Recebi o seguinte comentário e respondo logo abaixo.

Alex estudo na eesp e perguntei a Nakano e Bresser porque o Brasil cresce pouco e temos um juros altos e inflação alta também.Eles me falaram que o Brasil cresce pouco em relação a China e Índia porque temos uma taxa de juros alta que favoreçe a entrada de capitais especulativos valorizando o cambio,o dolar valorizado impede as exportações brasileiras além de que causa problema nas contas externas.

A solução deles foi o Brasil cortar juros para aumentar o superavit fiscal e estimular a produção cortes nos gastos do governo cambio administrado para garantir as exportações e manutenção nas contas externas,é pura demagogia do BC aumentar o juros pois a inflação é importada se o Brasil baixasse o juros poderiamos ter um maior controle da inflação porque a produção aumentaria.

Anônimo:

A quantidade de disparates nesta afirmação é tão grande que fica difícil responder em poucas palavras, mas vamos tentar.

1) A historinha que o Brasil cresce pouco porque o juro é alto e o câmbio é apreciado é bobagem. Se isto fosse verdade qualquer país poderia crescer muito rápido quando quisesse (o argumento de que “rentistas” não deixam é de um ridículo atroz: imagine o que conseguiria um político que fizesse o país crescer 10% aa; certamente ele não daria a mínima para o que os “rentistas” pensam). O simples fato de que certos países crescem muito e outros pouco quando um remédio tão conveniente está a mão já deveria deixar qualquer um desconfiado.

2) China e Índia crescem muito porque estão passando pelo processo que o Brasil passou entre 1930-80, i.e., tirar gente de setores de baixa produtividade (então agricultura) e passá-los para setores de alta produtividade (indústria), aumentando a produtividade e, portanto, o crescimento. Em outras palavras estão – principalmente a China – passando pelo processo de URBANIZAÇÃO. Para quem se diz adepto de uma abordagem “histórica” é no mínimo curioso não fazer qualquer menção a este fato.

Fora isto a China poupa 40% do PIB e o Brasil poupa 20%. Será que isto não faz qualquer diferença?

3) Mesmo com o juro real elevado a demanda doméstica tem crescido aceleradamente (investimento, por exemplo, cresce a 15% nos últimos 4 trimestres, o que não é pouco, e o consumo a quase 7%), ao mesmo tempo em que vemos sinais de estresse do lado da oferta. Certamente não temos problema para acelerar a demanda. Por outro lado, a estratégia de baixar a taxa de juros para “aumentar a oferta via investimento” acaba de ser testada e falhou fragorosamente, mesmo com o investimento crescendo bem à frente do PIB.

4) Investimento é primeiro demanda e depois oferta. Quanto a mais de crescimento é “comprado” por investimento? Nas contas de qualquer um que procure quantificar o argumento ao invés de proferir cretinices, cada unidade extra de investimento aumenta o produto pela produtividade marginal do capital.

Pelas minhas estimativas 1% do PIB a mais de investimento (grosso modo investimento crescendo 5.6% mais rápido que o PIB, ou seja, perto de 10% a.a.) ganha entre 0,2 e 0,25% a mais de crescimento do PIB potencial. Em outras palavras, jogamos 1.8% de demanda extra para 0,25% de oferta extra. Pede para o Yoshiaki explicar como esta conta fecha…

5) Quanto a administrar o câmbio, basta olhar para o que a Argentina fez e onde está indo parar depois que a capacidade ociosa foi preenchida. Inflação de 30%, desarranjo de preços relativos e crise social/política. Segurar o câmbio nominal sem segurar a inflação não vai te levar muito longe…

6) Eu mostrei (http://maovisivel.blogspot.com/2008/06/inflao-contagiosa.html) que a inflação não é importada. É só fazer a conta da inflação externa deduzida a variação cambial para perceber esta falácia. De novo é conversinha de quem não se preocupa em fazer conta.

