos preços afetando a
medida de inflação, mas de um aumento generalizado.
Os números acima desmentem,
portanto, a narrativa oficial, que insiste em atribuir aos alimentos o
protagonismo na aceleração da inflação. As causas são mais profundas,
refletindo políticas incompatíveis com a inflação na meta.
Lendo, porém, que no Planalto avalia-se que crescimento de 3% e inflação ao redor de
6% bastam para garantir a reeleição
, fica claro que o verdadeiro
pepino não é o tomate, mas ambições de continuidade política sem preocupação
genuína com o bem-estar da população.
O
verdadeiro vilão
(Publicado 17/abr/2013)

114 thoughts on “Inflação, tomates e outros pepinos

  1. Olá Alexandre, tudo bom?

    Nós nos conhecemos no III Encontro Nacional de Blogueiros em economia. Dividimos o painel sobre política econômica. Eu até falei sobre o Sicsú, lembra?

    Achei muito didático o texto. A explicação mostra que as causas são mais profundas do que o aumento de alguns preços, sem entrar em detalhes mais técnicos sobre a condução da política monetária, por exemplo.

    O leitor leigo provavelmente irá entender…

    Abs,

    Vítor Wilher
    http://www.vitorwilher.com

    ps: eu lhe mandei e-mail, você recebeu? Eu pedia para você colocar o meu site – http://www.vitorwilher.com – na sua lista de blogs… 🙂

  2. Uma boa discurção,seria um acordo entre os sindicatos e os patrões.Os sindicatos, não revendicariam aumento salarial, e os empresários abriam mão dos seus lucros,não aumentando o preço.

    Pronto problema resolvido!!!

  3. Eh verdade, Alex. Mas precisamos ficar de olho nos nucleos mais na margem também. Eles estão mais fracos, nao trivialmente. De todo modo, para 2014 creio que a inflação vai voar com essa combinação de política fiscal e para-fiscal ultra expansionistas.

  4. "crescimento de 3% e inflação ao redor de 6% bastam para garantir a reeleição".

    A independência do Bacen precisa ser discutida urgentemente, não pode a autoridade monetária ficar a mercê de pressões políticas. O Bacen deveria se preocupar prioritariamente com a estabilidade do nível geral dos preços e o devido funcionamento do sistema monetário nacional. Tá errado, e o preço que vamos pagar pelo erro será elevadíssimo…

  5. Pensei nisso há poucos dias, mas não adianta, perdi a chance de escrever primeiro, então "rebloguei" seu texto.
    O pior não é nem eles errarem a condução tática da política monetária (errar é humano?), mas é esse tipo de declaração como a do Belluzzo sobre suficiência da inflação ficar ao redor de 5,8%… Estão demolindo nosso regime de metas.
    Até!
    jabá: http://tele-economia.blogspot.com.br/

  6. Alex, parabens pelo artigo.

    Uma dúvida: pela analise das medidas de nucleo e de difusao da inflacao desde a introducao do regime de metas, sou levado a concluir que a economia brasileira nunca passou por choques de oferta.

    Nao haveria, portanto, algum problema com o raciocinio do texto?

    Gonçalves

  7. Que textinho sem sal Alex! Assim a salada de tomate fica sem graça… Por que você não comenta o paper que detona o fato estilizado "encontrado" por Heinhart e Rogoff? Fato esse muito poderoso (até então) no sentido de respaldar as políticas de austeridade vigentes com as quais você identifica, né?
    Abs.

  8. Alex, mandou bem na entrevista para a Exame. Sobre este post, comento: é que imposto inflacionário é muito mais fácil de arrecadar e não precisamos nos preocupar com custos e produtividade.

  9. "políticas de austeridade com as quais você se identifica"

    Talvez aí na Dimensão Z (de zurro, sempre é bom lembrar). Aqui eu creio que políticas de austeridade são apropriadas a países com inflação alta, mas talvez a inexistência do segundo neurônio (o antiTeco) na Dimensão Z tenha prejudicado seu (aham) "entendimento"

  10. "Talvez aí na Dimensão Z (de zurro, sempre é bom lembrar). Aqui eu creio que políticas de austeridade são apropriadas a países com inflação alta"

    Você está absolutamente errado, Alex. Políticas de austeridade restringem crédito, e favorecem a realização apenas de bons investimentos. No longo prazo, os maus investimentos são banidos do sistema econômico, reduzindo o número de falências e mitigando seus efeitos agregados, isto é, as recessões.

  11. "Políticas de austeridade restringem crédito, e favorecem a realização apenas de bons investimentos. No longo prazo, os maus investimentos são banidos do sistema econômico, reduzindo o número de falências e mitigando seus efeitos agregados, isto é, as recessões." ?!?!?! Que papo estranho… afinal, onde esse cidadão quer chegar?

