E se o Brasil perder para o Chile… Coluna Mário Marinho

E se o Brasil perder para o Chile…

COLUNA MÁRIO MARINHO

O DataPadaria, instituto informal sempre consultado por este blog, e que mede mais paixões do que razões, constatou nesta segunda-feira que 95,8% dos brasileiros não se incomodariam nem um pouquinho se o Brasil perdesse para o Chile e deixasse de fora da Copa da Rússia, nossos simpáticos vizinhos, os hermanos de Lionel Messi e companhia.

Mais do que isso, alguns chegam às raias – ou ultrapassam – do sadismo.

Devorando um apetitoso pão com manteiga com sua tradicional companhia, o café com leite, um executivo sentenciava:

– Inimigo bom é que nem bandido bom: só morto.

Ao lado, mais delicada, degustando brioches como se fosse Maria Antonieta, a linda moça não deixava por menos:

– Inimigo é assim: se estiver morrendo de sede na sombra, a gente puxa pro sol…

O assunto, claro é o jogo Brasil e Chile nesta terça-feira, 10 de outubro,  na Allianz Parque.

Se o Brasil vencer o Chile, o que normalmente acontece, a Argentina não ficará fora da Copa da Rússia.

O histórico dos confrontos favorece ao Brasil – e, portanto, à Argentina. Nas 27 vezes em que jogaram no Brasil, nós vencemos 21 e os outros seis jogos terminaram empatados.

Confesso que não chorarei lágrimas de esguicho se os argentinos ficarem de fora da Copa.

Mas, como amante do futebol, espero encontrá-los em na terra de Raskolnikov.

E é sempre bom lembrar aos hermanos a advertência do russo de São Petersburgo: “Tudo está ao alcance do homem, e tudo lhe escapa, em virtude da sua covardia”.

Vamos à luta, portanto, hermanos.

Que Messi se torne guerreiro como Neymar. Ou até mesmo como Maradona, já que como Pelé será impossível.

Na
Memória

Exatamente no dia de hoje, 9 de outubro, o estádio do Morumbi alcançava seu público recorde que jamais será batido.

Foi numa tarde de domingo, jogo Ponte Preta x Corinthians.

No meio da semana, o Corinthians havia batido a Ponte por 1 a 0 e, se vencesse no domingo, seria campeão paulista acabando com o doloroso jejum de quase 23 anos.

Tudo caminhou nessa direção, pois aos 42 minutos do primeiro tempo, Vaguinho fez Timão 1 a 0.

Só que, no segundo tempo, Dicá e Rui Rei se encarregaram de virar o jogo: Ponte 2, Corinthians 1.

A decisão do título ficou para a quinta-feira seguinte.

Naquela tarde de domingo, 146.082 torcedores lotaram o Morumbi (público pagante: 138.032).

Eis a ficha técnica do jogo:

Ponte Preta – Carlos; Jair Picerni, Oscar, Polozi e Odirlei; Vanderlei Paiva, Marco Aurélio e Dicá; Lúcio, Rui Rei (Helinho) e Tuta (Parraga). Técnico: Zé Duarte.

Corinthians – Jairo; Zé Maria, Moisés, Zé Eduardo e Wladimir; Ruço, Luciano (Adãozinho) e Palhinha (Vaguinho); Basílio, Geraldão e Romeu. Técnico: Osvaldo Brandão.

Juiz: Romualdo Arpi Filho.

Assista aos gols:

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FOTO SOFIA MARINHO

Mario Marinho É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, nas rádios 9 de Julho, Atual e Capital. Foi duas vezes presidente da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo). Também é escritor. Tem publicados Velórios Inusitados e O Padre e a Partilha, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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