A maior coleção de atrocidades da história da Economia

18:41 NAKANO: AUMENTO DAS IMPORTAÇÕES SINALIZA PROBLEMAS NO LONGO PRAZO

São Paulo, 25 – O crescimento expressivo das importações no início deste ano sinaliza que o Brasil terá problemas no longo prazo, avalia o ex-secretário da Fazenda do Estado de São Paulo Yoshiaki Nakano, diretor da Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Segundo ele, nem mesmo o mais pessimista dos economistas previa um crescimento tão acelerado das importações como a que ocorre hoje no País. Dados divulgados pelo governo ontem, de janeiro até a terceira semana de março, as importações cresceram 57% sobre o mesmo período do ano anterior.

“O formulador de política econômica tem que olhar hoje, amanhã e o futuro, médio e longo prazo. Essa explosão inesperada de importações sinaliza problemas lá na frente e a função do formulador é evitar problemas futuros. É difícil dizer quando, mas essa é a sinalização de que teremos problemas no futuro, sem dúvida alguma”, argumentou. “Em algum momento taxa de câmbio vai virar, vamos começar a ter desvalorização cambial, teremos inflação, o Banco Central vai precisar elevar a taxa de juros e não vai mais parar, abortando o processo de crescimento”, acrescentou.

[Portanto deveríamos desvalorizar o câmbio hoje, e aí já poderemos subir o juro agora mesmo]

Na avaliação dele, as medidas anunciadas pelo governo para conter a valorização do real ante o dólar não terão qualquer efeito prático. “Não acho que isso vá resolver nada. Se o Banco Central tivesse feito essas intervenções nos últimos anos, quando a taxa de câmbio estava em um patamar mais competitivo, nós não estaríamos prevendo esse déficit de US$ 12 bilhões do Banco Central. Aliás, muitos já projetam até o dobro”, analisou.

Para Nakano, o Brasil está no melhor momento de um ciclo econômico que tem prazo para acabar, mas não entrou em uma rota de crescimento sustentado, ainda que não seja possível prever quando esse ciclo terá fim. “Há sinais claros de que estamos no auge, no melhor momento desse ciclo, e que vamos começar a descer. Não é algo duradouro”, disse.

Nakano defendeu que a administração do câmbio seria a política industrial mais simples, ampla e eficiente para estimular a produção e o crescimento econômico, em vez de medidas de desoneração de impostos. Para ele, estímulos tributários servem para ajudar estrategicamente e tornar competitivo um setor que apresente ineficiências, mas são momentâneos e não dão sustentabilidade no longo prazo. “Eu acho muito mais simples prático e eficiente você ter câmbio que gera um estimulo geral para todos, do que distribuir benefícios a um ou outro setor escolhido”, disse.

Nakano não definiu um patamar que considere ideal para o câmbio, mas disse que seria aquele que trouxesse melhores salários para os trabalhadores e que diminuísse o desemprego. “Isso se chega por tentativa e erro, não tem mágica. Foi como fizeram os países asiáticos. A China decidiu: preciso crescer 8% a 9%. Então, se o câmbio permite chegar a isso, está bom. Se crescer mais que isso, o país aprecia o câmbio aos poucos, como eles fazem”, explicou.

[Neste caso, por que está reclamando? O salário real está subindo consistentemente desde o início de 2005; o desemprego vem em queda desde o final de 2006. Aliás, desde quando câmbio mais fraco aumenta salário real mesmo?

Agora, o melhor é a relação simples e direta entre câmbio e crescimento. Você escolhe o quanto quer crescer e aí descobre qual a taxa de câmbio. Quanto mais desvalorizado, mais rápido o crescimento. A única coisa que impede o câmbio de se desvalorizar mais é masoquismo: por algum motivo torpe os chineses não querem crescer mais do que 8-9%. Só por isto permitem que o câmbio se aprecie.

Já pedir para diferenciar câmbio real de câmbio nominal parece uma exigência descabida no atual contexto, não?]

Em sua palestra, o economista apresentou uma lista com os “Dez Mitos da Política Macroeconômica”, a maior parte deles radicalmente contra o câmbio flutuante. Na avaliação dele, não é o mercado que determina o valor do câmbio, uma vez que pelo menos 80% dos governos, inclusive o brasileiro, intervêm no valor do câmbio, seja fixando seu preço ou acumulando reservas.