  12. Alex, tenho a impressão que é possível dividir, de modo objetivo, o "Pensamento" Macroeconômico em 3 vertentes, cujo critério seria

    a Elasticidade Nivel de Preços da Oferta Agregada

    Austriacos e Novos-Clássicos: Oferta fortemente inelástica

    Sraffianos e Pós-Keynesianos:
    Oferta fortemente elástica

    Economistas: preferem olhar a elasticidade da oferta de modo mais realista

  13. Essa história do tomate me fez lembrar a do chuchu, no final dos anos 70. Na época a questão chuchu foi atacada em duas frentes. A Cobal seria acionada para intervir na oferta (não lembro no que deu) e Simonsen defendeu (não lembro os argumentos)uma mudança (uma outra ponderação)na participação dos hortifrútis no cálculo da inflação.

    Na minha memória ficou registrado que a década de 80 encarregou-se de mostrar a irrelevância da questão do chuchu. O buraco era outro que não o do chuchu.

    Também não lembro se na época da ditadura algum economista pensou e conseguiu publicar na imprensa (não havia blogs e havia censura)algo parecido com o que está neste post, mais exatamente na sua conclusão:

    "Os números acima desmentem, portanto, a narrativa oficial, que insiste em atribuir aos alimentos o protagonismo na aceleração da inflação. As causas são mais profundas, refletindo políticas incompatíveis com a inflação na meta.

    Lendo, porém, que no Planalto avalia-se que crescimento de 3% e inflação ao redor de 6% bastam para garantir a reeleição, fica claro que o verdadeiro pepino não é o tomate, mas ambições de continuidade política sem preocupação genuína com o bem-estar da população."

    Hoje sabemos que as "ambições de continuidade política" de indivíduos e grupos comprometidos com a estabilidade da ditadura foram frustadas pela incorrigível mania da história não se desenrolar de acordo com os nossos desejos.

    A parte boa é que essa turma do passado se foi para nunca mais voltar (quem leu o 18 Brumário do Marx sabe do que falo). A ruim é que nos deixaram uma conta imensa e que, como sempre, tivemos de pagar.

    A ver ainda que futuro será engendrado neste presente.

  14. "Aqui eu creio que políticas de austeridade são apropriadas a países com inflação alta"… Sei, o problema está exatamente no critério de "inflação alta"… isso é relativizado de modo a conduzir sempre a austeridade… Anyway, e o artigo? Leu? Parece um exemplo claro de desonestidade intelectual no qual o posicionamento político (radical) sobrepuja a ciência. Uma pena. Cuidado!

  15. Concordo plenamente com o seu texto, mas discordo sobre o papel que você atribui ao tomate no molho inflacionário. É claro que o peso do tomate (como o do chuchu nos anos 80) é irrelevante no cálculo do índice e que há uma onda de difusão de preços em razão da indexação e/ou do excesso de demanda, exageradamente aquecida por uma política monetária expansionista e uma política fiscal irresponsável. No entanto, acho que faltava alguma coisa para que o problema deixasse o debate acadêmico e tomasse as ruas. Só isso poderia fazer com que medidas mais sérias começassem a ser ao menos cogitadas. Essa "alguma coisa" foi o escandaloso aumento do preço do tomate.
    Ademais, o escárnio como o problema começou a ser tratado nas redes sociais é mil vezes mais danoso à imagem do governo do que artigos de economistas nos jornais. Acho que devemos essa ao pessoal do Vale do Ribeira, região produtora de tomates em SP.

  16. O maior pepino é o do Motumbo.

    Com inflação alta o povo não tem sobra de renda para se endividar.

    Com juros baixo não ha poupança interna para investir naqueles que querem se endividar.

    Mas se subir muito o juros, o Motumbo vai castigar quem está enforcado em taxa pós-fixada

    Alex, vc sabe jogar sinuca ???

  17. "O"

    Mais exatamente no alto Ribeira. Não sei como e quando a cultura chegou lá. A região é a maior produtora do estado de SP.

  18. Um dia depois de a Dilma declarar que o combate a inflação é uma conquista dos últimos dez anos, não se ouve um pio da oposição a respeito. A eleição já está ganha por inépcia do PSDB. O BC está livre.

  19. O núcleo por exclusão de alimentação e combustíveis/energia (semelhante ao CPI core) foi de 0,33% em março, já descontando a sazonalidade… O pico havia sido em dezembro (0,74%).

    IPAs vêm surpreendendo favoravelmente há quatro meses seguidos, com o IPA-10 Agro acumulando deflação de 3% no primeiro quadrimestre (a maior desde 2006). IPCA/IPCA-15 começaram a surpreender favoravelmente nas duas últimas leituras…

    Será que a inflação está perdendo o controle? Será que foi "choque" de demanda que levou a inflação para perto do teto?

