Pois bem, o Verdão se classificou. E agora? Coluna Mário Marinho

Pois bem, o Verdão se classificou. E agora?

COLUNA MÁRIO MARINHO

Já fazia um tempinho que eu não via jogo do meu América.

Foi com alegria e muita preocupação que me postei frente à televisão para assistir a Palmeiras e América pela Copa do Brasil.

Alegria por rever o meu Coelho e preocupação com a possibilidade de um vexame frente ao miliardário Palmeiras.

Só que não.

Valente, o América partiu para cima do Palmeiras que tocava a bola para os lados sem encontrar o que fazer com ela. Muito domínio, muito tempo de bola nos pés e pouca produtividade.

Não meu caro amigo, o América não se fechou numa retranca inexpugnável como se costuma ver nos embates entre grandes e pequenos. Apenas ocupou com competência os espaços em campo.

Assim, o América fez 1 a 0, num belíssimo gol. Vale registrar que o gol de empate do Palmeiras, troca de passes de cabeça, também foi uma pintura.

O Verdão chegou ao empate bastante para sua classificação.

Mas, vale a pergunta: e agora?

No que diz respeito ao meu América, tudo normal, dentro de seus limitados horizontes.

Mas como estará o torcedor palmeirense? Certamente preocupado com o futuro desse time cheio de estrelas, cheio de dinheiro e cheio de pouco futebol.

São mistérios e mais mistérios que envolvem o futebol.

Onde está o brilhante Lucas Lima, craque no Santos e jogador meia boca no Palmeiras?

Será ele um novo Ganso, craque revelado pelo mesmo Santos (ao lado de Neymar) que enchia nossos olhos e depois desapareceu?

Por que com tantas opções, com tantos jogadores famosos o técnico Roger Guedes não consegue montar um time convincente?

Roger Guedes responderia com números: o Verdão tem a melhor campanha de todos na Libertadores e está classificado na Copa do Brasil.

Certo, certo.

Mas, o Palmeiras teve a melhor campanha no Paulistão (ops, Paulistinha) e perdeu na final. Exatamente na hora de decidir, o time eclipsou-se, virou pó.

Penso que é essa a grande preocupação do torcedor palmeirense: se continuar com esse futebol sem padrão, sem definição, como mostrou contra o América, o futuro reserva cruéis incertezas e seguras tristezas.

Planeta
América

Recebo do meu primo, o excelente oftalmologista Rui Marinho, um vídeo sobre o “Planeta América”.

Antes de mais nada, garanto a excelência do oftalmologista não apenas por ser meu primo, mas, principalmente, por ser torcedor do América. Garanto que não cabe no mundo do América profissional inapto, inábil, apagado, asno, ignaro, iletrado, oco ou improficiente.

Mostra o vídeo o mundo futuro do América com imenso Centro de Treinamento (cujo nome é Lanna Drumond, personagem que não conheço) para abrigar profissionais e todas as outras categorias do futebol americano.

Coisa de primeiríssimo mundo. Veja o vídeo.

Tomara que saia das pranchetas, ôpa, prancheta é coisa do arco da velha! Tomara que saia da computadorização, do mundo às vezes etéreo da informática e tome vida.

Agora, veja os gols da quarta-feira:

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FOTO SOFIA MARINHO

Mario Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
 (DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS 
NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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