O enigma do relógio quebrado

Chapeleiro Maluco: Por que um corvo se parece com uma escrivaninha? Alice: Desisto. Qual é a resposta? Chapeleiro: Eu não faço a menor ideia. Alice: Eu acho que você deveria fazer coisa melhor com seu tempo ao invés de gastá-lo com charadas que não têm resposta”.

Também não tenho a solução (“Poe escreveu sobre os dois” ainda me soa a melhor proposta desde 1865), mas, se alguém se interessa por enigmas surreais, passíveis de resposta, porém, eu saberia dizer por que a política fiscal no Brasil se assemelha a um relógio quebrado.

Porque, é claro, o relógio quebrado, não interessa a hora do dia, marca sempre a mesma hora, enquanto a política fiscal no Brasil, independente do momento do ciclo econômico, estimula continuamente a demanda doméstica. Assim, da mesma forma que, duas vezes ao dia, o relógio quebrado aparenta mostrar a hora certa, a política fiscal brasileira, neste momento recessivo, parece apresentar o sinal correto. Ademais, assim como um relógio quebrado não é a melhor solução para saber a hora certa, também nosso arranjo da política fiscal não é o mais apropriado para lidar com o ciclo de negócios.

Segundo dados divulgados pela Secretaria do Tesouro Nacional, o resultado primário do governo federal, corrigido pela inflação, encolheu cerca de R$ 32 bilhões nos quatro primeiros meses do ano relativamente ao mesmo período do ano passado. Destes, menos da metade (R$ 13 bilhões) se referem à queda da receita, associada à menor atividade econômica. A maior parte da expansão fiscal se deu pelo aumento do gasto público corrente (em torno de R$ 17,5 bilhões), enquanto parcela ínfima (pouco mais de R$ 1 bilhão) resultou do crescimento do investimento federal, a despeito da fanfarra em torno do PAC.

Note-se que este padrão está longe de ser acidental. Pelo contrário, a partir de 2006 (quando a STN passou a divulgar os números do investimento federal e, coincidentemente, o PAC foi lançado), os gastos correntes aumentaram cerca de R$ 78 bilhões (R$ 41 bilhões para funcionalismo e aposentadorias), enquanto o investimento cresceu modestos R$ 10 bilhões. Também não se trata de monopólio federal: no mesmo período as despesas correntes do estado de São Paulo cresceram R$ 24 bilhões, contra irrisórios R$ 5 bilhões adicionais de investimentos.

Em bom português, nossos governantes continuam a privilegiar um perfil de gastos que pouco adiciona à nossa capacidade de desenvolvimento, ao invés de aproveitar o espaço disponível para expansão fiscal com investimentos que acelerassem o crescimento potencial do país pela eliminação dos gargalos em infra-estrutura.

Por fim, o aumento do gasto corrente, ao contrário do que ocorre com o investimento, dificilmente poderá ser revertido quando a economia se recuperar. Apenas o dispêndio com funcionalismo federal e aposentadorias representou quase R$ 12 bilhões a mais nos quatro primeiros meses do ano e, como mencionado, R$ 41 bilhões adicionais a partir de 2006, gastos que não poderão ser reduzidos numa conjuntura distinta da economia, a menos de um aumento inesperado da inflação.

Vale dizer, quando a economia se recuperar, o impulso fiscal – que deveria existir tão-somente no momento de contração econômica – muito provavelmente persistirá e, pior, num contexto em que os ganhos em termos de crescimento potencial serão muito menores do que seriam possíveis caso o perfil do dispêndio público privilegiasse o investimento em infra-estrutura. Ao final das contas, de todo este gasto sobrará apenas o sorriso do gato de Cheshire.

(Publicado 24/Jun/2009)

76 thoughts on “O enigma do relógio quebrado

  1. E' ISSO AE, TIO!

    O pobrema e' que infraestrutura num vota, funcionario publico, sim. Bolsista tambem.

    Agora tem o seguinte: caso o Brasil passe desta crise somente com arranhoes, sera' necessario repensar muita coisa sobre administracao economica. O Barakistao entao, nem se fale.

    Bobama – apesar de suas desonestidades intelectuais no 'micro' – no macro das coisas ele esta' cumprindo o que prometeu: uma brutal intervencao estatal na economia, com a estatizacao e universalizacao do health care system. O preco da conta esta' no projeto de orcamento. Os fundos nao. Desnecessario dizer que so' havera' uma maneira de fundear: imposto.

    Mas quem sabe a gente da' sorte e a proposta num passa…

    Um abraco de quebrar costela

    Kleber S.

  2. Alex,

    É aquilo que já sabemos.

    Infra-estrutura, austeridade fiscal e educação, ao que parece, nunca receberão a devida atenção dos nossos governantes.

    Foi bom você ter citado o governo do Estado de São Paulo. Aos olhos da mídia, e de alguns que visitam este site, o problema dos gastos públicos parece ser apenas federal. Fato é que nesse quesito governo e oposição são muito parecidos. Sem esperanças de políticas fiscais corretas caso José Serra seja o candidato do PSDB à presidência.