    Ou será que foi um choque de oferta/custos que está começando a mostrar devolução nos últimos meses?

  20. Alex, parabens pelo artigo.

    Uma dúvida: pela analise das medidas de nucleo e de difusao da inflacao desde a introducao do regime de metas, sou levado a concluir que a economia brasileira nunca passou por choques de oferta.

    Nao haveria, portanto, algum problema com o raciocinio do texto?

    Gonçalves

  21. "Será que a inflação está perdendo o controle? Será que foi "choque" de demanda que levou a inflação para perto do teto?"

    Será que caso ou compro uma bicicleta?

  22. Prezado "O",

    Segundo o Cepea-Esalq, as principais regiões produtoras (sul-sudeste) de tomate são : Araguari-MG, Caçador-SC, Itapeva-SP, Paty de Alferes-RJ e Venda Nova dos Imigrantes-ES.

    Abs

  23. Alex,na sua opinião, o BC carece de um "bom quadro de economistas"? Funcionários de carreira, que possuam PHD em universidades americanas(Harvard,MIT,Princeton,etc).Não estou questionando o conhecimento tecnico (regulação bancária,etc), e sim sobre conhecimento "teorico" sobre
    economia.

  24. Alexandre Schwartsman,
    Os leigos estão sendo criticados, mas eles acertam mais do que erram e quando erram acabam acertando mais à frente. Sempre tive muita resistência com o tripé que veio do governo de Fernando Henrique Cardoso e outros apetrechos tal qual a lei de Responsabilidade Fiscal copiada da Nova Zelândia.
    No final de 2002, pareceu-me que o governo de Fernando Henrique Cardoso era leniente com o câmbio com o intuito de tirar proveito do efeito deletério que o câmbio faria no governo de Lula. Ele voltaria como o grande domador da inflação. Fiquei com menos dúvida quando vi uma entrevista de Fernando de La Rùa reclamando da falta de solidariedade de Fernando Henrique Cardoso quando do fim da crise argentina. Há cerca de ano e meio ele repetiu a crítica em entrevista ao jornal O Globo como se pode ver na matéria intitulada “‘Na crise, países precisam de gestos de grandeza’, diz De la Rúa” de autoria de Janaína Figueiredo, publicada em 26/11/2011 e que pode ser vista no endereço a seguir:
    http://oglobo.globo.com/economia/na-crise-paises-precisam-de-gestos-de-grandeza-diz-de-la-rua-3332372
    Tudo isso para dizer que do limão o PT fez uma limonada. A desvalorização de 2002 foi o grande impulsionador do crescimento econômico.
    Com a Lei de Responsabilidade Fiscal, o PT, um partido minoritário tanto no Congresso Nacional como nos Estados, pode segurar os impulsos gastadores dos governadores.
    E o Regime de Metas de Inflação está conseguindo sobreviver. Ele nunca me pareceu algo digno de país desenvolvido e nem me interessei muito quando ele foi ridicularizado pelo prêmio Nobel Joseph E. Stiglitz no artigo "A falência das Metas de inflação" publicado no jornal O Globo de sábado, 07/06/208 e que pode ser visto no seguinte endereço:
    http://www.corecon-rj.org.br/artigos_det.asp?Id_artigos=41
    Não tinha visto uma crítica ligeira sua do artigo "A falência das Metas de inflação" em um comentário seu (Nele você faz referência a outra crítica que você fizera ao artigo) enviado terça-feira, 10/06/2008 às 21:39, junto ao seu post “Flying the BS Fund” de sábado, 31/05/2008, aqui no seu blog “A Mão Visível” e que pode ser visto no seguinte endereço:
    http://maovisivel.blogspot.com.br/2008/05/flying-bs-fund.html
    De todo modo, ainda que o Regime de Metas de Inflação não seja essa maravilha que o Martin Wolf tentou demonstrar hoje, quarta-feira, 17/04/2013, no Valor Econômico, no artigo “Como vencer a deflação” e que pode ser visto no seguinte endereço:
    http://www.valor.com.br/opiniao/3089614/como-vencer-deflacao
    Ou então no original no Financial Times e com links importantes no seguinte endereço
    http://www.ft.com/intl/cms/s/0/15d1efc6-a4f2-11e2-a94c-00144feabdc0.html#axzz2QjVD28yr
    Ele, o Regime de Metas de Inflação, parece o instrumento ideal para combater a inflação e assim perpetuar alguém no poder e o que é pior “sem preocupação genuína com o bem-estar da população”.
    Se bem que em relação à referência ao bem-estar da população, eu sempre gosto de perguntar: “bem-estar de qual população, cara pálida?”
    Clever Mendes de Oliveira
    BH, 17/04/2013

  25. Pelo amor de Deus, alguem leu o artigo do Ernesto Lozardo, a mula, no Valor de hoje????

    Serio, nao da nem pra comentar de tao ruim aquela porcaria… artigo fraco, zero de conteudo, nao sei como a editora do valor da espaco para essa bosta retumbante!

