Calma, gente, está só começando. Coluna Mário Marinho

Calma, gente, está só começando

COLUNA MÁRIO MARINHO

 

O futebol do interior de São Paulo é muito forte. No conjunto da obra, que se dá pelo número de times e por bons resultados alcançados, pode-se dizer, sem medo de errar, que é o mais forte do Brasil.

Some-se a isso o fato de que, por participarem de número menor de competições, têm mais tempo para se preparar, principalmente no aspecto físico.

Outro dado a se levar em conta é que os empresários da cidade, em tempos menos bicudos, costumam investir nos times locais.

Assim, numa competição de tiro curto como são os estaduais, os chamados pequenos de São Paulo estão sempre surpreendendo os grandes.

Assim, não é surpresa muito grande a derrota do Corinthians para a Ponte, 1 a 0, no Pacaembu, na noite de abertura do Paulistão 2018. Nem mesmo os 3 a 0 sofridos pelo São Paulo diante do São Bento.

Apesar do placar um tanto elástico, é bom lembrar que o São Paulo está montando seu time. Pra o próximo jogo que será contra o Novorizontino, no Morumbi, o técnico Dorival Júnior terá à sua disposição três novos contratados: Jucilei, Anderson Martins e Diego Souza que foi, sem dúvida, a melhor contratação.

Corinthians e Ponte Preta sempre fazem jogos muito disputados, quase um clássico, desde 1977, quando o Corinthians quebrou o tabu de quase 23 anos sem ganhar o Paulistão, exatamente em cima da Ponte.

Ontem, no Pacaembu, o Corinthians apresentou defeitos típicos de começo de temporada: dominou a maior parte do jogo, mandou bola na trave, criou e perdeu inúmeras chances.

Errou no excesso de passes laterais, o que pode mostrar certa insegurança dos jogadores no chute a gol ou nas jogadas mais ousadas.

Levou um gol de contra ataque e não conseguiu reagir.

Já o Santos foi a Lins e não tomou conhecimento do Linense: 3 a 0, com um golaço do atacante Rodrigão. Um daqueles gols do meio da rua.

Começa bem, assim, o técnico Jair Ventura que fez ótima temporada no Botafogo carioca no ano passado.

O milionário Palmeiras faz sua estreia hoje, em sua luxuosa Arena, contra o Santo André.

Por falar em técnico, outro que se deu bem na estreia foi Rogério Ceni: seu Fortaleza venceu o Uniclinic por 4 a 0, com quatro gols do atacante Gustavo, 23 anos, ex-Corinthians, que a fanática torcida do Fortaleza chama de Gutagol.

O Uniclinic é um time relativamente novo de Fortaleza: foi fundado em 1997 pelo médico Vanor Cruz, dono do “Hospital de Clínicas do Ceará – Uniclinic”

No Carioca, o Flamengo deu chance à garotada do sub 20 e foi bem: 2 a 0 em cima do Volta Redonda.

O Fluminense seguiu o mesmo caminho do Flamengo mas chegou a resultado totalmente adverso. Com o time recheado de garotos, perdeu para o Boa Vista: 3 a 1, fora o baile.

Foi só um pequeno susto.

O Patrocinense saiu na frente, mas logo o América tratou de colocar ordem na casa e virou o jogo, 2 a 1, na primeira rodada do Campeonato Mineiro.

No ouro jogo importante da rodada, o Cruzeiro venceu o Tupi por 2 a 0. O Galo estreia hoje à noite contra o Boa.

Quatro gols.

Mesmo assim, vaiado.

Neymar foi o melhor jogador em campo na vitória por 8 a 0 do PSG sobre o Dijon: marcou quatro gols e ainda deu duas assistências. Mesmo assim, foi vaiado pela torcida.

Por que?

Simples, quando o PSG já vencia por 7 a 0, o juiz marcou pênalti . Neymar, incontinente, pegou a bola levou para a marca do pênalti.

Ao seu lado, Cavani não esboçou a menor reação.

Neymar cobrou com a reconhecida competência e foi abraçado por seus companheiros.

Mas  torcida não perdoou e vaiou o brasileiro.

O motivo é que Cavani precisa de um só golzinho para atingir a marca de maior artilheiro do PSG. Era só bater o pênalti e converter.

A torcida não perdoou a ganância de Neymar e falta de elegância.

Marquezine, Marquezine, acalma o homem!

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FOTO SOFIA MARINHO

Mario Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, nas rádios 9 de Julho, Atual e Capital. Foi duas vezes presidente da Aceesp (Associação dos Cronistas Esportivos do Estado de São Paulo). Também é escritor. Tem publicados Velórios Inusitados e O Padre e a Partilha, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
 (DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

 

 

 

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