    Abs
    Caio Machado

    Obs: Reparei, ao passear pelos movimentados corredores feanos, que o depec do Santander está contratando estagiários. Como estudo no período matutino e já estou muito bem empregado (exercendo inclusive função semelhante) não poderei encaminhar meu currículo. Mas fica a dica para aqueles que se interessarem. Quem acompanha as discussões deste blog, certamente adorará trabalhar com análise e pesquisa econômica, seja em bancos, seja em consultorias.

  3. Ola eu sou novato no curso de economia,você poderia me tirar uma dúvida?

    Porque quando foi adotado o regime de cambio flutuante o Brasil teve tanta dificuldade de controlar a inflação?

  4. "Porque quando foi adotado o regime de cambio flutuante o Brasil teve tanta dificuldade de controlar a inflação?"

    Por conta da benese que é investir nos títulos da dívida pública brasileira.

  5. eu falo no periodo de 99-2002 Brasil teve dificuldade de controla-la.

    Em 98 a inflação foi de 2% quando o cambio se desvalorizou ela nunca voltou para um patamar "civilizado",a não ser a partir de 2006/2007.

  6. O governo brasileiro está flertando pela irresponsabilidade. Essa política anticíclica keynesiana(o que inclui a expansão dos gastos) adotada como antídoto pelo governo nesse momento de crise não está sendo empregada de maneira sustentável.
    2010 está chegando… eleições também… quanto maior o paternalismo, maior a probabilidade de eleger Dilma, afinal, no Brasil e em especial aqui no Nordeste, reina a velha teoria do eleitor mediano.

    Felipe Oliveira
    felipe_ol@hotmail.com

  7. "em 98 a inflação foi de 2% quando o cambio se desvalorizou ela nunca voltou para um patamar "civilizado",a não ser a partir de 2006/2007"

    Felipe, quem te disse que qualquer inflação maior do que 2% não é civilizada? Aliás, me indique o livro de macro em que vc achou a definição desse conceito, "inflação civilizada".

    O fato é que a inflação brasileira está sob controle há quinze anos, salvo um ou outro percalço casual.

    Quanto à sua pergunta, sempre que um país tem condições de travar a paridade entre sua moeda e uma moeda forte, ele atrela sua inflação à inflação da moeda forte, que é normalmente baixa.

    Por isso, não é de surpreender que, quando se permite que o câmbio flutue, o controle sobre a inflação se torne naturalmente mais problemático, uma vez que se elimina a "proteção" da moeda forte. Daí a necessidade de o Brasil ter adotado a flutuação com metas de inflação.

    Sugurar os preços controlando a absorção é sempre mais difícil, mas impõe menos restrições ao manejo da política monetária.

    Abc, Pai Alex (STV)

    PS: EUA na final, como previsto!

  8. Kleber S,

    bom ve-lo de volta. Tive curiosidade de saber seus insights sobre esse rally. Comportamentos (!) estranhissimos dos robôs no SPY, e nos mercados de moedas, principalmente quando aliquidez minguava.

  9. GRANDE, DOUTRINADOR

    Ta' tudo em cima, mermao, obrigadissimo. Fui pro hospital pra checar a possibilidade de uma gripe, sai' com desobstrucao de arteria. Shit happens. Nao posso deixar de rir da situacao. O conversivel e' um tesao. Vou leva-lo pro tumulo, num tem cunversa.

    Hoje fiquei chocadissimo em ver que a selacao barakistana derrotou a espanhola! Viiiiiiram, cumpadres, Pai Bobama tem santo forte! Alias ele vai mesmo precisar de uma dose macica de mandinga pra sair da bananosa estagflacionaria que o Billy arrumou pra ele, e que ele alegremente abracou e aticou o fogo.

    Lembram que o Kleber S. dizia que na Europa a situacao seria pior? Viram o que o BCE fez hoje? Jogou ai' 442 bizinhos (de euros) no mercado a 1% ao ano. Assim como quem num quer nada…

    Menganaqueugosto, galera!

    Um abraco de quebrar costela

    Kleber S.

  10. "Porque quando foi adotado o regime de cambio flutuante o Brasil teve tanta dificuldade de controlar a inflação?"

    Com o câmbio fixo (apreciado) os tradables ficam baratos – na época, um Camry custava o mesmo do que um Santana (Santanão, então tinha que custar menos para vender). –> Há menos pressão sobre os preços.
    Já com o câmbio flutuante pode haver uma grande pressão à deprecição da moeda (país emergente etc), daí os tradables ficam mais caros (Camry passa a custar 100 mil e o Santanão 30). O que acontece? Ninguém quer o Camry e todos querem o Santana –> Aumenta o preço do Santana (Assim como o do Camry). Bens tradables fazem parte da cesta dos brasileiros.
    Quando ocorre uma depreciação da moeda, o primeiro índice a se alterar (para cima ou para baixo) é o IGP. 60% dele é composto pelo IPA – que sofre diretamente com as variações do dólar (atacado). O IPCA, índice base para a meta de inflação, sofrerá mais tarde essa pressão devido ao tempo que leva a negociação entre atacado e varejo (o cara compra a TV do chinês, mas depois tem que vender pra outro que irá comercializar internamente).