  26. "nao sei como a editora do valor da espaco para essa bosta retumbante"

    My dear, vc ainda não percebeu que o "Valor Econômico" é o jornal mais governista da imprensa nacional?

  27. Alex,

    concordo que fugimos da ortodoxia e que qualquer beneficio, se existente, foi a curto prazo. A minha pergunta e: se todos os seus competidores e parceiros comerciais manipulam o cambio e e passam a adotar politicas mercantilistas, o ultimo a se manter ortodoxo nao vai perder o jogo nessa transicao para outro equilibrio?

  28. "A minha pergunta e: se todos os seus competidores e parceiros comerciais manipulam o cambio e e passam a adotar politicas mercantilistas, o ultimo a se manter ortodoxo nao vai perder o jogo nessa transicao para outro equilibrio?"

    Por que esta seria uma questão relevante?

  29. Tema para debate. Alguns economistas estão falando em novo ciclo de aperto monetário. Alguns chegam a afirmar que o aperto será gradual. Será mesmo? Não sei não, o apertinho foi apenas para acalmar os ânimos, veremos…

  30. "a editora do valor da espaco para essa bosta retumbante!"

    Fala serio.

    Daqui a pouco vc vai ao Parque Antartica e vai ficar surpreso que tem tanto gordo de mais de 40 anos vestindo camisa verde.

  31. "Por que esta seria uma questão relevante?"

    Imagine, hipoteticamente, que o unico competidor comercial do Brasil seja o Japao e que o BRL esteja 25% mais cara do que 6 meses atras, comparado ao JPY. Como as nossas exportacoes vao se comportar?
    Mesmo se as economias fossem iguais em termos de produtividade e tecnologia, as nossas exportacoes iriam sofrer.

    E importante lembrar que o Japao, de juris, nao esta manipulando a sua moeda e que a OMC nao vai ter muito o que falar, ja que se trata de uma politica interna de juros que tem levado a desvalorizacao do JPY e nao a adocao propriamente dita de um regime de cambio.

  32. Meus caros,

    "…Uma boa discurção,seria um acordo entre os sindicatos e os patrões.Os sindicatos, não revendicariam aumento salarial, e os empresários abriam mão dos seus lucros,não aumentando o preço.

    Pronto problema resolvido!!!…"

    É EXATAMENTE ISTO!!!! vamos recriar as cameras setoriais para discutir preços e rendas nas diversas cadeias produtivas nacionais para combater a inflação!!!!! Agora vai!!!!

    E falando seriamente, só dá para acreditar em expurgos dos índices de preço quando as autoridades monetárias resolverem expurgar os preços que cairam significativamente devido a problemas sazonais. E não quando se quer expurgar somente os preços que cresceram muito devido a problemas sazonais (é só um comentário sobre esta assimetria das autoridades, de maneira alguma é uma crítica ao uso dos núcleos que é correta).
    Saudações

  33. "Por que esta seria uma questão relevante?"

    Porque se o juro for a 8,5% como está no focus o câmbio vai apreciar e a balança comercial afundar?

  34. "…concordo que fugimos da ortodoxia e que qualquer beneficio, se existente, foi a curto prazo. A minha pergunta e: se todos os seus competidores e parceiros comerciais manipulam o cambio e e passam a adotar politicas mercantilistas, o ultimo a se manter ortodoxo nao vai perder o jogo nessa transicao para outro equilibrio? …"

    Não, quem perdeu o jogo ontem foi o ATETRICO, time de uniforme rosa onde o jogador Richarlysson joga.
    Saudações

  35. Bela resposta técnica: "Será que caso ou compro uma bicicleta?".

    Ainda assim, foi uma resposta. Ao contrário do que aconteceu quando eu disse que chamar CF+FBCF de demanda privada e CG de demanda do setor público estava errado (no post Vereditos, de 07/03/2013)…

  36. O COPOM teve 2 votos contrários ao insuficiente aumento da Selic de 0,25%, o do Dipom (formação na França) e o do Direx (formação em Brasília básica e na USP pós). O Dipec (formação na EPGE – FGV) votou pelo aumento. A formação básica e pós têm de fato influência nas pessoas. Os que pensam e leem se salvam. O BC já foi muito melhor (mais antigamente já foi muito pior).

