A última do Pochmann (em 2007)

A última do Pochmann foi negar a existência da inflação. Segundo ele o BC “matou a expansão de 2004”, preocupado com “uma suposta inflação que deveria haver e não houve”.

A lembrar, a inflação de 2004 (que não houve) foi de 7,6%, atingindo o modesto nível de 8% em abril e maio de 2005 (mas, tudo bem, já que ela não existiu), permanecendo acima da meta em 2005 (5,7% contra 4,5%, porém, como já dito acima, não havia inflação alguma).

Não contente em seu esforço para desmentir os fatos, o arguto expurgador-mor não consegue traçar qualquer relação entre o aperto da política monetária e a queda da inflação, embora atribua ao BC a morte da expansão de 2004. A notar que a “morte” da expansão de 2004 traduziu-se na queda da demanda doméstica privada (consumo e investimento, os componentes sensíveis à taxa real de juros) de 4,9% para 4,3%, de fato uma enormidade.

Ah, sim. E todo este seu pronunciamento veio depois de dizer que o Ipea não se pronunciaria sobre conjuntura, preocupado com o “planejamento de longo prazo”. Não é por nada, mas, desrespeitando os dados e ignorando os princípios mais simples da teoria econômica, desconfio que nada de bom há de sair de qualquer coisa que tenha o Pochmann como dirigente.

13 thoughts on “A última do Pochmann (em 2007)

  1. Bilu, se a inflação não existe, será que o Pokiman existe?

    ou então, vai ver que ele lacaniano e eksiste? sabe como é? ele existe quando ele não pensa…

  2. Marcus:

    Quem sabe o mal que se esconde por trás dos corações humanos?

    De qualquer forma, não vamos excluir a primeira hipótese até que as evidências sugiram que ela é falsa.

    Abs e bom 2008 para você também,

    Alex

  3. O ministro Pândega é mais hilário — e tão nefasto — quanto o Packman. O Pândega a cada dia diz uma coisa, sem nenhum respeito à lógica de uma forma geral — quem dirá à lógica econômica. O Packman é fenomenal: como todo partizan esquerdista, distorce ou nega o passado. Como conseguirá planejar o longo prazo se desconhece até o passado recente? Acho que ele não está lá para pensar ou planejar com base na realidade (isso eles nunca conseguiram!!!) mas para justificar as ações voluntaristas do governo. Estão montando um sistema de enganação fenomenal. É verdade que a realidade sempre acaba vencendo, mas a que custo? Até lá estaremos todos fritos e mal pagos.

  4. A visão de Pokemon sobre a inflação q não veio parece a da pessoa q toma uma vacina, não fica doente, e diz q não precisava da vacina pois não ficou doente. Mesmo depois de anos de chicotadas q esses heterodoxos tomaram do Prof. Simonsen eles ainda voltam p nos assombrar.

  5. Alex,

    Falando de inflação, você deu uma olhada ultimamente nos números da base monetária e do meio circulante, na página do BC? Se o Friedman e os austríacos estiverem corretos sobre as causas da inflação, acho bom a gente se preparar, pois 2008 será o ano do dragão. Estou errado? O que você acha disso? Abs.

  6. Concordo que o ano vai ser delicado do ponto de vista de inflação (aliás, isto em incomoda há meses), mas – francamente – eu não presto muita atenção nos agregados monetários.

    Como o BC brasileiro (a exemplo do Fed, do BCE, do BOE e quase todos os BCs do mundo) controla diretamente a taxa básica de juros, a oferta de moeda (medida pelos agregados) se torna endógena (i.e, dada a taxa de juros e a demanda por moeda, a oferta tem que se ajustar).

    Isto não quer dizer o Friedman estava errado sobre anatureza da inflação simplesmente que ele privilegiava outro instrumento de controle da demanda. Hoje em dia há certo consenso que determinar diretamente as taxas de juros – ao invés de usar a oferta de moeda para controlar a taxa de juros – é uma estratégia melhor.

    Abs

    Alex

  7. e é curioso como os “mercados” estão, naturalmente, consagrando os juros como instrumento de controle da liqüidez, né?

    não sem dores, já que a recessão implícita não será nada fácil… ainda que as commodities possam vir a alavancar algum tipo de crescimento.

    (tomara que eu não esteja sendo pessimista demais)

  8. Caro Alex,

    Até quando teremos que aguentar o festival de barbaridades da trinca circense Pochman, Sicsú e Mantega, o Palhaço Chefe?
    O pacote tributário é uma aberaação. Falar que não aumentariam os impostos nos próximos 15 dias é um insulto a nossa capacidade de raciocinar.
    Estamos andando para trás e isto preocupa. Primeiro esprioo ou crise nos mercados, sentiremos os efeityos de maneira mais acentuada….

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