    Leia "3000 dias no Bunker", Guilherme Fiuza.

    Abraço,

    "WW"

  11. ARLEQUIM

    No dia anterior ao inicio do rally corrente – entre 6 e 9 de marco – postei aqui o comentario de que um bear market rally era iminente, e que poderia ir ate' 50% de valorizacao. E' so' pesquisar em posts da epoca aqui do blog.

    Mas e' BMR, viu Arlequim, num se entusiame muito nao.

    Aqui no Barakistao os sinais sao de crescente estabilizacao, basicamente por causa do fenomeno de consumo de estoques. Aqui na area em que eu moro, USX ja' comecou chamar pessoal em furlough de volta ao trabalho. By the way, eu ja' num guento mais ouvir – ou ler – a expressao 'green shoots'.

    Enquanto isso mesmo os barakistanos mais burros e empedernidos reconhecem que Bobama nao tinha plano pra porra nenhuma. Seu programa nao passava de uma longa declaracao de intencoes.

    Um abraco de quebrar costela

    Kleber S.

    PS: Arlequim, tambem acho que o BMR esta' ocorrendo em relacao a moedas; nao ha' fundamento que justifique a subida estrondosa da libra.

  12. Tios Alex e Kleber. (cadê o tio "O"?)

    Continuando o assunto da crise nos comentários do post passado…

    Eu frequento o blog há muito tempo, desde que começou, só não comentava, portanto lembro sim das discussões sobre a crise.

    Só uma pergunta: O quanto dessa crise é um retorno do produto a seu nível natural, dado uma expansão monetária na época de Greenspan? Não seria possível que os efeitos subsequentes da crise imobiliária tenha provocado uma contração muito forte do crédito, e que portanto o produto esteja operando abaixo do potencial, o que significaria espaço para políticas monetária e fiscal expansionistas. Veja bem, não estou negando a hipótese de que houve excesso na política monetária do Fed na época de Greenspan, só supondo que isso, na medida em que provocou toda uma situação de crise bancária, está nos levando hoje a operar abaixo do potencial, ao invés de representar somente um retorno para onde a economia americana não deveria ter saído. Talvez eu esteja esquecendo algo. Onde erro em meu raciocínio?

    Alex,

    Ótimo post. Depois se o BC tiver que subir os juros vais ser aquela ladainha. Se a nossa política fiscal é expansionista em situações normais e expansionista em época de crise, então estamos caminhando inequivocamente rumo a uma economia socialista. Ou, na melhor das hipóteses, rumo a uma social democracia de quinta categoria. O Pochmann deve estar achando uma maravilha.

    Abraços, Zamba.

  13. ZAMBA

    A pergunta que voce faz e' a mais importante de todas, e nao acho que haja resposta a priori. Ou seja, se for o caso ninguem o sabe com certeza. Dai' o "Modelo Termodinamico, que esperamos demonstrar a posteriori.

    Mas que merda de primeiro tempo, hein, cambada?

    Um abraco de quebrar costela

    Kleber S.

  14. Zamba quando eu vim para ca em 94 foi o setor de TI o responsavel pelo crescimento.Ele gerou um imenso choque de produção na economia americana,esse choque acabou em 2000 quando estorou a bolha da internet.

    A partir de 2001 Greezinho querendo evitar o efeito do estouro da bolha , baixou o juros artificialmente para 1 % criando outra bolha a imobiliária.Alex sabe que com juro a 1%,o mercado iria procurar novas formas de ganhar dinheiro.O setor imobiliário era um deles.

  15. Carequinha vc reclama de barriga "cheia".A situação fiscal do Brasil é "mara" comparado a países como EUA e Inglaterra.

    Lucrécio

  16. HEY, CAMBADA

    Um side comment: Bernanke foi muito mal na sabatina de hoje.
    Um cheiro de culpado indisfarcavel. Praticamente
    Ficou o tempo todo fazendo declaracao vaga pra evitar crime de perjurio.

    E no domingao, final Brazil x Barakistao!

    Um abraco de quebrar costela

    Kleber S.

  17. Marcos,

    Eu entendo o sentido do argumento de que se se tentar reagir expansivamente a um estouro de uma bolha só se estará produzindo uma nova bolha. A questão, imagino eu, como quis insinuar no comentário anterior, é saber o quanto dessa recessão atual é devido ao estouro da bolha imobiliária e o quanto é devido a fatores outros que, mesmo conectado à questão da bolha imobiliária (a lambança dos bancos), não são exatamente (?) causados pelo estouro da bolha (contração do crédito por causa da lambança dos bancos).

    Abraços, Zamba.

  18. Kleber S.,

    eu vi no post abaixo que você teve um problema de saúde, espero que esteja tudo bem agora. Valeu pelo retorno!

    grande abraço,

  19. Brasil é um exemplo de austeridade fiscal.Inclusive o deficit niminal esse ano vai ser 2% do PIB.

    O Brsil pode fazer uma expansão fiscal de 5% do PIB para atenuar os efeitos da crise.