  37. Quando uma pessoa aceita ser diretor do BC, ele assume o compromisso com a MISSÃO do banco: "Assegurar a estabilidade monetária do poder de compra da moeda e um sistema financeiro sólido e eficiente." Ele não pode mais agir de acordo com os que pensam que que um pouquinho mais de inflação não faz mal. Não pode deixar de trabalhar para que a meta (4,5%) seja alcançada (não pode aceitar mansamente o limite superior da meta). Tem que trabalhar para que a meta de 4,5% seja alcançada e uma nova meta menor (3%) passe a ser possível. Fazer diferente é desonestidade, ignorância ou demagogia.

  38. Alex,

    Primeiramente meus parabéns pelo número de acessos.

    Gostaria de seu entendimento a respeito de medidas tomadas recentemente, como, por exemplo, a desoneração da folha de pagamentos e/ou redução de alíquotas.

    É razoável supor que estas medidas afetem mais o consumo de indivíduos com rendas mais baixas?

    Mais ainda, posso supor que esses indivíduos possuam uma Propensão Marginal a Consumir relativamente maior?

    Por último, você acha verdadeiro supor que com as medidas citadas acima, a renda disponível desses indivíduos aumenta, junto com o consumo (lembrando da PMgC relativamente maior) e isto pressiona os preços da cesta de bens desse conjunto de indivíduos?

    Ou seja, as medidas iniciais tem um efeito final de aumento de inflação.

    Faz sentido?

    Obrigado.
    XYZ.

  39. Mageconomia, vc trocou o do Dipom com o do Dipec, mas não faz muita diferença… Realmente, a Diretoria do BCB já teve muito mais estofo. Mas, uma coisa que não consigo entender ( e isso já era assim em outras épocas) é por que diretores sem nemhuma formação de economia têm direito a voto no COPOM (Diretor de Fiscalização, Diretor de Relacionamento Institucional e Cidadania, etc).

  40. "Não, quem perdeu o jogo ontem foi o ATETRICO, time de uniforme rosa onde o jogador Richarlysson joga."

    cada um assiste a o que lhe agrada…

  41. "diretores sem nemhuma formação de economia têm direito a voto no COPOM"
    Cara, o próximo passo é ter sindicalistas, minorias e alguns indicados por cotas.
    Dantas

  42. "Gostaria de seu entendimento a respeito de medidas tomadas recentemente, como, por exemplo, a desoneração da folha de pagamentos e/ou redução de alíquotas.

    É razoável supor que estas medidas afetem mais o consumo de indivíduos com rendas mais baixas?

    Mais ainda, posso supor que esses indivíduos possuam uma Propensão Marginal a Consumir relativamente maior?"

    Acredito que seja uma tentativa de reduzir o custo unitário do trabalho em setores escolhidos, não necessariamente aumentar a demanda via consumo.

  43. "O núcleo por exclusão de alimentação e combustíveis/energia (semelhante ao CPI core) foi de 0,33% em março, já descontando a sazonalidade… O pico havia sido em dezembro (0,74%)."

    Sempre dá para escolher uma medida de inflação que vai contar a história que você quer defender…

    Tente defender sua história usando a média dos núcleos (sazonalmente ajustada, de preferência) para evitar "cherry-picking". Aí conversamos…

  44. "Uma dúvida: pela analise das medidas de nucleo e de difusao da inflacao desde a introducao do regime de metas, sou levado a concluir que a economia brasileira nunca passou por choques de oferta."

    Não. Houve momentos (de cabeça, começo de 2003, por exemplo) em que a inflação cheia ficou bem distante dos núcleos. Em 2007, acho, pelo contrário, a inflação cheia ficou abaixo dos núcleos, sugerindo um choque positivo de oferta…

    De qualquer forma, o que esta abordagem sugere é que a relevância de choques de oferta para entender a dinâmica recente da inflação brasileira é muito limitada. Ou, posto de outra forma, por que falam dos alimentos como choque de oferta, mas não da redução de tarifas de energia?

  45. Exatamente..
    Xeque mate..
    Choque de oferta? haha
    Eu acho que não
    Loucos..

    Rhahaha
    Oloco meu
    Google it, choqe de oferta
    Ou não..
    Foda-se..
    Fim

  46. "diretores sem nemhuma formação de economia têm direito a voto no COPOM"
    Cara, o próximo passo é ter sindicalistas, minorias e alguns indicados por cotas.

    Do jeito que vai, com essa necessidade de coordenar expectativas, nome chique para “resgatar a confiança do mercado” melhor mesmo é botar logo o João Santana, o Duda Mendonça ou um sucedâneo razoável. Entender opinião é com eles mesmo, seria muito mais útil e, mesmo pagando um extra, muitíssimo mais eficiente.

