Dica do Krugman: a AER republicou 20 artigos considerados os mais influentes já publicados pela revista nos seus 100 anos. O link para a apresentação dos artigos está aqui. Na apresentação há links para os artigos clássicos (incluindo as origens da função Cobb-Douglas!).

Divirtam-se!

[P.S. Marquei. Esqueci que o Martins já tinha dado a dica nos comentários ao post do Simpósio. Fica aqui o registro]

Alchian, Armen A., and Harold Demsetz. 1972. “Production, Information Costs, and Economic Organization.” American Economic Review, 62(5): 777–95.

Arrow, Kenneth J. 1963. “Uncertainty and the Welfare Economics of Medical Care.” American Economic Review, 53(5): 941–73.

Cobb, Charles W., and Paul H. Douglas. 1928. “A Theory of Production.” American Economic Review, 18(1): 139–65.

Deaton, Angus S., and John Muellbauer. 1980. “An Almost Ideal Demand System.” American Economic Review, 70(3): 312–26.

Diamond, Peter A. 1965. “National Debt in a Neoclassical Growth Model.” American Economic Review, 55(5): 1126–50.

Diamond, Peter A., and James A. Mirrlees. 1971. “Optimal Taxation and Public Production II: Tax Rules.” American Economic Review, 61(3): 261–78.

Dixit, Avinash K., and Joseph E. Stiglitz. 1977. “Monopolistic Competition and Optimum Product Diversity.” American Economic Review, 67(3): 297–308.

Friedman, Milton. 1968. “The Role of Monetary Policy.” American Economic Review, 58(1): 1–17.

Grossman, Sanford J., and Joseph E. Stiglitz. 1980. “On the Impossibility of Informationally Efficient Markets.” American Economic Review, 70(3): 393–408.

Harris, John R., and Michael P. Todaro. 1970. “Migration, Unemployment and Development: A Two-Sector Analysis.” American Economic Review, 60(1): 126–42.

Hayek, F. A. 1945. “The Use of Knowledge in Society.” American Economic Review, 35(4): 519–30.

Jorgenson, Dale W. 1963. “Capital Theory and Investment Behavior.” American Economic Review, 53(2): 247–59.

Krueger, Anne O. 1974. “The Political Economy of the Rent-Seeking Society.” American Economic Review, 64(3): 291–303.

Krugman, Paul. 1980. “Scale Economies, Product Differentiation, and the Pattern of Trade.” American Economic Review, 70(5): 950–59.

Kuznets, Simon. 1955. “Economic Growth and Income Inequality.” American Economic Review, 45(1): 1–28.

Lucas, Robert E., Jr. 1973. “Some International Evidence on Output-Inflation Tradeoffs.” American Economic Review, 63(3): 326–34.

Modigliani, Franco, and Merton H. Miller. 1958. “The Cost of Capital, Corporation Finance and the Theory of Investment.” American Economic Review, 48(3): 261–97.

Mundell, Robert A. 1961. “A Theory of Optimum Currency Areas.” American Economic Review, 51(4): 657–65.

Ross, Stephen A. 1973. “The Economic Theory of Agency: The Principal’s Problem.” American Economic Review, 63(2): 134–39.

Shiller, Robert J. 1981. “Do Stock Prices Move Too Much to Be Justified by Subsequent Changes in Dividends?” American Economic Review, 71(3): 421–36.

43 thoughts on “Top 20

  1. O Diamond ja ganhou o Nobel! E as duas publicacoes sao relevantes: o modelo de geracoes superpostas e o primeiro modelo de taxacao otima a chegar em resultados praticos.

  2. É razoável não ter nada recente. É preciso um tempo para a academia maturar as idéias e separar o joio do trigo. Artigos recentes que pareçam a fronteira da ciência agora podem cair no esquecimento em alguns anos.

  3. Caro Alex, sou estudante de Economia pela USP e gostaria de saber se o Cálculo Diferencial e Integral III (cujo conteúdo é sobre integrais múltiplas, campo vetorial, Teoremas de Gauss e Stokes, entre outros) poderá ser útil para a vida de um futuro economista, tanto na iniciativa privada ou carreira acadêmica, auxiliando na prática ou propiciando um maior raciocínio lógico. A motivação dessa pergunta é que eu penso, ainda durante a graduação, fazer essa disciplina, ou pelo Instituto de Matemática e Estatística (IME) ou pela Engenharia Politécnica (POLI), já que a FEA não a tem em sua estrutura curricular.

    Abraços

    Cassio

  4. "Notem que não tem nada depois de 81(quase 20 anos)!"

    Alex, apenas sugestão: coloque um filtro nos comentários para evitar a presença de analfabetos funcionais.

    Abs,

    Iam

  5. Cassio,

    o que pode ser útil para sua carreira de economista, tando na iniciativa privado, quanto na academia, é mudar urgentemente seu curso.

