Eis aí o meu bicampeão! Coluna Mário Marinho

Eis aí o meu bicampeão!

COLUNA MÁRIO MARINHO

A campanha não deixou dúvidas: em 38 jogos, foram 20 vitórias, 13 empates, 5 derrotas. Marcou 46 gols e sofreu 25, com um saldo positivo de 21 gols. Somou 63 pontos, deixando em segundo lugar o gaúcho Internacional, em 3º o Ceará e em quarto o Paraná, formando assim o quarteto que no ano que vem estará na elite do futebol brasileiro.

Como se vê, a campanha do América foi muito boa. Foi ótima.

Mas eu já me preocupo com o ano que vem. Será que o América tem a estrutura necessária para se manter na Série A?

Até meados dos anos 60 (exatamente em 1965, quando da inauguração do Mineirão), o América era a segunda força do futebol mineiro.

Primeiro vinha o Galo, time do povão, com sua torcida fanática e fiel.

O jogo de maior interesse do futebol mineiro era Atlético x América, apelidado de o Clássico das Multidões. Lotava o então acanhado Independência que, naquela época, pertencia ao Sete de Setembro, falecido time da Capital mineira. Estádio construído especialmente para a Copa do Mundo de 1950.

Foi lá que aconteceu uma das maiores zebras em Copas do Mundo: a Inglaterra foi eliminada pela seleção dos Estados Unidos, formada por jogadores desconhecidos e, alguns, até amadores.

Nesse Independência assisti a muitos clássicos. Foi lá também que vi o ponta esquerda Zagallo jogando no gol da Seleção Carioca em jogo contra a Seleção Mineira pelo campeonato brasileiro de seleções que se disputava naquela época.

Pois, somente um time se preparou para a nova era do futebol mineiro, pós Mineirão: o Cruzeiro.

Presidido pelo empresário Felicio Brandi, o Cruzeiro dominou os primeiros cinco anos do Mineirão, montou um time espetacular onde brilhava Tostão (revelado pelo América) ao lado de outro craque, Dirceu Lopes, e de ouros grandes jogadores como o goleiro Raul Plasmann, Zé Carlos, Evaldo, Natal, Hilton, Wilson Piazza.

De 1965 a 1969 o Cruzeiro foi campeão. Formou geração de novos torcedores e passou de terceiro lugar muito longe do primeiro, para segundo quase colado no líder Atlético que tem 7 milhões de torcedores contra 6,2 milhões de cruzeirenses, segundo a última pesquisa realizada pelo jornal Lance.

O América foi caindo pelas tabelas e perdendo torcedores e sem reposição entre os jovens.

Daí, divido a minha alegria de poder ver o Coelho entre os 20 principais times do Brasil, com a pergunta que me incomoda: será que o Coelho é forte o bastante para ficar ou vai fazer bate-e-volta?

Veja o gol do título:

https://youtu.be/-xxReq1lQZI

Mão boba
ou mão idiota

Aos 20 minutos do primeiro tempo, a Ponte Preta vencia o Vitória por 2 a 0, em Campinas.

Era um resultado importante que tiraria a Ponte da zona de rebaixamento. Claro, muita bola ainda iria rolar até o fim do jogo.

Mas a derrota era muito ruim para o Vitória que também estava na zona de rebaixamento. O que levaria o time baiano a lutar até o fim.

Pouco depois do segundo gol da Ponte, seu zagueiro Rodrigo resolveu dar uma de urologista e enfiou o dedo no ânus do atacante Trellez, do Vitória. Não foi apenas uma vez, mas duas.

O auxiliar de arbitragem que viu a inusitada e grotesca cena chamou a atenção do juiz que imediatamente expulsou o zagueiro.

E, como acontece nessas ocasiões, o jogador na maior cara de pau correu para cima do juiz pedindo explicações para sua expulsão. Outro jogador da Ponte que viu o ridículo e bizarro lance partiu pra cima de seu companheiro, aos gritos de “olha o que você fez!”

Jogando com 10, a Ponte levou a virada: 3 a 2, caiu para a série B e o Vitória pulou para fora a zona do rebaixamento.

Como se não bastasse o lance estapafúrdio, torcedores da Ponte ainda invadiram o gramado na tentativa de agredir seus jogadores como já haviam feito anteriormente em um aeroporto.

Lamentável que ainda exista jogador como esse Rodrigo; lamentável que torcedores ainda invadam o campo; lamentável que a Ponte tenha caído desta forma.

Gols
Do Fantástico

Chamo sua atenção para o erro crasso de juiz e bandeirinha no jogo do São Paulo contra o Coritiba.

O juiz, mal colocado, apita o que não viu; o bandeirinha de linha de fundo, muito bem colocado, aponta o que não aconteceu.

Resultado: pênalti contra o São Paulo.

Daí, cabe a pergunta. O que faz aquele auxiliar ali da linha de fundo que, a dois metros e meio do lance não é capaz de enxergar o que realmente aconteceu?

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FOTO SOFIA MARINHO

Mario Marinho É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, nas rádios 9 de Julho, Atual e Capital. Foi duas vezes presidente da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo). Também é escritor. Tem publicados Velórios Inusitados e O Padre e a Partilha, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

 (DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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