  47. Perguntei para um professor o que achou do aumento dos juros pelo COPOM.

    Ele falou que é contra, que a inflação é de custos e que não tem inflação de demanda, só em serviços

    (2/3 da economia é serviços, e a oferta agricola e industrial é em maior parte inelástica, mas continuemos)

    Mas ponderei pra ele que se for inflação de demanda 0.25% não resolve nada. Então ele falou da questão dos interesses, que o mercado financeiro ganha com os juros, rentismo

    eu ponderei que depende de como tá o balanço, se você tá endividado na SELIC é melhor que não suba, ele aceitou a ponderação mas considerou isso como minoritário

    é o mesmo para a questão da aprovação que o Keynes deu a interpretação do Hicks, os heterodoxos até aceitam que o Keynes aprovou, mas alegam que deve ter aprovado sem ler …

    Nas minuncias, você consegue ver alguma verdade no discurso heterodoxo, mas é a verdade sendo esmagada por falsos diagnósticos ….

    Economista M

  48. "Alex,na sua opinião, o BC carece de um "bom quadro de economistas"? Funcionários de carreira, que possuam PHD em universidades americanas(Harvard,MIT,Princeton,etc).Não estou questionando o conhecimento tecnico (regulação bancária,etc), e sim sobre conhecimento "teorico" sobre
    economia."

    O quadro do BC está cheio de doutores e PHDs de universidades top, o tombini inclusive possui PHD nos EUA e tecnicamente é muito bom. O problema reside em se ter presidente e diretores de carreira. Existe uma coação tácita a que tomem atitudes alinhadas com o governo. Quando os diretores vem do mercado (não precisam ser todos, mas alguns, em algumas áreas específicas) existe um maior distanciamento do governo.

    A pior coisa que aconteceu ao BCB foi ter sido escolhido um cara da carreira.

    Quanto à questão dos votos terem sido divididos, não tenho dúvida que tudo isso é acertado previamente para se passar a mensagem que o colegiado quer. Inclusive na escolha de quais são os diretores que votam a favor ou contra, pois cada um tem um peso diferente. A relevância do diretor de administração ou internacional não é a mesma do de política monetária. Obviamente o Alex não vai comentar sobre essa minha tese, pois assumiu o compromisso de manter sigilo sobre o funcionamento do comitê.

    E nesse ritmo o Brasil está cada vez mais Venezuela e menos Chile…

  49. Usei o núcleo a la CPI core pois: i) é igual ao núcleo feito em outros países; e ii) tira toda a influência da energia elétrica (que teve deflação, once-for-all, em janeiro e fevereiro).

    Mas, OK, vamos olhar para todos eles. A média dos 4 núcleos (os 3 que o BC acompanha regularmente mais aquele que replica o CPI core) passou de 0,63% em dezembro (7,9% a.a.) para 0,41% em março (5% a.a.).

  50. Sei que é off topic, mas eu tenho certeza que esse cara deu a entrevista pensanado no "O" . . .

    http://bdadolfo.blogspot.com.br/2013/04/entrevista-com-daniel-marchi.html

    Duas partes merecem destaque:

    "desconheço outra tradição de pensamento mais prolífica que a EA"

    "Se fosse pra mencionar uma característica marcante na EA, esta seria sua conexão com a realidade da ação humana e dos mercados. Muito diferente dos pressupostos irrealistas presentes nas outras correntes."

  51. E o premio economista do ano vai para o Nelsao:

    "O ministro da Fazenda interino, Nelson Barbosa, disse hoje (18) que a elevação da taxa básica de juros em 0,25 ponto percentual, anunciada ontem após reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central, é compatível com a expectativa de crescimento econômico de 3,5% prevista para este ano. A aceleração do crescimento é compatível com o controle da inflação. Na verdade, até contribui na medida em que aumenta a competitividade da indústria, por exemplo, em curto prazo".

  52. O BITCOIN SEJA LOUVADO!!! Não precisa de um BC inflacionando seu preço. Ele serve de prova,para mostrar que um sistema de livre concorrencia de moedas poderia substituir o BC.