    Lucrécio

  20. "Brasil é um exemplo de austeridade fiscal.Inclusive o deficit niminal esse ano vai ser 2% do PIB."

    Para quem não sabe, é isto o que acontece quando as pessoas vivem na Dimensão Z.

  21. Vendo as notícias sobre a morte do M.J., me veio à cabeça que ele talvez seja o exemplo mais famoso do que significa:

    VIVER NA DIMENSÃO Z.

    Concordam?

    Abc, Pai Alex.

    PS: só para reforçar: Z DE ZURRO!

  22. Alex como tem sido a gestão do Serra em SP referente ao controle dos gastos públicos/investimentos?

    O Brasil ano passado perdeu uma grande oportunidade de reduzir a divida pública.Daeveriamos ter aproveitado o boom das bolsas para vender as estatais.

  23. ARLEQUIM

    Muito obrigado por sua solidariedade.

    ZAMBA

    Nao e'possivel saber quanto do snafu foi causado por isso ou por aquilo. Imagine voce uma destruicao causada por um furacao caindo junto com uma tromba d'agua.

    NO DOMINGO

    Desculpe a mocada, mas vou torcer pro Barakistao, so' de sacanagem. Na improvavel vitoria, so' quero ver a cara do lulla.

    LUCRECIO

    Voce e' um enigma. Escreve decentemente, ve-se ate' que voce raciocina, mas o conteudo e' esfinctorio.

    Vou sair do ar por uns 2 dias. Tem bis nova no pedaco.

    Um abraco de quebrar costela

    Kleber S.

  24. Olá a todos!

    Não sou economista mas conheço alguns dos princípios básicos. Lembro-me da aula de Introdução a Economia onde o professor dizia que uma análise de cenário será tão bem-feita quanto for o número de variáveis consideradas.

    Tanto no texto quanto nas réplicas, vejo que foi considerado apenas o volume de gastos publicos com funcionalismo e o volume de gastos com investimentos. Não seria pertinente também uma analise do produto final do gasto com funcionalismo? Posi do jeito que é posto fica como se o dinheiro gasto está sendo rasgado, que os funcionarios pagos só ficam tomando cafezinho o dia todo.
    É bem verdade que até a década passada era exatamente essa a realidade do serviço publico. O patrimonialismo herdado desde a nossa época de Império fazia com que a maioria dos servidores públicos fossem extremamente folgados, desqualificados e com a cultura de que o patrimônio público é dele.

    Neste cenário, não adiantaria fazer investimentos de 1 trilhão que fosse, pois as pessoas que conduziriam estes investimentos iriam embolsar praticamente tudo e o povo continuaria a sofrer com o serviço prestado completamente desvirtuado do seu fim.

    Como morador de Brasília acompanho de perto o "ecossistema" do concurso público, e todos esses novos cargos ou reposição de cargos, que fomentam a estatística do aumento nas despesas correntes de pessoal, são muito concorridos, elevando consideravelmente o preparo e a capacidade profissional dos que entram agora em relação aos "dinossauros" herdados do nosso sistema patrimonialista.

    Diante desta perspectiva, este aumento de "despesa corrente", a longo prazo vai sim promover uma maior eficiência na prestação do serviço publico, com uma maior moralidade e honestidade. Assim sendo, acredito que este aumento de despesa pode ser considerado um investimento, um investimento em eficiencia do setor publico, que resultará, ao longo dos proximos anos, serviços públicos de qualidade e investimentos bem geridos.

    Quanto ao aumento de gastos com aposentadoria, o governo não tem como matar os velhinhos…
    até os anos 60, a expectativa de vida era de em torno de 50 anos, e 50 anos deposi sobe para 80. Nosso rombo da previdência vem não só dos desfalques milhonários ocorridos no passado, mas também da falta de visão desse aumento da expectativa de vida. Mas ainda bem que tivemso as reformas previdenciárias, e assim que os nossos aposentados da eras anteriores tievrem seu descanso eterno, a coisa tende a se regularizar.

    Mas caso o povo não quiser pagar aposentadoria, que crie um novo ordenamento juridico por meio do poder constituinte originário e institua a morte compulsória aos 70 anos 🙂

    Concluindo, não quero de forma alguma defender que o volume de gastos com pessoal frente aos gastos com investimento que levaram ao déficit primário tenha sido a decisão perfeita, apenas inserindo mais uma variável para que os ilustríssimos economistas façam análises menos tendenciosas 🙂

  25. O recente aumento da divida/pib se deve basicamente por causa da Doença Holandesa que faz valorizar o cambio,como somos credor em dólar se ele baixa a dívida sobe.

    Lucrécio

  26. Carequinha analisei direito seu último Post,constatei justamente que você se esqueceu de incluir rigidez do salário nominal.

    Você sabe que Com isso, a economia tem de se ajustar pela alta dos preços.Obrigrando o Copom a elevar o juro.

    Lucrécio

  27. "constatei justamente que você se esqueceu de incluir rigidez do salário nominal."

