Segue o (novo) líder. Coluna Mário Marinho

Segue o (novo) líder

COLUNA MÁRIO MARINHO

Fazia 1149 dias que torcida do Tricolor paulista não via seu time no topo da tabela do Brasileirão.

Na última vez que isso aconteceu, em 13-06-2018, na vitória sobre a Chapecoense, 1 a 0 em Chapecó, o goleiro era o ainda Mito Rogério Ceni.

O meio campo tinha Souza (autor do gol), Thiago Mendes, Michel Bastos, Udson e Wesley. Os dois atacantes eram Luís Fabiano e Alexandre Pato. O técnico era o colombiano Juan Carlos Osório que dirigiu o São Paulo por 28 jogos e depois aceitou convite para dirigir a Seleção do México.

Com a vitória sobre o Vasco, neste domingo, e derrota do Flamengo para o Grêmio, o São Paulo volta a assumir a liderança do Brasileirão. Apenas um ponto de diferença, porém, líder.

Claro que ainda não há muito o que comemorar, pois o Brasileirão ainda está em 17ª de 38 rodadas. Mas, é inegável que sob o comando do uruguaio Diego Aguirre, o Tricolor vem se encontrando em campo, embora ainda aconteçam tropeços como contra o Cólon, pela Sul-Americana, na semana passada.

Prova do sucesso é que nos 17 jogos do Brasileirão disputados até agora, o São Paulo venceu 10, empatou 5 e perdeu apenas duas – aliás, é o time com menor número de derrotas.

O novo líder soma 35 pontos, um a mais que o Flamengo, vice-líder.

No quesito média de público, as posições se invertem: o Flamengo está na frente com a média de 47.596 pagantes nos jogos em que foi mandante. O São Paulo vem em segundo com 32.068.; 3º – Palmeiras, 20.119; 4º – Corinthians, 29.296 e, fechando o grupo dos cinco primeiros, o Grêmio com 23.156 torcedores pagantes.

O maior público do Brasileirão pertence a Flamengo x Fluminense, no Maracanã, com 59.987 pagantes. O segundo é de São Paulo x Corinthians, no Morumbi, 58.624 pagantes. A média da competição é de 17.558 torcedores por jogo.

O Tricolor vai passar a semana como líder, já que a próxima rodada só será disputada no fim de semana que vem. No meio da semana, Libertadores.

Veja os gols da rodada:

https://youtu.be/I_4FgCEK7iw

Felipão
de volta

O empate sem gols com o América, mineiro como eu, no estádio Independência, pode ser considerado como bom para os dois.

O técnico Luís Felipe Scolari fez sua reentré no Verdão e já colocou sua assinatura: escalou time misto mostrando que sua prioridade é a Libertadores.

Para o América, no terceiro jogo dirigido por Adilson Batista, o resultado também foi bom, pois somou um pontinho na sua luta árdua para fugir da oleosa zona do rebaixamento.

Só não foi bom para quem assistiu: eta joguinho chato, sô!

O duro
Recomeço

Neymar foi campeão, neste fim de semana, da Supercopa da França disputada na China, entre o Monaco, vice-campeão da Liga 2017-18, e o Paris Saint Germain, campeão da Liga 2017-2018.

O Paris Saint Germain não teve dificuldades: 4 a 0, com dois gols de Di Maria, Nkunku e Weah, ambos reservas.

Cavani e Mbappé foram poupados, assim como Neymar que entrou só no segundo tempo.

O técnico alemão Thomas Tuchel justificou que os principais jogadores foram poupados porque não estão no melhor de sua forma física.

A partir de agora, Neymar começa a viver uma situação que, com certeza, ele não havia imaginado.

Ao sair do Barcelona no ano passado, ele foi para o PSG onde, tinha certeza, seria a grande e única estrela a brilhar. Nada de dividir holofotes com Messi.

Mas a situação não foi bem essa.

Logo de cara, trombou com o artilheiro Cavani para decidir quem seria o dono das cobranças de pênaltis. Ficou com Neymar, mas houve desgaste em sua imagem.

E este ano de futebol francês foi marcado não pelo espetáculo que, se esperava, ele pudesse dar, nem pelos gols marcados.

No seu primeiro grande desafio, jogo contra o real Madri pelas oitavas de final da Liga dos Campeões, quem brilhou foi Cristiano Ronaldo. Para o jogo de volta, quando se esperava fulgurante brilho de Neymar e classificação do PSG, eis que séria contusão o o tirou da disputa.

O tratamento e a cirurgia no quinto metatarso foram no Brasil.

Os franceses não gostaram. Esperavam eles que Neymar mostrasse mais interesse pelo PSG e por seus companheiros.

Ao invés disso, jogos de pôquer e a companhia inseparável dos parças, como lembra o repórter Andrei Neto, no Estadão de hoje.

Como determina a Lei de Murphy, tudo o que está ruim pode piorar.
Assim, Neymar mergulhou de vez no inferno futebolístico após pífia apresentação na Copa do Mundo e eliminação do Brasil.

Recorrendo ainda a engenheiro Edward Aloysius Murphy e sua fatídica lei, eis que Neymar aparece na televisão para fazer um mea-culpa tão autêntico quanto uma nota de três reais.

Pegou mal, parça!

Mas, enfim, começa outra temporada.

São outras chances.

Só que mais difíceis.

Ele já não é a maior atração como no ano passado; nem mesmo atração isolada: terá que ao seu lado o jovem Mbappé, maior revelação da Copa e campeão mundial.

Sem falar, em Cavani, Di Maria e outros que também estarão pegando no quinto metatarso dele.

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FOTO SOFIA MARINHO

Mario Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
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