A Champions League caipira. Coluna Mário Marinho

A Champions League caipira

COLUNA MÁRIO MARINHO

A Copa Libertadores da América, que começou esta semana, está sendo disputada pela 59ª vez desde que foi instituída em 1960.

Sua criação deu-se em 1959 e a primeira disputa no ano seguinte, quando o uruguaio Peñarol foi o campeão (naquela edição, o representante brasileiro foi o Bahia).

Participavam os times campeões nacionais da América do Sul e a competição se chamava Campeonato Sul-Americano de campeões, nome que se manteve até 1965 quando passou a se chamar Libertadores da América.

Além dos campeões, os vices também passaram a participar.

Hoje são diversos times que participam de acordo cm critérios variáveis de classificação. Do Brasil, são 7; da Argentina, 6. Os outros países entram com quatro times cada um.

Os argentinos têm o maior número de conquistas: 24; o Brasil está em segundo com 18. Durante os anos 60, times brasileiros deixaram de participar em algumas edições, alegando desinteresse financeiro e até mesmo o excesso de violência em algumas partidas.

A Libertadores atualmente é disputada durante todo o ano. A partir do ano que vem, a final será em apenas um jogo, em sede predeterminada, como acontece com a Champions League, a mais famosa, charmosa e rica competição interclubes do mundo.

Com o novo formato, a Libertadores , torneio interclubes mais importante da América, quer se parecer com cada vez mais com a milionária competição europeia.

Até mesmo a premiação foi bastante melhorada: o campeão deste ano vai faturar cerca de R$ 35 milhões. Não dá para comparar com a competição europeia cujo campeão fatura cerca de 10 vezes mais.

O nível técnico também é incomparavelmente maior no Velho Continente.

Outra diferença muito importante está no aspecto disciplinar. Enquanto a Uefa é muito rigorosa com seus filiados, a Conmebol é conhecida por passar a mão na cabeça de seus filiados, por mais indisciplinados que eles sejam.

De todo jeito, a competição começou e desperta o interesse do torcedor. Afinal, é chance de disputar o título mundial interclubes no final do ano.

Aqui no Brasil, Santos, São Paulo e Grêmio são os maiores vencedores, com 3 títulos cada um.

Nesta fase, os times estão divididos em 8 grupos de quatro cada um. Os dois primeiros colocados se classificam para a fase seguinte.

A primeira rodada não foi assim tão festiva para os brasileiros.

O Flamengo, jogando no Rio de Janeiro (no Engenhão sem direito a presença de torcedores) ficou no empate com o argentino River Plate. Embora seja um adversário de valor, o Flamengo esteve duas vezes à frente do marcador mas não conseguiu manter a vitória.

O Grêmio, atual campeão da Libertadores, também saiu na frente mas levou o empate no jogo contra o uruguaio Defensor. Final: 1 a 1.

O Corinthians, mais preocupado em se proteger da altitude de Bogotá (cerca de 2.600 metros) se deu por satisfeito com o empate sem gols diante do fraco Milionários.

Pior resultado entre os brasileiros foi a derrota do Cruzeiro, 4 a 2, para o forte time argentino do Racing.

O Cruzeiro sofreu baixa logo no começo do jogo, com a contusão de Fred. Tomou um gol, chegou ao empate, mas não conseguiu manter o resultado.

O técnico Mano Menezes não se abalou: “Ainda temos longa caminhada pela frente” disse ele após a derrota.

Tem razão, nossa Champions está apenas começando.

Neymar
e Pelé

Claro que todos torcemos para a pronta recuperação de Neymar. Ele é o melhor jogador brasileiro e um dos três melhores do mundo.

Mas, se o destino aprontar e ele não puder participar da Copa, é sempre bom lembrar que ganhamos a Copa de 1962, no Chile, sem Pelé.

A quebra
do penoso Tabu

O próximo dia 6 de março marca os 50 anos da quebra de um penoso tabu para os corintianos.

Foi naquela noite, 06-03-1968, que o Corinthians, depois de 11 anos, venceu o Santos pelo Campeonato Paulista.

O jogo foi disputado no Pacaembu, e o Corinthians venceu por 2 a 0, gols de Paulo Borges e Flávio.

Por conta da data histórica, estive hoje no Pacaembu gravando depoimento que irá ao ar no próximo domingo, no Esporte Espetacular, na Globo.

Encontrei-me, lá, com Luís Carlos, zagueiro do Corinthians naquele jogo, e o polivalente Lima que foi meio-campista santista naquela noite.

Boas recordações.

Aquele 2 a 0 foi o primeiro Corinthians e Santos que assisti ao vivo.

Os gols da quarta-feira:

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FOTO SOFIA MARINHO

Mario Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
 (DUAS VEZES POR SEMANA 
E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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