    Errado Poliana (só para variar). A curva de Phillips captura exatamente a rigidez de preços e salários.

  28. Viu Alex os efeitos positivo da crise nos USA ? A taxa de poupanca dos EUA atingiu niveis recordes 6,9%.

    A crise tem que durar uns 3 anos aqui para os americanos aumentarem o nivel de poupanca.

  29. "Viu Alex os efeitos positivo da crise nos USA ? A taxa de poupanca dos EUA atingiu niveis recordes 6,9%.

    A crise tem que durar uns 3 anos aqui para os americanos aumentarem o nivel de poupanca.'

    E imagino que os 3 milhões que perderam seus empregos compartilhem da sua visão sobre os efeitos positivos da crise.

    Aqui está frio. Como está o clima na Dimensão Z?

  30. "Não sou economista mas conheço alguns dos princípios básicos. Lembro-me da aula de Introdução a Economia onde o professor dizia que uma análise de cenário será tão bem-feita quanto for o número de variáveis consideradas."

    Prezado Diogo, se vc ainda tiver contato com este professor, por favor, jogue ovos nele por mim.

    A propósito, se tiver interesse, posso te encaminhar uma análise que fiz recentemente sobre os impactos da crise no brasil, que inclue 144 variáveis, indo desde o preço das fraldas "pom-pom clubinho" até o preço da grafite 0,5mm 2B. Sem esquecer, é claro, do número de internações por problemas respiratórios no SUS.

    Abraço, Pai Alex (STV)

    PS: São Paulo vence hoje

  31. "com a estatizacao e universalizacao do health care system"

    Kleber:

    Uma opcao publica nao e estatizacao (pelo menos nao ainda). O sistema medico americano esta quebrado, com mais de 50 milhoes sem acesso a tratamento medico de rotina (sem seguro).

    Universalizacao de healthcare e um objetivo louvavel.

    PIG

  32. "Como morador de Brasília acompanho de perto o "ecossistema" do concurso público, e todos esses novos cargos ou reposição de cargos, que fomentam a estatística do aumento nas despesas…"

    Quero deixar bem claro que em brasília tem gente que pensa antes de escrever esse tipo de asneiras…

    Marcos-DF

  33. "Uma opcao publica nao e estatizacao (pelo menos nao ainda). O sistema medico americano esta quebrado, com mais de 50 milhoes sem acesso a tratamento medico de rotina (sem seguro)."

    Claro com dinheiro do contribuinte.PIG o sistema atual e otimo.Obama que transformar o health care system em um SUS.

    "
    E imagino que os 3 milhões que perderam seus empregos compartilhem da sua visão sobre os efeitos positivos da crise.

    Aqui está frio. Como está o clima na Dimensão Z?"

    Depende Alex,tem setor aqui que tem demanda de mao de obra,como o caso de TI.Na empresa que eu trabalho,aqui agente precisa de 15 programadores,o problema e o governo americano esta impedindo que agente a contrate esses imigrantes (a maioria deles sao programadores que vem da India).

    Os 3 milhoes que perderam seus empregos estao empregados,Sub emprego aqui nao falta.Se o governo acabasse com o salario minimo/seguro desemprego, essas pessoas nao seriam demitidas.

    Em referencia ao Clima aqui em Boston esta um clima agradavel,17 graus.Melhor que em Palo alto quando eu estudava em Stanford.

  34. PIG

    Desejo de todo o coracao que TODOS os objetivos louvaveis da historia vindoura da humanidade SEJAM ALCANCADOS COM O SEU DINHEIRO, PORRAAAAA!

    Deixe o meu em paz. Voce sabe por que os sem-seguro estao nessa situacao?

    Um abraco de quebrar costela (hoje por tras)

    Kleber S.

  35. PO, TIO

    E ainda tem cara que te chama de radical!
    Ce mandou jogar ovo no energumeno que falou a bobagem estrepitosa acima! Eu ja' mandaria jogar josta. Pura e simples josta! Nada mais nada menos. Po, mas va' ser cretino assim no diabo que o carregue, certo?

    Tio, aqui entre nos, o PIGao ai' quer gastar o meu dinheiro, meu! Ta' certa uma coisa dessa?

    Sei nao Tio, Esse mundo nao ta' cum nada…

    Kleber S.

  36. Voce nunca morou nos EUA ? Ha 15 anos eu moro aqui,quem perde seu emprego vai trabalhar em Sub-emprego,diferente do Brasil.

    E so acabar com o salario minimo/seguro desemprego que o desemprego volta a cair.

  37. "Voce nunca morou nos EUA ? Ha 15 anos eu moro aqui,quem perde seu emprego vai trabalhar em Sub-emprego,diferente do Brasil."

    Eu morei nos EUA e moro no planeta Terra…

  38. Sub-emprego nao falta,o problema e emprego formal.Se Obama adotasse a ideia de Friedman de acabar com o salario minimo o desemprego nao aumentaria.