7) Desde 2002 o câmbio só aprecia e as exportações só sobem. É verdade que preços subiram (aliás, é principalmente por isto que o câmbio aprecia), mas mesmo o crescimento das quantidades (manufaturados inclusive) tem sido bem mais rápido que nos anos anteriores. De qualquer forma, seja por preço, seja por quantidade, as exportações brasileiras mais que triplicaram nos últimos 5-6 anos. Como alguém pode alegar que a falta de dinamismo das exportações está prejudicando o crescimento? Aposto que se você perguntar a qualquer um deles qual foi o crescimento das exportações no período mais recente eles não saberão dizer sem ir consultar os números, coisa que aparentemente não fizeram (e não fazem).

8) Aproveite os bons professores da GV, mas não vá atrás do papo furado dos picaretas de plantão.

Abs

Alex

30 thoughts on “Respostas

  1. Alex como você justifica países como o México ter uma taxa básica de juros proximo a 7% AA e tem uma inflação entre 3 e 4% AA? Fica na cara que nem sempre juros altos controla a inflação o principal efeito da Selic hoje não é sobre aredução da base monetárua e sim no cambio.Cambio valorizado é ruim pois aumenta as importações ajuda no controle a inflação mais traz défict’s nas transações correntes,uma alternativa seria aumentar as taxas de importação para tornar produtos importados mais caros.

    Alex se Y= C+I+G+E-I se eliminarmoso governo e o mercado externo, analisando somente Consumo e o Investimento,neste ponto acredito que duas coisas devem ser bastante observadas :primeira seria o comportamento da curva crescente para saber se é um crescimento exporádico ou não.

    Caso o investimento esteja pressionando a inflação, creio que é muito arriscado aumentar a taxa de juros exageradamente, ainda mais por saber que a variável I é a mais complicada e depende de fatores como conviança do empresariado etc , se C então creio que só aumentar a taxa de juros não sehja preciso. o aumento da importação não tem como efeito colateral a regulação dos preços internos?
    Creio que depende qual seja o objetivo do Brasil nesse momento, deter o investimento é algo muito perigoso, não sei se analisar só o aspecto do Consumo é suficiente nesse caso, ainda mais com a desaceleração mundial.

  2. Anônimo:

    O México tem taxa de juros mais baixa que o Brasil, mas a demanda doméstica no Brasil cresce 7-7,5% ao ano com uma taxa real de juros de 7%. O PIB cresceu quase 6% (5.8%) com esta taxa, enquanto o crescimento mexicano ficou bem abaixo disto.

    O efeito da Selic não é sobre a base monetária (quem se interessa?), mas sim sobre: (1) demanda (pelo seu efeito sobre a curva de rendimentos e taxas de juros mais longas: 1 a 2 anos); (2) taxa de câmbio; e (3) expectativas.

    Há exagero sobre o efeito do câmbio. Primeiro há que se considerar o efeito da inflação externa E do câmbio e quem faz as contas acha um impacto negativo (é verdade) na maior parte do tempo, mas em geral baixo. Mais: minhas estimativas de repasse indicam algo como 8% de repasse para preços domésticos no mesmo trimestre e 25% ao longo de todo o processo (algo como três trimestres).

    A maior contribuição de câmbio/inflação externa foi em 2005e deve ter contribuído com algo como 2% para reduzir a inflação naquele ano. Nos demais períodos é muito menos.

    Os efeito principal parece ser sobre demanda e inflação, passando pelo hiato do produto.

    Quanto ao câmbio ser “ruim” porque traz déficits nas transações correntes via uamento de importação, já te ocorreu olhar a relação entre crescimento das importações (volume) e demanda doméstica? Ambas andam juntas, o que sugere que juro mais baixo aumenta as importações pelo canal de demanda doméstica mais acelerada.

    Aumentar as tarifas de importação como você sugere levaria a maior apreciação do câmbio (o velho Teorema de Lerner), precisamente o que você não quer, não é? Aliás, se você acha que importações servem para conter a inflação (uma piada no caso brasileiro, como estamos vendo), para que mesmo serve aumentar os custos das importações?