  53. Alexandre Schwartsman,
    A entrevista de Fernando de La Rúa ao Valor Econômico a que eu me referi em comentário enviado quarta-feira, 17/04/2013 às 22:13, fora concedida em 20/10/2010 a Humberto Saccomandi e pode ser vista no site Resenha Eletrônica do Ministério da Fazenda no seguinte endereço:
    http://www.fazenda.gov.br/resenhaeletronica/MostraMateria.asp?cod=675333
    Um dos carros chefes da propaganda eleitoral do Plano Real para alavancar tanto a candidatura de Fernando Henrique Cardoso como a reeleição dele era a frase: “a inflação é o mais injusto dos impostos”. Considero a frase uma impostura. Em meu entendimento, a inflação é ruim para todo mundo, e talvez não seja tão ruim para o país. A frase era destinada a convencer a elite em parte resistente à aplicação do remédio amargo do desemprego para combater a inflação. Não era frase para o povão, pois esse não precisava do convencimento, uma vez que detestava a inflação e talvez nem soubesse o que a frase significava.
    Kenneth Saul Rogoff e Carmen Reinhart estão passando por maus momentos, como se pode ver no artigo no Financial Times “Austerity after Reinhart and Rogoff” de autoria de Robert Pollin e de Michael Ash, mas supondo que tenham um pouco de razão na tese defendida no trabalho deles “Growth in a Time of Debt” a dívida pública elevada cria dificuldades de crescimento.
    Caso a dívida pública elevada traga como conseqüência baixo crescimento, é preciso encontrar os mecanismos capazes de reduzir a dívida pública. Todo mundo sabe que não há redutor maior da dívida pública do que a inflação. Então mais inflação é tudo que o mundo precisa.
    O endereço do artigo de Robert Pollin e de Michael Ash, no Financial Times “Austerity after Reinhart and Rogoff” é:
    http://www.ft.com/intl/cms/s/0/9e5107f8-a75c-11e2-9fbe-00144feabdc0.html#axzz2QjVD28yr
    E o endereço para o trabalho de Kenneth Saul Rogoff e Carmen Reinhart “Growth in a Time of Debt” é:
    http://www.nber.org/papers/w15639
    Todas as minhas referências acima são no sentido de criticar a idéia de que “a inflação é o mais injusto dos impostos”, considerando a frase um mantra para refrescar a consciência dos professores de economia que talvez sem se darem conta, mais por interesse próprio, criticam a inflação. E usei as referências também para tornar mais evidente o meu entendimento de que a inflação é um grande aliado em uma política de longo prazo de crescimento.
    É com base em meu entendimento de que a frase “a inflação é o mais injusto dos tributos” não é comprovada cientificamente e de que a inflação ajuda no crescimento de longo prazo da economia que eu, sempre que vejo uma frase como a que você encerra este post “Inflação, tomates e outros pepinos” de 17/04/2013, e que eu torno a transcrever: “sem preocupação genuína com o bem-estar da população”, eu lanço o repto: “bem-estar de quem, cara pálida”?
    Aliás, a sua frase no contexto em que foi empregada já mereceria censura. Ela é em si a negação da frase “governo bom o povo põe, governo ruim o povo tira” outro mantra do governo de Fernando Henrique Cardoso e de que o PT se apropriou. Por ser a negação, eu a aplaudo, mas ela pressupõe que a população não faz a avaliação correta ao escolher a política que mais agrada a ela. Há assim um ar de superioridade na frase.
    Pode ou deve o analista ou lhe é de direito discordar da avaliação da população que considera o ponto 3 de crescimento e 6 de inflação como o ponto ótimo, e se possível o analista deve demonstrar que a avaliação está errada, mas me parece mais uma manifestação de soberbia dizer que a escolha do ponto ótimo foi feita “sem preocupação genuína com o bem-estar da população”. A frase está certa se delimitasse a população à classe dos professores universitários, em especial, os de economia.
    Você pode estar certo em chamar a equipe econômica de incompetente em economia, mas eles parecem muito mais competentes do que você em política.
    Clever Mendes de Oliveira
    BH, 18/04/2013

  54. "Mas, OK, vamos olhar para todos eles. A média dos 4 núcleos (os 3 que o BC acompanha regularmente mais aquele que replica o CPI core) passou de 0,63% em dezembro (7,9% a.a.) para 0,41% em março (5% a.a.). "

    São 5 (se quiser incluir o que, malandramente, mencionou serão 6) e não 3 e você tem que dessazonalizar este negócio.

    Talvez você seja um recém-chegado, mas ouvi esta mesma lenga-lenga quando a inflação desacelerou no segundo tri do ano passado e tive que explicar isto, só para ganhar a aposta no fim do ano(na verdade, não, porque ficou acima do que eu esperava, mas ainda assim mais certo do que quem caiu no conto da sazonalidade).

  55. O BC iniciou o ciclo já dizendo que poderá nem haver um ciclo, sem unanimidade e com o diretor da política monetária votando pela manu (na reunião anterior tinha voto importante pela queda). Ou seja, essa barriga nos indices que veremos por motivos sazonais e também pela queda provável dos preços de alimentos (que em 2012 eram expurgados e agora serão parte importante da decisão, assimetria até a alma) poderá parar a selic em 7,75%/8%. E ouviremos que o trabalho está feito.
    Maradona

  56. alex aprende com delong, stiglitz, krugman e outros

    vc só sabe botar uma curvinha de philips e falar de inflação e nucleos de inflação

    mediocre

  57. "blablalba
    inflação
    blalbalba
    chega porra, vamos mudar de assunto"

    Naaaaaahhhhh. Ainda estou me divertindo com os que apostavam em convergência da inflação para a meta no ano passado…

  58. "O Nassif ja derrubou o mito do I.T, onde a imprensa é a maior responsável por especulação de juros"

    Ih, f… Gente, vamos parar com tudo agora que o Nachifre sacou a verdade.

