A verdadeira doença holandesa

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12 thoughts on “A verdadeira doença holandesa

  1. O que esperar de um país que nos deu Monty Python, Blackadder e Mr. Bean, comparado à terra em que vicejam o Torquemada de Campinas e sua corte de “keynesianos de quermesse”?

    Assista Fawlty Towers que a depressão passa…

    Abs

    Alex

  2. Alexandre, sou estudante de economia e prestei uma prova de respostas objetivas (falsa ou verdadeira).
    Havia uma afirmacáo que anotei como verdadeira e saiu como falsa no gabarito. Gostaria que vocë comentasse, ou melhoor, me orientasse.

    A afirmacáo era a seguinte:
    – A taxa de cämbio está nominalmente apreciada quando os investidores estrangeiros resolvem promover ataque especulativo sobre a moeda do país”.

    Pensei na crise do México, Rússia, Argentina, onde houve fuga de capitais quando o cämbio estava apreciado.
    Náo entendi porque esta afirmacáo possa ser falsa.

  3. Acho que o problema com a afirmação está relacionada à apreciação ser condição necessária ou suficiente ao ataque especulativo.

    A moeda apreciada (sob câmbio fixo, diga-se de passagem) é condição necessária ao ataque especulativo, mas não suficiente, i.e., há condições nas quais mesmo com uma moeda apreciada não haveria ataque. A lembrar, o Brasil, com uma moeda claramente sobrevalorizada entre 1994 e 1998, não passou por ataques especulativos entre 1T95 e 3T97.

    Abs

    Alex

  4. Parece questao de pegadinha…

    A pergunta deveria ser formulada diferentemente. Do jeito que estah nao esta avaliando o conhecimento da materia, mas sim a capacidade de interpretacao legalistica do texto.

    Uma formulacao melhor seria:

    Um cambio apreciado eh uma condicao suficiente para um ataque especulativo. Falso ou verdadeiro? Por que?

  5. Alexandre, obrigado pela explicacáo. Posso derivar dela uma conclusáo: já que a moeda nominalmente apreciada é condicáo necessária para um ataque especulativo, a afirmacáo náo pode ser considerada falsa.
    Se a questáo é de pegadinha, creio que o formulador foi pego por seu próprio erro de interpretacáo.
    Toda a literatura sobre o assunto aponta para os riscos da especulacáo quando a taxa de cämbio está valorida.

  6. “Toda a literatura sobre o assunto aponta para os riscos da especulacáo quando a taxa de cämbio está valorida.”

    Eu discordo. A literatura de segunda (ou terceira?) geracao de modelos de ataque especulativo admite a possibilidade de ataques especulativos mesmo quando os fundamentos do pais nao sugerem vulnerabilidades (ex: mesmo que o cambio nao esteja “valorizado”).

    “O” Anonimo

  7. “O”:

    Posso estar enganado, mas, pelo que me lembro dos modelos de segunda geração (faz tempo…) há a possibilidade que, PARA OS MESMOS FUNDAMENTOS, o país seja ou não atacado.

    O exemplo que o Obstfeld tinha em mente era o da Inglaterra em 92 (eu estava tendo aula com ele naquele semestre; foi uma experiência e tanto). Sem ataque não haveria o processo de perda de reservas que caracteriza os modelos de primeira geração, mas o se o câmbio não estivesse valorizado em algum grau (e a valorização neste contexto quer dizer que o BC tem que manter a taxa de juros mais alta do que o consistente com pleno emprego para segurar a taxa de câmbio), não há motivação para o ataque especulativo.

    É isto mesmo?

    Abs

    Alex

  8. Alex,

    Voce estah certo quanto aos modelos de segunda geracao. Deve ter sido interessante ser aluno do Obstfeld aaquela epoca.

    Se eu me lembro corretamente da tipologia, os modelos de terceira geracao sao aqueles em que existe uma interacao entre a taxa de cambio e o balanco patrimonial ou liquidez de bancos ou do sistema financeiro.

    (Isso mesmo: acabei de encontrar uma referencia: http://www.kellogg.northwestern.edu/faculty/rebelo/htm/currency%20crisis%20models%20Ed.pdf )

    Portanto, nao eh necessario uma taxa de cambio “super-apreciada” para um ataque especulativo de terceira geracao, apenas que existam descasamentos de moedas ou de maturidade nos ativos e passivos do sistema financeiro.

    “O” Anonimo

  9. “O”:

    O Obstfeld foi o melhor professor de Economia que eu tive, incluindo graduação, mestrado e doutorado. Fora isto, como membro da banca, contribuiu muito, em particular para o terceiro ensaio (que, diga-se , é um lixo, mas seria muito pior sem a ajuda dele).

    Valeu a referência. Vou baixar o artigo e aprender um pouco (estou ainda na segunda geração…)

    Abs e bom domingo,

    Alex

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