  39. Carequinha você sabe que a demanda estimula a oferta,portanto se o Brasil fizer uma expansão fiscal de 10% do PIB as receitas do governo aumentariam com o crescimento da economia.

    Lucrécio

  40. "Carequinha você sabe que a demanda estimula a oferta,portanto se o Brasil fizer uma expansão fiscal de 10% do PIB as receitas do governo aumentariam com o crescimento da economia."

    Oba. Esta é das que eu gosto. Vamos lá:

    Para dar uma canja, vou deixar de lado qualquer consideração mais séria sobre a oferta e trabalhar com o modelo keynesiano poliânico, isto é, com a oferta infinitamente elástica.

    Pela equação básica de equilíbrio macro:

    Y = Ca + Cm(Y-T) + I + G

    onde Ca é a consumo autônomo e Cm a propensão marginal a consumir. T é a tributação, aqui suposta proporcional à renda.

    T=tY

    Logo:

    Y = (Ca + I + G)/[1-Cm(1-t)]

    Portanto:

    dY/dG = 1/[1-Cm(1-t)] (o velho multiplicador keynesiano).

    Neste caso:

    dT/dG = t/[1-Cm(1-t)]

    Para que dT = dG (isto é, que o aumento de gastos provoque tal aumento da renda que seja integralmente compensado pelo aumento de impostos precisaríamos:

    t = 1- Cm(1-t) = 1 – Cm +tCm

    isto é

    t(1-Cm) = 1-Cm

    ou

    t = 1

    Só funcionaria se a alíquota marginal de imposto fosse 100%. Mas aí podemos imaginar como funcionaria (se é que funcionaria) esta economia,não?

    Eu me lembro de fazer este exercício no curso de Macro I da graduação. Parece que alguns nunca fizeram…He he he ( e nem precisei modelar o lado da oferta…)

  41. MAS QUE NEGO RUIM, SENHORES!

    Ruim porque maldoso, torturador, daquele que gosta de fazer as pessoas sofrerem. Por que so' 10% de expansao fiscal? Favelado tambem merece ter o seu Lexus, num e' mesmo cumpadres? 10% de expansao fiscal seria suficiente para botar um ISC na garagem de cada um? Ou um Z4? Nao, entao porque parar em 10%? Por que nao 100%? Ou 1000%? A receita nao e' infalivel? Por que entao ficar no half-ass?

    Keynes, canalha, enrustidona, inventou seu metodozinho economico nazista, e agora cretinos do mundo inteiro ficam ae bostejando a mais nao poder, querendo gastar o MEU dinheiro. Mas nao e' o fim do mundo, hein, cambada?

    Um abraco de quebrar costela

    Kleber S.

  42. Eu me lembro de fazer este exercício no curso de Macro I da graduação. Parece que alguns nunca fizeram…He he he ( e nem precisei modelar o lado da oferta…)

    Logo se vê que não foi muito além em macro…

    Já te apresentaram a curva de Laffer?

  43. A expansão via endividamento vai aumentar as receitas do governo uma vez que uma expansão fiscal aumenta o crescimento da economia,conssequentemente aumenta a receita do governo.

    Essa expansão pode se da via política de crédito,o aumento na oferta de crédito aumenta o multiplicador bancário.

    Toda expansão fiscal aumenta o estoque nominal de moeda.

    estoque nominal de moeda= meios de pagamento (MP)x multiplicador bancário

    multiplicador bancário: 1/ 1-d (1-e)

    Lucrécio

  44. No seu modelo de araque você se esquece de citar i que a defasagem externa, que é decorrente o intervalo que ocorre dentre a implementação das medidas e seus efeitos sobre a economia. O fenomeno choque inflacionário pode persistir por causa da indexação, que é o processo mediante o qual os agentes procuram proteger-se da inflação. Devido a demora de tempo para a coleta, cálculo e divulgação dos índices de preço, surge uma tendência para que a inflação seja a mesma do período anterior (claro, considerando a ausência da operação de outros fatores), em decorrência do processo de reajuste de contratos para recompor a renda real corroída pela inflação. Os vários fatores conjunturais que no modelo convencional provocam uma perturbação apenas transitória, num modelo que ressalta o problema do conflito distributivo e da indexação, é capaz de afetar a inflação permanentemente.

    Nos primeiros modelos de IS-LM tem-se a idéia equívoca que o Banco Central não acomoda o crescimento da chamada demanda transacional de moeda. Se o BC fica de mãos atadas (isto é, deixa a taxa Selic inalterada) diante o aumento da demanda transacional (devido a, digamos, um choque de preços relativos), ele simplesmente acomoda a oferta de moeda à demanda. Tudo se passa como se existisse um sistema fixprice no mercado monetário.

    Lucrécio

  45. Alex,

    sempre depois que algum professor apresentava o modelo keynesiano básico (este que vc apresentou), ele derivava todos os multiplicadores possiveis e imaginários: fiscal, do investimento, do saldo comercial etc.
    Mas nunca, nunca mesmo, vi um professor calcular essa derivada que vc apresentou. E também nunca vi em nenhum manual, nem no D&F, que é o que mais explora esse modelo.
    Muito interessante.