    (Ainda uma palavra sobre o efeito das importações no consumo: as importações equivalem a 12% do PIB; serviços representam mais de 60% do PIB – como mesmo vamos importar os aluguéis, escolas, cortes de cabelo, restaurantes, manicures, etc, para impedir a pressão de demanda sobre estes preços?)

    Não sei a que “curva crescente” você se refere e, portanto, não posso comentar. Posso notar, porém, que o tanto o consumo como investimento vêm registrando crescimento há 18 e 17 trimestres respectivamente sem interrupção (o consumo cresce à média de 5% sobre o mesmo trimestre anterior e o investimento a 10%), o que me sugere não se tratar de crescimento esporádico, muito pelo contrário.

    Por fim, para quem acha que a desacleração mundial vai ter um enorme efieto sobre o PIB no Brasil, minhas estimativas são que cada 1% a menos de crescimento do comércio internacional tem um impacto de 0,15% no PIB. Precisamos de uma calamidade econômica para fazer uma economia fechada como a brasileira sentir o golpe.

    Enfim, acho que nenhum destes argumentos que você levantou sobrevivem. Melhor sorte na próxima vez…

    Abs

    Alex

  3. “Fora isto a China poupa 40% do PIB e o Brasil poupa 20%. Será que isto não faz qualquer diferença?”

    Que absurdo, Alex?! Voce nao sabe que poupanca eh por definicao igual ao investimento (afinal, poupanca eh um residuo: Y = C + S = C + I), portanto basta mandar bomba no investimento que a poupanca segue atras.

    E investimento nao precisa ser apenas pontes e equipamentos, quando uma mae recebe o Bolsa Familia, tambem eh investimento no bem-estar do povo; quando um aposentado recebe sua pensao, que vai gastar em bens de consumo, eh investimento na manutencao da demanda agregada.

    Esse eh o problema de voces orto-otarios, nao conseguem nem entender conceitos basicos como o principio da demanda efetiva e da macroeconomia sem precos.

    Hetero e espada.

  4. Alex,

    você já leu Israel Kirzner, “Competição e atividade empresarial” ?

    Nele, o autor faz criticas aos modelos de equilibrio neoclassico, a ausencia de uma teoria adequada sobre o processo de mercado, processo de descoberta, conhecimento, competição, competição monopolista, e ele tambem estabelece novos conceitos de competição, monopolio etc.

    (caso não tenha lido, se quiser, posso citar algumas das criticas).

    Gostaria de sua opinião sobre este trabalho, e sobre a Escola Austriaca em geral, (von Mises, von Hayek, Rothbard, Kirzner etc) e suas criticas aos modelos de equilibrio.

    um abraço!

  5. Não podemos nos esquecer que quando uma pessoa gasta x de y unidades monetárias em um setor (por exemplo o setor de importados) ficará disponível a um outro setor y – x quantidades monetárias. Esse é justamente o equilíbro dentro da teoria misessiana, porque y – x significa menos pessoas com dinheiro para consumir em outros setores, além dos importados.

    Agora, quando há inflação, há porque é emitida y + dy – x para outros setores. O fator inflacionário dy é moeda fantasma; e é isso que perturba os preços de outros setores além da importação. O consumo exacerbado neste caso seria apenas um replexo da existência de dy. Mas um reflexo nunca é a pessoa refletida. Um efeito nunca é a causa de uma circuntância.