    Escolha matemática, engenharia (qualquer uma), estatística ou até física.

  6. Quanto ao artigo do Adolfo (é um sacrilégio colocá-lo como comentário logo nesse tópico), uma breve consideração.

    O artigo pressupõe duas coisas:

    1 – o mainstream não acredita na TQM.

    2 – o mainstream acredita na neutralidade da moeda.

    2 implica em não 1. Logo, o texto não passa de suposições em cima de um conjunto vazio.

  7. Obrigado pela dica Anônimo, mas, apesar dela, seguirei na graduação de Economia: o curso de Economia é um dos mais requisitados para estágios na iniciativa privada e um dos mais valorizados na questão salarial. Na carreira acadêmica, pelo menos no departamento de Economia da USP, os professores graduados no curso de Economia dominam com uma enorme vantagem, apesar de ter exceções, como Fábio Kanczuk e José Chiappin, e de graduado em dois cursos, como Hélio Zylberstajn (Economia e Física). Mesmo assim, obrigado pelo conselho e, pelo fato de citar só cursos de exatas como exemplo, ter mostrado a importância da matemática.

  8. Cassio,

    Economistas raramente usam integrais multiplas e EDPs. Apesar de achar que qualquer curso de matematica e' util na carreira de economista academico, cursos de analise, medida ou topologia seriam bem mais uteis do que calculo 3.

  9. Anônimo, agora discordo do seu conselho.

    Primeiramente, é visível a diferença no desempenho nas matérias de análise medida quando se tem uma sólida bagagem de cálculo.

    Segundo, há vários campos interessantes, como jogos evolucionários, que usam EDP.

  10. EDP? Perda de tempo.

    Economista tem que aprender cálculo e probabilidade/estatística na graduação.

    Ler Marx como história do pensamento econômico deve ser 100 vezes mais importante para a formação de um economista do que aprender EDP…

  11. O Alex poderia elucidar as angústias do Cassio respondendo à seguinte questão:

    Entre dois estagiários, um graduando em economia da USP e outro do IMPA ou ITA (não importa o curso), quem vc escolheria?

    Eu vou de IMPA, heheh!

  12. Que tal alguem responder a pergunta do Adolfo???

    Se moeda não gera inflacao (como argumentam o "O" e o Alex) qual o problema de imprimir moeda?

    A desonestidade intelectual esta comendo solta aqui.

  13. Blog do Adolfo disse…

    Pois eh…. o galego fala fala fala, mas nao responde o obvio:

    1) Dado que a oferta de moeda não tem relacao com a inflacao, entao qual o problema de se emitir moeda?

    Tenho notado que alguns sites preferem criticar a minha pessoa ao inves de responder a pergunta. Nao seria mais facil e honesto responder a pergunta?

    Adolfo

  14. By Selva Brasilis

    O Efeito Bicicreta e a Infração na Ingraterra

    Parece que um dos dogmas campineiros se tornou mainstream, TEM GENTE QUE ACREDITA PIAMENTE que a inflação não é um fenômeno monetário. Na Inglaterra os incompetentes do BoE falam que a inflação é culpa do VAT, do aumento das commodities, do gap do produto, oscambau. O SB recomenda ao Mervyn King usar uma antiga teoria de um professor da UnB para explicar a inflação, basta dizer que a culpa é do efeito bicicreta.
    The Bank of England’s inept performance at controlling inflation is threatening to spook the markets.

    O Selva pegou pesado.

    Kkkkkkkk!!!

    Vejam: http://selvabrasilis.blogspot.com/2011/02/o-efeito-bicicreta-e-infracao-na.html

  15. EDOs sao muito importantes em economia, EDPs nao. Integrais sao muito importantes, integrais multiplas nao. Calculo 1 e 2 sao essenciais (assim como analise e talvez medida). Calculo 3 pode ajudar mas esta' longe de ser fundamental.

  16. Acho estranho alguém vir exigir uma resposta a uma pergunta que é um conjunto vazio… mas vai lá.

    A negativa para "A é o único fator que causa B" é "existem fatores, que não A, que causam B", e não necessariamente "A não causa B".

    Citando um exemplo: se eu afirmo que a única causa para um acidente de automóvel é estar alcoolizado, essa sentença é falseada pela existência de acidentes onde ninguém está alcoolizado. Se alguém diz que estar alcoolizado não é necessariamente a causa de um acidente de carro, não necessariamente estará dizendo que pode beber três garrafas de vodka e dirigir um carro que não há problema.

  17. “1) Dado que a oferta de moeda não tem relacao com a inflacao, entao qual o problema de se emitir moeda?

    Tenho notado que alguns sites preferem criticar a minha pessoa ao inves de responder a pergunta. Nao seria mais facil e honesto responder a pergunta?”