[De fato, quando um governo fixa o preço, não é o mercado quem determina a taxa nominal de câmbio. Salvo engano, deve ser por este motivo que chamam este regime de câmbio fixo.



Quanto às políticas de intervenção, muito interessantes as considerações acerca das diferenças entre intervenções esterilizadas e não-esterilizadas…

Hã? O Nakano não fez nenhuma consideração a respeito? Não é possível. Como alguém pode falar de intervenção governamental fixando o valor da taxa nominal de câmbio sem qualquer referência à política monetária? Vocês estão de sacanagem…]

Nakano considera também que o câmbio não é capaz de absorver os choques econômicos, pois 99% desses choques são determinados por transações financeiras e apenas 1% pelas exportações e importações – a não ser em crises de dívida ou de balança de pagamentos.

[Isto. Não consegue absorver choque nenhum. Deve ser por este motivo que em 2002 o Brasil teve uma queda de produto de 12%, assim como a Argentina…

Ou será que a crise brasileira de 2002 não foi causada pela conta de capitais?]

Além disso, ele disse não haver uma taxa de equilíbrio para a qual o câmbio convirja no longo prazo, já que o ativo financeiro não tem custo de produção ou uma referência relacionada à oferta e demanda. “O comportamento da taxa de câmbio depende das expectativas”, sustentou. (Anne Warth)

[Nesta o Milton Friedman se revirou no túmulo…

Moeda não tem mesmo custo de produção (o custo marginal é próximo a zero), mas o Nakano esqueceu que há demanda por moeda. Aliás, se assim não fosse, o nível de preços em qualquer economia monetária seria indeterminado. Viveríamos saltos de inflação e deflação sem que as autoridades monetárias pudessem fazer qualquer coisa, a não ser chamar os pais-de-santo para controlar as expectativas à base de muita fé e marofa.

Obviamente o mundo não é assim porque existe uma coisa chamada demanda por moeda, que, aliás, está na base de qualquer modelo de câmbio nominal que se preze.

Não que expectativas não façam diferença. Fazem, mas imaginar que é a Casa-da-Mãe-Joana expectacional que define as taxas de câmbio, sem qualquer referência acerca de que expectativas são essas (por exemplo, a trajetória de taxa de juros esperada, os termos de troca, política fiscal) é desde agora denominado resíduo de Nakano: uma medida da ignorância dele.

Mas o melhor é a história que não há câmbio de equilíbrio. Para um economista (ha ha) que a cada três frase fala de câmbio desalinhado esta afirmação é sensacional. Desalinhado com relação a quê?

Eventuais leitores sintam-se à vontade para apontar outras sandices]

25 thoughts on “A maior coleção de atrocidades da história da Economia

  1. O Nakano eh famoso por aconselhar jovens economistas a nao estudarem demais.

    Pelo menos foi isso que ele disse para mim.

    Creio que deve ter funcionado para ele, nao?

  2. Alex,

    Eu li esta semana que a revista MAD será relançada no Brasil. Eu acho que o Nakano correu na frente para assegurar seu espaço no cenário cômico nacional, só isso…

    Está na hora de lançarmos o verdadeiro FREAKONOMICS BRASILEIRO!! Vamos selecionar o material e publicar uma coletânea das atrocidades contra a lógica que somente esse pessoal heterodoxo é capaz de produzir.

    Depois, nós traduzimos para o inglês e vendemos lá fora como o verdadeiro pensamento contra-intuitivo Made in Brazil! As receitas com a exportação do livro podem ainda mitigar nosso problema de balança comercial, que tanto tira o sono do Nakano, né?

    Ou não, pois afinal de contas, segundo o Nakanomics o câmbio pode ir pra qualquer lugar, não é mesmo? Ou é por tentativa e erro que ele encontra seu lugarzinho?? Vou ler de novo a entrevista pra ver se eu entendo de uma vez por todas essa teoria…

    Grande abraço!

  3. Mas Alex, nao dah para dar um desconto para o Nakano porque essa foi uma entrevista? Nao seria a primeira vez que um entrevistador bagunca as ideias do economistas. Eu mesmo jah fui vitima de um dos melhores jornalistas economicos brasileiros.