    Alex importação ajuda no controle de preços em areas que o Brasil é “carente” ou mantém preços altos em relação aos produtos importados como por exemplo:Carros,eletro-eletronico,informatica,vestúario.
    Mesmo 60% da economia brasileira sendo na area de servico eles representão a população que mais conssome,portanto abertura das importações ajuda a baratear preços de produtos importados além de fazer pressão de baixa sobre os produtos daqui.Um exemplo é a gasolina daqui é 2,50 na Venezuela gasolina custa 0,50 centavos .Se importamos mais gasolina da venezuela mais barata vai fazer pressão de baixa sobre os combustiveis baixando seus preços logo isso teria impacto na inflação,o mesmo aconteçe com os carros Brasileros o gol Brasileiro custa o preço de um Honda bom nos EUA permitindo a entrada desses carros você ajudaria a fazer pressão de baixa no gol (que é péssimo) além disso poderia mistigar a demanda por carros no Brasil que com a queda dos juros impulsionou sua demanda,o mesmo aconteçeria com alguns alimentos como o trigo como negociamos com países “Irmãos” como a Argentina com eles proibindo a exportação a oferta desse produto diminiu pressionando seus preços aqui (claro queo fator da oferta monetária ajudou).

    Note que a alguns meses atrás era so nos alimentos agora é em todos os setores.Para termos um controle da inflação no Brasil teriamos que ter um “tripe” com Privatização para reduzir o défcit público e fomentar um superavit fiscal,juros que de para combater a inflação(baixar a meta de inflação para 3%),e uma abertura comercial.

  6. Dados de Honk Kong

    Business Freedom – 88.2%

    The overall freedom to start, operate, and close a business is protected by Hong Kong’s regulatory environment. Starting a business takes less than the half the world average of 43 days, and obtaining a business license takes less than the world average of 234 days. Bankruptcy proceedings are very easy and relatively costless.
    Trade Freedom – 95%

    Hong Kong’s weighted average tariff rate was zero percent in 2005. Except for liquor, tobacco, hydrocarbon oil, and methyl alcohol, trade is essentially duty-free. Restrictive pharmaceuticals regulation, market access restrictions for legal services, limited import licensing, and issues involving intellectual property rights add to the cost of trade. An additional 5 percentage points is deducted from Hong Kong’s trade freedom score to account for non-tariff barriers.
    Fiscal Freedom – 92.8%

    Hong Kong’s tax rates are among the world’s lowest. Individuals are taxed either progressively, between 2 percent and 17 percent, on income adjusted for deductions and allowances or at a flat rate of 16 percent on gross income, depending on which liability is lower. The top corporate income tax rate is 17.5 percent. In the most recent year, overall tax revenue as a percentage of GDP was 12.7 percent.
    Freedom from Government – 93.1%

    Total government expenditures, including consumption and transfer payments, are fairly low. In the most recent year, government spending equaled 15.2 percent of GDP. The government has made efforts to maintain a balanced budget.
    Monetary Freedom – 87.2%

    Inflation is low, averaging 1.5 percent between 2004 and 2006. Stable prices explain most of the monetary freedom score. The government regulates the prices of public transport and electricity and some residential rents. An additional 5 percentage points is deducted from Hong Kong’s monetary freedom score to adjust for measures that distort domestic prices.
    Investment Freedom – 90%

    Foreign capital receives domestic treatment, and foreign investment is strongly encouraged. There are no limits on foreign ownership and no screening or special approval procedures to set up a foreign firm, except in broadcasting, where foreign entities may own no more than 49 percent of the local stations, and specific legal services. The government owns all land and treats foreign and domestic lessors equally. The Hong Kong dollar is freely convertible. There are no controls or requirements on current transfers, purchase of real estate, access to foreign exchange, or repatriation of profits.
    Financial Freedom – 90%

    Hong Kong is a global financial center. Its regulatory and legal environment is focused on prudent minimum standards and transparency. At the end of 2006, there were 137 licensed banks, 31 restricted license banks, and 33 “deposit-taking companies.” Banks are overseen by the independent Hong Kong Monetary Authority. Credit is allocated on market terms. There are no restrictions on foreign banks, which are treated the same as domestic institutions. The stock exchange ranks eighth in the world in terms of capitalization, but its regulation and transparency have been criticized in the past. The government intervened in the stock market in 1998 by purchasing $15.2 billion in private stocks but has since divested itself of all but $410 million of these holdings.
    Property Rights – 90%