    A resposta é que financiar déficits públicos com emissão de moeda representaria uma mudança de regime de política monetária e muito provavelmente geraria as tais condições a que Lucas alude em seu artigo de 1980 em que emissão de moeda gera inflação e a TQM é válida. Nunca se esqueça da "Lucas critique"!

    O problema, Adolfo, é que sua contribuição neste debate não vai além do slogan.

    O próprio Lucas, em seu artigo de 1980, durante o auge da moda de expectativas racionais deixa bem claro que ele acredita que a Teoria Quantitativa da Moeda é válida dentro de contextos específicos – ponto aliás confirmado pelo artigo do Sargent e Surico 30 anos depois.

    Para clarificar:

    [1] É uma tolice dizer que moeda não tem relação com inflação. Isto seria uma tolice tão tola quanto dizer que toda emissão de moeda gera inflação ou que toda inflação é gerada por emissão de moeda (pode ser o contrário, por exemplo se moeda for endógena). Isso é básico.

    [2] Moeda não é neutra sempre. Leia o Nobel Lecture do Lucas no JPE (metade dos anos 90). Até o David Hume no século XVIII sabia que moeda não é neutra sempre!

    [3] Nunca esqueça dos dados… Vide o que está acontecendo com inflação nos EUA apesar da expansão maciça nos meios de pagamento desde 2008 — alguém em sã consciência pode ter alguma dúvida que a TQM não é uma lei geral?

  18. "1) Dado que a oferta de moeda não tem relacao com a inflacao, entao qual o problema de se emitir moeda?"

    Reformule melhor sua pergunta, pois a premissa já nasce falsa.

    E aproveita para escrever o que você acha que o mainstrem defende, ou seja, como seria o modelo com neutralidade de moeda e, ao mesmo tempo, sem validade da teoria quantitativa… estou curioso em conhecer esse mecanismo esquisitão que o mainstream defenderia.

  19. Não adiante, quando se trata de fé ideológica não interessa se o sujeito é um "quermesseiro" ou um "austro- louco" bem formado . . . Há um autismo desorientado de ambos os lados do muro, um dos lados o Alex chama de dimensão Z, qual seria a dimensão do Saschida? (hehehe)

  20. Não adiante, quando se trata de fé ideológica não interessa se o sujeito é um "quermesseiro" ou um "austro- louco" bem formado . . . Há um autismo desorientado de ambos os lados do muro, um dos lados o Alex chama de dimensão Z, qual seria a dimensão do Saschida? (hehehe)

  21. O Galego foi bem no ponto: "'1) Dado que a oferta de moeda não tem relacao com a inflacao, entao qual o problema de se emitir moeda?'

    Reformule melhor sua pergunta, pois a premissa já nasce falsa. "

    O Adolfo não cansa de usar esses artifícios retóricos…

    Daniel

  22. Quanto a discussão da TQM…

    que papo de bêbado…tentando supersimplificar um sistema complexo…

    O que adianta o governo imprimir moeda se o setor bancário não empresta e o setor privado não toma crédito ?? Que inflação que sai deste comportamento ? Olha o Japão !!

    Faltou falar da velocidade na equação da TQM. SE a velocidade começar a subir e a quantidade de moeda permanecer alta, ao longo do tempo há pressão inflacionária !

    Mas pensem em desalavancagem das famílias…substituída por alavancagem do governo…

    Cara, me impressiona tanta supersimplificação do mundo real, sendo vendida como um "grande insight".

    Quem se prende a rótulos ideológicos é um idiota ou tem pretensões políticas e quer apoio do "grupo".

    Tem verdades e merdas monumentais ditas por expoentes de praticamente todas as escolas de pensamento, com exceção talvez do marxismo, aonde pra cada verdade existem 999 falácias.

    Roberto

  23. "Se fosse um heterodoxo que tivesse escrito o artigo sobre emissão de moeda não causando inflação, todo mundo iria descer o porrete…"

    Lógico, porque se você fosse um pterodoxo, você escreveria.

    "O mundo é não-ergódico o que torna as técnicas econométricas da ortodoxia neo-liberal recessiva mainstream incapazes de capturar as relações fundamentais que regem a acumulação capitalista (algumas páginas depois) como é fatalmente demonstrado nesse gráfico, e pelos índices de correlação, imprimir dinheiro não gera inflação. É um problema de conflito distributivo. Então vamos imprimir dinheiro e congelar preços que o Brasil vai virar potência mundial".

  24. Leo, esqueceu da seguinte parte: "Além disso, segundo Kalecki e Keynes, o que vale é o princípio (lei?) da demanda efetiva, e, portanto, é a demanda por moeda que cria a sua oferta (o Mario Possas desenharia a setinha da causalidade!). Além disso, mesmo que criação de moeda gerasse inflação no longo prazo, até lá estaremos todos mortos."

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Assine a nossa newsletter