    “O”

  4. O Nakano primeiro diz que crescimento das importacoes sinaliza desvalorizacao do cambio, o que e’ um problema pois leva a inflacao segundo ele, e depois defende uma politica industrial baseada em desvalorizacao do cambio. Alem de economia basica, falta logica basica.

    Incrivel pensar que um sujeito que claramente nao sabe o que e’ cambio real e que acha que intervencao pode ser um intrumento independente da PM e determinar o cambio tenha um dia ocupado cargos altos no governo federal e de Sao Paulo.

    Alexandre, bom ver que um economista do seu nivel tem paciencia de combater tanta burrice e ignorancia economica dos Nakanos da vida. Da’ pra ver que voce se diverte com isso, mas de quebra tambem gera externalidades positivas educando muita gente por ai’ com o seu blog e artigos de jornal. E’ o Paul Krugman brasileiro!!

    Abs

  5. Alex,

    O ponto central da entrevista (as besteiras eu desprezo) é a idéia de que uma elevação das importações é prejudicial para a economia brasileira. Caberia uma análise mais profunda dos bens que estamos demandando no exterior. Se estamos gastando dólares com bolsas Luis Vuiton (será esta a forma correta de escrever?), ou se estamos absorvendo tecnologia e insumos para a produção. O Nakano esquece também que as importações ajudam a atender a demanda agregada, abrindo espaço para a queda dos juros, ou pelo menos pela manutenção desta. Mas fica uma pergunta: se um país só exporta (sonho dos mercantilistas marxistas), qual seria a trajetória da taxa de câmbio? Com a chuva de dólares o BC teria de comprar grande volume da moeda injetando liquidez ou aumentando a dívida pública. Neste cenário a política monetária não seria independente, ou a dívida explodiria e os juros aumentariam. E este sujeito já foi importante no governo de São Paulo…
    Abç.
    M.

  6. “O”:

    Pode haver este problema é verdade(até porque o Yoshiaki é imcompreensível até para quem trabalha com ele; e eu trabalhei), mas, para quem conhece o sujeito em questão, a relato não está muito fora do que ele diz não. E algumas coisas dos tais “10 mitos” têm todo jeito de citação literal de PowerPoint.

    fmg:

    Consistência interna é mercadoria escassa na análise deste pessoal. E, se você fica preocupado com um cara assim ter ocupado a Secretaria de Fazenda do Estado, imagino como deve se sentir com relação ao atual ocupante do Ministério da Fazenda…

    Quanto ao Paul Krugman… A inspiração dos artigos (e, por consequência, do blog) é mesmo ele. Nem tanto pelo que tem feito nos últimos anos (se bem que, com a crise, ele voltou a usar sua fenomenal capacidade analítica de novo), mas por várias coisas que ele publicou na Slate. Ele é o que eu gostaria de ser. Obviamente não serei, mas, pelo menos, acho que o objetivo é nobre.

    M:

    Acho que você está correto. Trata-se exatamente do viés anti-importação dos “keynesianos de quermesse”. Estou trabalhando exatamente neste assunto. Deve virar artigo na Folha (tenho que escrever hoje ou amanhã), além de uma nota mais longa para o Real.

    O crescimento das importações está intimamente ligado ao crescimento da demanda doméstica acima do PIB (7% contra 5,4% em 2007 e abrindo neste começo de ano). Como a absorção é praticamente igual ao PIB (98,5%) e as importações são parcela pequena do PIB (12,4%), podemos aproximar o ritmo ao qual as importações devem ultrapassar as exportações pela seguinte expressão:

    Cresc (M-X) = (Cresc Absor – Cresc PIB)/% import

    Cresc (M-X) = 1,6%/12,4% = 12,9%

    Com as exportações crescendo 6,6% em volume no ano passado o crescimento das importações (em volume) teria que ser superior a 20%.

    Com a absorção acelerando quase 1% no primeiro trimestre, o crescimento das importações tem que acelerar para algo como 25%. Jogue mais 10% de aumento de preços das importações nos últimos 12 meses e temos importações crescendo quase 38% em 12 meses, exatamente o que observamos hoje.