    Contracts are strongly protected. Hong Kong’s legal system is transparent and based on common law, and its constitution strongly supports private property and freedom of exchange. Despite government public awareness campaigns to protect intellectual property rights, pirated and counterfeit products such as CDs, DVDs, software, and designer apparel are sold openly. The government controls all land and, through public auctions, grants renewable leases that are valid up to 2047 for all land in the SAR.
    Freedom from Corruption – 83%

    Corruption is perceived as minimal. Hong Kong ranks 15th out of 163 countries in Transparency International’s Corruption Perceptions Index for 2006, and foreign firms do not see corruption as an obstacle to investment. Giving or accepting a bribe, whether by foreign officials or by private citizens and government employees, is a criminal act.
    Labor Freedom – 93.3%

    Highly flexible employment regulations enhance employment opportunities and productivity growth. The labor code is strictly enforced but not burdensome. The non-salary cost of employing a worker is low, but dismissing a redundant employee can be relatively costly. Regulations on expanding or contracting the number of working hours are very flexible. Hong Kong’s labor freedom is one of the highest in the world.

    * Population:

    6.9 million
    * GDP (PPP):

    $241.9 billion
    7.5% growth in 2005
    5.2% 5-yr. comp. ann. growth
    $34,833 per capita
    * Unemployment:

    5.2%
    * Inflation (CPI):

    0.9%
    * FDI (net inflow):

    $3.3 billion
    * Official Development Assistance:

    $6.9 million (2.7% from the U.S.)
    * External Debt:

    $472.9 billion
    * Exports:

    $351.8 billion
    Primarily financial services, tourism, transportation services, electrical machinery and appliances, textiles
    * Imports:

    $329.6 billion
    Primarily travel and transportation services, raw materials and semi-manufactures, consumer goods, capital goods, fuel (mostly re-exported)

    http://www.heritage.org/research/features/index/country.cfm?id=HongKong

  7. Dados do Brasil

    Business Freedom – 53.6%

    The overall freedom to start, operate, and close a business is limited by Brazil’s national regulatory environment. Starting a business takes more than three times the world average of 43 days, and obtaining a business license takes more than the global average of 234 days. Despite reform efforts, regulation is complex, discretionary, and non-transparent. Closing a business is difficult.
    Trade Freedom – 70.8%

    Brazil’s weighted average tariff rate was 7.1 percent in 2005. Import and export quotas, bans and restrictions, market access barriers in services, prohibitive tariffs, border fees, restrictive regulatory and licensing rules, export support programs, non-transparent government procurement, and problematic protection of intellectual property rights persist. An additional 15 percentage points is deducted from Brazil’s trade freedom score to account for these non-tariff barriers.
    Fiscal Freedom – 68.6%

    Brazil’s top income tax rate is 27.5 percent. The standard corporate tax rate is 15 percent, but a surtax of 10 percent and a 9 percent social contribution on net profit bring the effective rate to 34 percent. Other taxes include a financial transactions tax and a tax on interest. In the most recent year, overall tax revenue as a percentage of GDP was 35 percent.
    Freedom from Government – 55.5%

    Total government expenditures, including consumption and transfer payments, are relatively high. In the most recent year, government spending equaled 38.5 percent of GDP. Public debt is still around 50 percent of GDP. Besides debt service, government spending is focused mainly on pensions, transfers to local governments, and bureaucracy.
    Monetary Freedom – 75.7%

    Inflation is relatively high, averaging 5.1 percent between 2004 and 2006. Relatively unstable prices explain most of the monetary freedom score. Although such public services as railways, telecommunications, and electricity have been privatized, the government oversees prices through regulatory agencies. The National Petroleum Agency fixes the wholesale price of fuel, and the government controls airfare prices. An additional 10 percentage points is deducted from Brazil’s monetary freedom score to adjust for price controls.
    Investment Freedom – 50%