    De quem vc copiou essa idéia? Não me diga que foi sua.

    Abc, Pai Alex

  46. "O fenomeno choque inflacionário pode persistir por causa da indexação, que é o processo mediante o qual os agentes procuram proteger-se da inflação. Devido a demora de tempo para a coleta, cálculo e divulgação dos índices de preço, surge uma tendência para que a inflação seja a mesma do período anterior (claro, considerando a ausência da operação de outros fatores), em decorrência do processo de reajuste de contratos para recompor a renda real corroída pela inflação. Os vários fatores conjunturais que no modelo convencional provocam uma perturbação apenas transitória, num modelo que ressalta o problema do conflito distributivo e da indexação, é capaz de afetar a inflação permanentemente."

    Fez um carnaval danado, escreveu, escreveu e não comentou que o meu modelo tem inércia… Não adianta falar e espernear. Tem que mostrar matematicamente, coisa que eu, para variar, fiz e você, para variar, não…

    Deve ser interessante viver sem amor-próprio….

  47. "De quem vc copiou essa idéia? Não me diga que foi sua."

    Não foi minha, de forma alguma. Eu me lembro de ter feito um exercício destes na prova do Rubem Almonacid há mais tempo do que eu gostaria (82? 83? sei lá). Posso ter sido o único a acertar, mas não juro de pés juntos.

  48. BARBARIDADE, CAMBADA!

    O negocio aqui esta' descambando de vez. Agora bom-senso tem que ser provado matematicamente. Tem neguinho duvidando das ideias do outro, uma coisa horrorosa!

    Mas tem coisa altamente positiva tambem! Ja' pensaram se o lulu fosse medico?

    Um abraco de quebrar costela

    Kleber S.

    PS: Cumpadres, vamos sair dessa vida de Keynes, nazista e bichona enrustida, ta' falado?

  49. "Vale dizer, quando a economia se recuperar, o impulso fiscal – que deveria existir tão-somente no momento de contração econômica – muito provavelmente persistirá e, pior, num contexto em que os ganhos em termos de crescimento potencial serão muito menores do que seriam possíveis caso o perfil do dispêndio público privilegiasse o investimento em infra-estrutura."

    Alex foi gracas a essa sua mentalidade de "Privilegiar Investimento em Infra estrutura " que fez com que as desigualdades aumentassem no Brasil principalmente na decada de 70.Brasil prefiriu investir em projetos de infra estrutura,politica industrial e se esqueceu de investir em educacao basica.

    Existe uma lacuna muito grande no ensino superior Brasileiro,o governo subsidia muito a graduacao (deveria ser paga) , investe pouco em mestrado/doutorado (pesquisa publica).E melhor deixar o investimento em infra-estrutura com a iniciativa privada (Sao Paulo e um exemplo disso),tem as melhores estradas do Brasil.

    PS Ricardo Paes de Barros e uma otima leitura sobre desigualdades sociais.

  50. "Tio, aqui entre nos, o PIGao ai' quer gastar o meu dinheiro, meu! Ta' certa uma coisa dessa?"

    Klebao:

    Se ha ou nao um papel pro governo na universalizacao da saude nao e bem uma questao economica, ao meu ver.

    Agora, que qualquer benchmark demonstra que os US estao atras dos outros paises desenvolvidos, e o sistema tem que ser reformado.

    De preferencia, com a grana do Kleber!

    PIG

  51. Ah então você acha que não há um momento em que o trabalho é desencorajado pelos impostos? Que doido.

    Você acha que essas desonerações não fazem efeito? Olhe os números de vendas de automóveis…

    Tente refutar essa afirmação: Em setores sufocados pelos impostos (depois do nível ótimo de taxação), um corte de impostos aumenta a receita.

  52. "3. On the issue of tone, I again think I understand Paul's point of view. He likely believes that civility is overrated. He thinks that in the blogosphere, and perhaps in the public debate more generally, you score points simply by insulting your intellectual adversaries. Sadly, he may be right."
    Do professor Mankiw ao professor Krugman…

  53. "Ah então você acha que não há um momento em que o trabalho é desencorajado pelos impostos? Que doido."

    Isto eu sei que há (qualquer nível maior que zero faz o serviço). A questão é saber se, empiricamente, estamos numa situação na qual uma redução dos impostos aumenta a receita (ou, de forma equivalente, se um aumento de impostos diminui a arrecadação).

    O melhor teste desta proposição foi a redução de impostos feita pelo reagan com base na curva de Laffer. Conseguiu trazer o déficit americano (já corrigido pelo ciclo econômico) de perto de 0% do PIB em 1980 para mais de 5% do PIB em 1985 (o número não corrigido chegou próximo a 6% em 1983).

    Desde então economistas adultos não repetem estas bobagens (e também sabem a diferença entre derivadas parciais e totais, mas nem vale a pena entrar neste tópico).

  54. A curva de Laffer é conhecida como a teoria que foi rascunhado no verso de um guardanapo de lanchonete.

    Em vários lugares é possivel encontrar esta referência.