    Quanto ao que importamos, deduzidos os efeitos de preços, 55% do crescimento das importações são de bens intermediários, 16% de bens de capital, 15% petróleo e derivados e 13% bens de consumo. Não parece ser bolsa Luis Vuiton.

    Mais detalhes nos próximos capítulos.

    Abs

    Alex

  7. Alexandre,

    O George Akerlof fala que todo mundo deveria tentar ser um economista como o Paul Krugman…
    Certamente um melhor conselho que o do Yoshi para seus alunos…

    Abs, fmg

  8. fmg:

    O Akerlof é outro modelo. Fui seu aluno e ele tem de fato uma abordagem muito pessoal à matéria, seja como professor, seja como autor.

    Não sabia desta opinião dele sobre o Krugman, mas é mesmo um belo conselho.

    Abraços,

    Alex

  9. Alex,

    Voce fala tanto em numeros e percentagens, mas todos sabemos que numeros e estatisticas podem contar qualquer historia, entao nem vem que nao tem, mastife da burguesia velhaca financeirista!!

    Hegeliano

  10. Hegeliano:

    Eis um comentário de rara inteligência, bastante digno do seu apelido.

    Quanto a estatísticas e números contarem qualquer história, bem, este é um argumento de quem não conhece números ou estatísticas.

    Ah, sim. Como você é novo por aqui ainda pode achar que eu me incomodo com estes epítetos. Mas sugiro que você leia alguns dos posts passados onde eu chamo atenção sobre a pobreza do argumento “ad hominem”.

    Depois disso (e de estudar economia, estatística e matemática) a gente fala…

  11. Entao esse eh seu estrategema?
    Mandar-me estudar matematica e estatistica?!? eu sou um FILOSOFO! Entendo a dialetica e como a ciencia, digo, “ciencia” pode se aburguesar e manter a estrutura de classes. Alias, tambem sou um economista, por que voce nao explica a lei de Say, como que pode a absorcao crescer mais rapido que o produto sem que voce negue a lei de Say e destrua o alicerce ideologico de sua empreitada?

    Peguei-lhe em uma contradicao!!!

    Hegeliano

  12. Você pode até ser um filósofo (nem vou entrar na discussão sobre o que você filosofa), mas economista?

    Só o que você escreveu já mostra que nem contabilidade nacional você entende, o que dirá de economia?

    Como sugestão, Simonsen & Cysne, capítulo 3. Bela introdução às contas nacionais. Quem sabe no aprendizado você filosofa um pouco sobre o destino padrasto, que dá tanta inteligência a uns, e tão pouca a outros.

  13. Alexandre,

    Mas por que voce nao apresenta argumentos? Reveste-se, ao inves, com o verniz tenue e enganador da autoridade, recomendando leitura, mas sem enunciar na bula as contra-indicacoes, a afiliacao dos autores com organizacoes financeiristas transnacionais e com a Escola de Prestidigitizacao Gananciosa e Enganadora…

    Bem, quanto a minha demanda inicial, eh obvio que nao apresenta argumentos porque es desprovido da agilidade mental e treinamento para cogitar dialeticamente (NAO QUE DUVIDE DE SUA EXISTENCIA, POIS CERTAMENTE COGITA, MESMO CARECENDO DE DIALETICA, desculpe-me pelas maiusculas, nao queria gritar… mas voltando a conversa, o essencial eh dizer NAO, assim mesmo com maiusculas mesmo, ao esquema ideologico que eleva um doutorado em truques numericos, vejam soh, em uma universidade p-u-b-l-i-c-a americana, ao patamar de defensor da economia visceralmente de mercado, sem redeas, sem contrapontos, esmagadora da consciencia do trabalhador.

    Agora chega!

    Hegeliano

  14. Alex,

    Vivemos numa sociedade que boa parte acredita que em tudo o estado tem que intervir, seja no comportamento cambial ou até na cor da cueca que o filósofo ai deve usar em dias de trabalho (alias, filosofo trabalha com que, heim? alem de “pensar”? Ah, deve ensinar. é o que resta. Mas o que que ele agrega de valor à economia e ao bem-estar? agregaria se não falasse tanta besteira).
    Pessoas que não tem o mínimo conhecimento em economia, acham que o problema de crescimento ecônomico do Brasil seria facilmente solucionado com um simples decreto de diminuição de taxa de juros, aumento até impensável de gastos de governo e por ai vai…Em suma,um bacanal.
    E por que esse cenário não ocorre? Ai escutamos esse velho discurso: “Ah, é a elite! Ah, é essa burguesia imperialista!”