    Foreign capital enters freely and since 1995 has received national treatment. Foreign investment is restricted in nuclear energy, health services, media, rural and border property, fishing, mail and telegraph services, aviation, and aerospace. The government has carried out three major financial and energy privatizations since 2004 but has also established a more central role in setting energy prices and forecasting energy demand. Foreign exchange accounts are subject to limited restriction, and foreign participation in certain economic activities is prohibited. The central bank approves outward direct investment in some cases, including transfers and remittances, where it has broad administrative discretion.
    Financial Freedom – 40%

    Brazil’s financial system is South America’s largest and one of the largest among all emerging markets. Despite state involvement, banking and capital markets are diversified, dynamic, and competitive. Technically forbidden by the 1988 constitution, foreign investment in banking is nonetheless almost always approved. About 200 public and private commercial banks and many non-banking financial institutions conform to international best practices guidelines after a long period of consolidation. The top 10 banks hold 82.4 percent of total assets, and the sector is dominated by three publicly controlled banks. The growing insurance market remains fairly small. The stock market is not a major source of domestic corporate finance, but it is growing, and trading is active; there were 26 new IPOs in 2006.
    Property Rights – 50%

    Contracts are generally considered secure, but Brazil’s judiciary is inefficient, somewhat arbitrary, subject to political and economic influence, and lacking in resources and staff training. Decisions can take years, and decisions of the Supreme Federal Tribunal are not automatically binding on lower courts. Protection of intellectual property rights has improved, but piracy of copyrighted material persists.
    Freedom from Corruption – 33%

    Corruption is perceived as significant. Brazil ranks 70th out of 163 countries in Transparency International’s Corruption Perceptions Index for 2006. Businesses bidding on government procurement contracts at times encounter corruption, which is also a problem in the lower courts and can discourage investment.
    Labor Freedom – 61.9%

    Brazil’s inflexible employment regulations should be improved to enhance employment and productivity growth. The non-salary cost of employing a worker is high, and dismissing a redundant employee can be costly. Benefits mandated by rigid labor legislation amplify overall labor costs. The high cost of laying off a worker creates a risk aversion for companies that would otherwise hire more people and grow.

    * Population:

    186.4 million
    * GDP (PPP):

    $1.57 trillion
    2.9% growth in 2005
    3.1% 5-yr. comp. ann. growth
    $8,402 per capita
    * Unemployment:

    9.8%
    * Inflation (CPI):

    6.9%
    * FDI (net inflow):

    $12.5 billion
    * Official Development Assistance:

    $361.8 million (6% from the U.S.)
    * External Debt:

    $188.0 billion
    * Exports:

    $134.4 billion
    Primarily transport equipment, iron ore, soybeans, footwear, coffee, automobiles
    * Imports:

    $97.8 billion
    Primarily machinery, electrical and transport equipment, chemical products, oil, automotive parts, electronics

    http://www.heritage.org/research/features/index/country.cfm?id=Brazil

  8. Comparemos Honk Kong com o Brasil notamos que as importações junto com um superavit nominal + uma politica monetária responsavel garante o controle a inflação de Honk kong que fica abaixo de 2%.

    O Brasil tem um alto nivel de gasto público combinado com um défcit nominal que exige um grau e juros altos para poder cobrir o défcit junto com uma baixa abertura comercial e nivel de poupança governamental baixa concorda que fica dificil o Brasil ter juros baixos para facilitar no controle da inflação.Se fizessemos reformas como a trabalhista acabando com o salário minimo,13ª,férias remuneradas,fim do FGTS,multa de 40% sobre o salário,fim ds jornada de trabalho de 44h.Privatizações de todas as estatais,estradas,logostica para reduzir o défcit público… diminuir funcionalismo público,fazer superavit’s fiscais entre outras reformas que vocÊ sabe… ajudaria o Brasil a poder ter um juros mais baixo e uma inflação mais controlada (próxima de 3%) pois para mim 4,5% não é uma meta de inflação baixa.