    Logo se vê que não é levada muito a sério.

    Abc, Pai Alex

  55. PIG o sistema de saudo do US e de primeira,com um detalhe cada um paga o seu.A pior coisa seria o governo criar um SUS aui no US.

    Sistema de saude tem que ser privado,garanto que se privatizassem o SUS no Brasil a qualidade dele melhoraria.

  56. Jornal O Estadado de SP – 21/06 – Entrevista com Guido Mantega

    O câmbio preocupa o senhor?

    Sim, o câmbio preocupa. Do jeito que está, diminui a competitividade(..). Tem hora que ele flutua para um lado, tem hora que flutua para outro. O que não pode é flutuar só para um lado. Hoje, o excesso de valorização prejudica o País. E aí começa a preocupação. Mas estamos comprando mais reservas. O Brasil se deu muito bem comprando reservas. FOI UMA ESTRATÉGIA QUE INTRODUZIMOS NO GOVERNO A PARTIR DE 2006 quando me tornei ministro da Fazenda, foi uma das primeiras questões que levei ao presidente Lula e ao Henrique Meirelles (presidente do BC)(..)

    —–

    Grifo meu.

    Como, até onde eu sei, não foi desmentido, vou começar a achar que é verdade mesmo..

    Doutrinador

  57. "Como, até onde eu sei, não foi desmentido, vou começar a achar que é verdade mesmo.."

    Já foi desmentido. Esta hoje no Sardenberg (amanhã coloco o comentário dele). Mas eu não posso sair falando, não é?

  58. "Hoje, o excesso de valorização prejudica o País.",

    Impressionante como as pessoas se esquecem dos ensinamentos de economia.Algumas pessoas se esqueceram que o cambio valorizado aumenta os salarios reais (sem contar o impacto na inflação).

  59. Alex Brasil tem adotado uma política fiscal razoavel.Ela não é das melhores mas da pra fazer algumas políticas anticiclicas.

    Por exemplo o BNDES vai ajudar o setor de maquinas e equipamentos,a TJLP baixou.Setor de caminhões vai pagar juros de 4,5%.

    No setor de aços a pedido da empresa que eu trabalho (Gerdau) junto com Usiminas e CSN o governo taxou produtos de aços importados com 12% de imposto que antes estava a zero.Essas medidas vão permitir o Brasil sair mais rapido da crise.

  60. Delfim Netto expõe as falhas inexoráveis do paradigma novo-keynesiano mongol.

    Como é evidente, nem a "taxa natural de juros" nem o "produto potencial" são diretamente observáveis. Extraí-los das entranhas do sistema econômico por métodos econométricos cada vez mais sofisticados é o exercício que excita a profissão. Até agora as tentativas empíricas de determinar, simultaneamente, a taxa de juro natural e a diferença entre o PIB potencial e o observado, o famoso "hiato do produto", apenas mostraram que a primeira não é constante e o segundo altamente problemático!

    Pela própria natureza de sua missão, o comportamento do Banco Central tende a tornar-se extremamente conservador, porque: 1) as diferenças de tempo entre a ação monetária e o seu efeito podem ser longas (9 a 15 meses) e variáveis; e 2) o Banco Central tem que lidar com conceitos altamente ilusivos, que ele tem que supor bem determinados: o "produto potencial", que seria o limite superior da capacidade produtiva do sistema econômico, ou a taxa de juros real natural, que seria aquela que manteria a demanda global permanentemente perto do "potencial", sem produzir tensões inflacionárias.

    Se aqueles "conceitos" pudessem ser materializados como ectoplasmas, num laboratório econométrico, estaria tudo bem resolvido. O problema é que, como dissemos, as "estimativas" dos dois revelam altas imprecisão e volatilidade.

  61. "Se aqueles "conceitos" pudessem ser materializados como ectoplasmas, num laboratório econométrico, estaria tudo bem resolvido. O problema é que, como dissemos, as "estimativas" dos dois revelam altas imprecisão e volatilidade."

    O problema é que os vagabundos que não sabem matemática e estatítisca não querem estudar o suficiente para resolver o problema…

    "o Banco Central tem que lidar com conceitos altamente ilusivos"

    Pois é. Para isto que a gente estuda ao invés de choramingar.

  62. Alex, as vezes o cara até estuda, conhece matemática, tem até doutorado. Torna-se Czar, quero dizer ministro, e então quando inflação vem mais alta é só dar uma canetada e pronto(talvez ele tbm seja guru dos Kirchners), isto claro, com o democratico AI-5 como manual de macroeconomia. He he he!

  63. "No setor de aços a pedido da empresa que eu trabalho (Gerdau) junto com Usiminas e CSN o governo taxou produtos de aços importados com 12% de imposto que antes estava a zero.Essas medidas vão permitir o Brasil sair mais rapido da crise."
    Réu cofesso: lobby na veia!

  64. Renato a taxação aconteceu porque os produtos importados estavão vindo com dumping para o Brasil.
    Qualquer economista que tenha pago comercio internacional sabe que Dumping é ruim.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Assine a nossa newsletter