    Meus caros
    o blog é excelente e eu não posso deixar de defender esse espaço. Alex, vamos deixar eles falarem sozinhos. Niguém os escuta.

  15. Meus caros,
    Só um pequeno comentário sobre a composição das importações. Ela, na verdade, não nos diz nada. Citando o exemplo das bolsas Vultton (é este o nome?). A importação destas pode permitir uma realocação dos fatores produtivos internos, diminuindo a produção nacional de bolsas e incrementando a produção local de bens de capital, incrementando liquidamente nossa taxa de investimento real. As coisas não são simples. Não é porque importamos bens de consumo não duráveis que as importações seriam ruins.
    Saudações.

  16. Não adianta usar uma pretensa linguagem empolada e acreditar que você está falando alguma coisa com conteúdo.

    Os argumentos que você pede estão no post. Agora, se você não consegue enxergá-los é outro problema. Daí a sugestão de leitura…

    Se você quer um par de lições rápidas, aí vão.

    Sua noção que absorção crescendo mais rápido que produto violaria de alguma forma a “Lei de Say” revela que você não sabe sequer contabilidade nacional de economia aberta. De fato, numa economia aberta a oferta total (produto mais importações) deve ser igual à demanda total (demanda doméstica – ou absorção – mais exportações). Logo:

    Produto = Abs (+) Exp (-) Imp

    Não precisa ser um gênio para concluir que não só é possível, mas comum, encontrarmos a absorção crescendo a taxas distintas do produto, a diferença vindo do comportamento das exportações líquidas. Cadê a tal violação da “Lei de Say”?

    Em segundo lugar, se você conhecesse o estrutura analítica por trás de regimes de meta de inflação saberia que um dos blocos essenciais da estrutura é a Curva de Philps, que, tanto em suas roupagens mais antigas como nas formulações mais recentes, pressupõe alguma forma de rigidez de preços nominais.

    E, como bem estabelecido, sob rigidez nominal de preços: (1) não há porque esperar que a economia opere no seu potencial; (2) os ciclos econômicos são determinados essencialmente por fenômenos monetários; e (3) política monetária pode ser estabilizadora. Vale dizer, se você ainda não percebeu, não há nada no meu marco teórico que use a “Lei de Say”.

    Entendeu agora porque você precisa estudar antes de cometer as opiniões que profere?

  17. J:

    Pois é. O Brasil tem 180 milhões de técnicos de futebol e, aparentemente, outra tanto de economistas, todo mundo com soluções fáceis (e erradas), sem a menor noção da extensão da própria ignorância.

    Anônimo:

    Você está certo. Mesmo que fosse importação de bens de consumo de luxo ainda haveria o efeito de deslocamento de fatores de produção, etc, como sugerido pela teoria do comércio internacional.

    Considerando, porém, que no curto prazo (e falamos de meses aqui) a mobilidade de fatores é restrita (máquinas e trabalhadores que produzem bolsas não conseguem migrar rapidamente para a produção de, digamos, tornos mecânicos), acho que vale a pena prestar atenção na composição das importações, em particular no desempenho das importações de bens de capital.

    De qualquer forma, ao longo do tempo seu argumento torna-se mais poderoso.

    Abs a ambos.

    Alex

  18. Sensacional esse filosofo economico! Ele deve ter aprendido teoria economico enquanto praticava sua dialetica em algum botequim. O melhor foi a felicidade dele ao te “pegar em uma contradicao”… animal!

  19. fmg:

    O mais interessante é que a “contradição” dele era não saber a diferença entre economia aberta e economia fechada… E ainda fica dando palpite!

    Abs

    Alex

  20. outra coisa e’ que o filosofo economico de boteco faz questao de ressaltar que voce estudou numa escola p-u-b-l-i-c-a americana. Provavelmente acha que por ser publica e’ de graca… nao tem ideia de como e’ caro estudar em Berkeley. Se fosse so’ pelo dinheiro p-u-b-l-i-c-o so’ teria filosofos feito ele dando aula em Berkeley…

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