  9. O mesmo aconteçeu com o México Alex quando eles aderiram ao Nafta e fizeram reformas liberais. Tanto é que foram grau de investimento em 2000 e nos fomos em 2008 (por questão da divida pública).

  10. “Por fim, para quem acha que a desacleração mundial vai ter um enorme efieto sobre o PIB no Brasil, minhas estimativas são que cada 1% a menos de crescimento do comércio internacional tem um impacto de 0,15% no PIB. Precisamos de uma calamidade econômica para fazer uma economia fechada como a brasileira sentir o golpe.”

    Alex, entao dah uma olhada no efeito de no crescimento dos precos internacionais de commodities sobre a taxa de crescimento brasileira nos ultimos 30 anos… Voce vai mudar rapidinho sua opiniao sobre a vulnerabilidade da economia brasileira 😉

    Por outro lado, pode ser que pela primeira vez em minha memoria, possamos dodge the bullet, jah que a consequente desvalorizacao cambial causada por uma reversao no preco das commodities nao mais afeta negativamente o balanco patrimonial do setor publico.

    “O”

  11. “O”:

    Sobre preços de commodities minha concordância é 100%. Aliás, boa parte do que passei conversando semana passada em Londres é precisamente sobre o pouco efeito da desaceleração mundial sobre o PIB brasileiro em contraste com o impacto de preços de commodities.

    Só noto que a cadeia de transmissão é indireta. Preços de commodities e preços de exportação do Brasil estão fortemente correlacionados (algo como 90% nos últimos 31 anos e 95% nos últimos 3 anos se a memória não me falha). De qualquer forma, termos de troca melhoraram, graças a preçosde exportação (hoje) quase 95% acima de onde estavam em 2002.

    Isto explica a maior parte do crescimento das exportações e, com isto, o motivo de podermos ver a demanda doméstica subindo 7,5% e trazendo com ela as importações (cerca de 20%) sem danos à taxa de câmbio e um processo ainda mais complicado de inflação [aliás, é por este motivo que não dá para dizer que a inflação é importada, mas sim um fenômeno local].

    Em outras palavras, sim, se houver uma reversão grande em preços de commodities o câmbio vai embora. Só que – como você notou e eu também – o balanço patrimonial do setor público é tal que isto traria muito menos danos que das outras vezes (aliás, é o que disse no último artigo da Folha).

    Isto dito, porém, note que – ao contrário do argumento “o mundo desacelerou, o Brasil vai desacelar” – a transmissão via preços de commodities em queda será inflacionária (hoje, como tenho argumentado, o efeito é deflacionário, não muito importante, mas deflacionário de qualquer jeito).

    Abs

    Alex

  12. Anônimo:

    Não (precisaria de muito mais esforço do que eu posso destinar). Só noto que as duas formas de avaliar o impacto da inflação externa (inflação dos parceiros e inflação dos produtos comercializados) sugerem o mesmo resultado, i.e., uma modesta contribuição negativa. Com outra ponderação o resultado poderia ser diferente. Quer tentar?

    Abs

    Alex

  13. “Isto dito, porém, note que – ao contrário do argumento “o mundo desacelerou, o Brasil vai desacelar” – a transmissão via preços de commodities em queda será inflacionária (hoje, como tenho argumentado, o efeito é deflacionário, não muito importante, mas deflacionário de qualquer jeito).

    Deixa eu conferir se eu entendi… Na sua opiniao um colapso no preco das commodities seria inflacionario devido ao efeito sobre a taxa de cambio, certo?

  14. Não é só o Alex que mostra que não existe “importação” de inflação no Brasil. Quem não quiser um outra fonte basta olhar o último relatório do Copom.

    ED

  15. Hetero e espada:

    1- Estamos debatendo neste post principalmente inflação, então como a “macroeconomia SEM PREÇOS” nos ajudaria a explicar esse fenômeno???