  59. pq o padrão ouro acabou? o padrão de verdade, onde tudo era denominado em gramas de ouro. se um país quiser importar, tem que pagar x gramas de ouro, etc. vc que é de monetária deve saber bem essas questões..

  60. "O que vale mais, um PhD em ciência política ou o cérebro do Nassif"

    Qualquer coisa, até um doutorado em economia na unicamp, vale mais que o cérebro do nassif

  61. "Comenta a paulada que o Rogoff e Carmem tomaram?

    Por favor, seus leitores aguardam alguma coisa…"

    Não tenho muito a dizer. O paper estava errado (os próprios autores reconheceram). Á luz disso seria bom dar uma olhada no "This Time Is Different", embora o livro pareça ser bem mais sólido que o paper.

  62. Olha o BC afirmando q os votos pela manu se referiam ao momento de início do ciclo e não à necessidade de se elevar os juros. Uma semente de esperança brotando em meu coração. Recomeço a acreditar em convergência não-linear.
    Maradona

  63. não ta na hora de voltar o freshwater no comando? tipo o Barro, Prescott eles avizaram, a macro perdeu muita credibilidade desde que começamos a escutar pessoas como rogoff, woodford etc

  64. O BoJ explicitamente disse que estava desvalorizando o câmbio.. e aí, vai continuar chamando desvalorização de algo campineiro e uma jabuticaba?

  65. os livros q uso pra facul

    macro-blanchard
    micro-varian e robinson pra outras coisas
    monet-walsh (tua dica)
    internacional-k.o
    industrial- qual devo usar?

  66. Alex

    O que você acha do argumento do Schumpeter, de que

    apesar das vantagens da moeda fiduciária,

    o dinheiro commodity tem a vantagem de disciplinar a política interna das nações (é mais difícil fazer controle de capitais ou "imposto inflacionário" numa moeda de valor intrínseco que pode ser facilmente exportada )

  67. Alex, meu prof da Unicamp disse que voce e o Bevilacqua são os grandes responsáveis pela dívida brasileira, graças a seu espírito "pitbull" sobre os juros, e seu devastador efeito sobre as contas fiscais brasileiras. Ademais, ele disse que você é tema de piadinhas nas reuniões da AKB.

  68. Alex, gostaria de uma análise sobre a dívida pública. Melhorou, piorou, como vai ficar, com a elevação dos juros? A renúncia fiscal contratada é sustentável? E a farra do BNDES, bancos públicos e estatais?

  69. O paper de R-R estava errado mas ainda sim influenciou policy (pelo menos a narrativa senão real Policy – who knows how thensausage is actually made?)

    Essa observacao demonstra o grande problema da economia…

  70. Alex,

    Parabéns pela participação no Jornal da Cultura, mas com 19 minutos perdi a paciência com o pamonha do Fenando Sampaio. Que cara mané! Simplesmente ele não tinha resposta as suas colocações.

    Parece que quem se salva da LCA é o Celso Toledo.

  71. "Alex, meu prof da Unicamp disse que voce e o Bevilacqua são os grandes responsáveis pela dívida brasileira, graças a seu espírito "pitbull" sobre os juros, e seu devastador efeito sobre as contas fiscais brasileiras. Ademais, ele disse que você é tema de piadinhas nas reuniões da AKB."

    Ah, agora não vou dormir de dia, nem comer de madrugada, só de preocupação.

  72. "não ta na hora de voltar o freshwater no comando? tipo o Barro, Prescott eles avizaram, a macro perdeu muita credibilidade desde que começamos a escutar pessoas como rogoff, woodford etc"

    Para voltar alguém precisa ter estado lá antes.

  73. "Alex, meu prof da Unicamp disse que voce e o Bevilacqua são os grandes responsáveis pela dívida brasileira, graças a seu espírito "pitbull" sobre os juros, e seu devastador efeito sobre as contas fiscais brasileiras. Ademais, ele disse que você é tema de piadinhas nas reuniões da AKB."

    Ele tambem disse que o Lula descobriu o Brasil e Dilma e' economista?

  74. Alex,

    Sobre essa questão do tomate. Qual a relação que isso teria entre Oferta agregada e demanda agregada com os problemas enfrentados pela indústria?

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