    2- “E investimento nao precisa ser apenas pontes e equipamentos, quando uma mae recebe o Bolsa Familia, tambem eh investimento no bem-estar do povo; quando um aposentado recebe sua pensao, que vai gastar em bens de consumo, eh investimento na manutencao da demanda agregada.”

    Não sou (totalmente)contra a Bolsa Familia, esta teve grande importancia para diminuir a desigualdade social, mas isso não é investimento, é consumo! Aposentadoria não é investimento, é consumo!
    De acordo com o seu raciocinio qquer coisa pode ser interpretada como investimento, o consumo do gov. seria 0, o mundo seria belo e jogariamos nossos problemas para debaixo do tapete (onde vc já colocou os preço da macroeconomia e a restrição orçmentária intertemporal do governo).

    ED

  16. Anônimo:

    Sim. Na verdade eu argumento por simetria (aliás, quando um argumento não é simétrico, são elevadíssimas as chances de estar errado).

    Em princípio a elevação de preços de commodities tem um efeito ambíguo sobre a inflação de países exportadores de commodities com câmbio flutuante: os preços sobre, mas a melhora de termos de troca aprecia o câmbio. No caso brasileiro tenho mostrado que o efeito parece ser modestamente deflacionário.

    Uma queda de preços de commodities deveria ter o efeito oposto: ser modestamente inflacionária.

    Abs

    Alex

  17. “Aliás, boa parte do que passei conversando semana passada em Londres “

    Londres? Nunca pensei que os sabios do Zion se reunissem em Londres… Soh de pensar que a vida de bilhoes depende do que meia duzia de rabinos idosos interpretam do seu relatorio… Assustador.

  18. Voce sabia que a so-called Margareth Thatcher, a dama de ferro, na realidade eh um rabino polones chamado Efraim Horowitz? Que passou por varias cirurgias plasticas obviamente.

    Sem querer fazer conspiracao, mas leva-nos a pensar sobre as reais motivacoes da Guerra das Malvinas.

    Os corajosos argentinos estavam construindo um futuro melhor, independente, com politicas keynesianas de redistribuicao de renda.

    Nao precisa um doutorado para ligar os pontos, nao?

  19. Alex, achei estranha esta frase de Nakano hoje no Valor: “Com o aumento do fluxo de capitais financeiros do exterior decorrente dos juros altos, estamos aumentando a oferta interna global de crédito”.
    Será q ele está falando de crédito doméstico líquido? Mas isto só vale p qdo o BC compra dólar. Certo?

  20. Anônimo:

    Não adianta buscar sentido: em geral está simplesmente errado (nem mesmo a questão do crédito doméstico líquido, pois a intervenção é esterilizada).

    Primeiro, não há este ingresso todo. Em 2008 o fluxo financeiro foi pouco mais de US$ 11 bi negativo (menos $ 2.8 bi em maio e menos $ 2.2 bi nos 10 primeiros dias de junho), o que não casa com a idéia de forte expansão de crédito provocada por ingresso de recursos externos.

    Segundo, quem disse que estes recursos vão para crédito? Dos ingressos totais uns US$ 15 bi foram para investimento direto.

    Fato é que o Yoshiaki faz a afirmação e nem se preocupa em checar a consistência interna do argumento, quanto mais os dados.

  21. Anonimo e Alex

    Tambem não entendi o q o Nakano quis dizer. Ao aumentar os juros estamos AUMENTANDO o crédito ao invés de diminuir o crédito ?!?
    Então a política ótima para diminuir o crédito deveria ser diminuir os juros ?!?

    ED

  22. Ed:

    Na cabeça deste pessoal é sempre necessário baixar as taxas de juros. Uma vez que você tem a conclusão “a priori”, qualquer argumento serve, até juro mais alto incentivando o crédito…

    Como disse, não há preocupação de checar minimamente a consistência dos argumentos. Não dá para levar a sério…

    Abs

    Alex

  23. Attгactіvе sectіon of сontent.

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