O que acontece com a arbitragem brasileira? Coluna Mário Marinho

O que acontece com a arbitragem brasileira?

COLUNA MÁRIO MARINHO

Em qualquer lugar do mundo e sob quaisquer circunstâncias, acontecem erros de arbitragem.

Se juízes estudados e togados, às vezes até na mais alta Corte do País, cometem erros, mesmo com tempo de sobra para análises de provas e particularidades, imaginem o juiz de futebol que toma sua decisão em cima do fato, muitas vezes pressionado, outras vezes sem a total visão do acontecimento?

Embora não decidam vidas ou destinos, os erros de arbitragem em jogos de futebol assumem proporções assombrosas dado o grau de paixão que o futebol possui.

Assim, o torcedor reage logo achando que existe perseguição contra o seu time. E só contra ele.

Tornou-se viral, por exemplo, dizer que os árbitros protegem o Corinthians.

Entretanto, há poucos dias, em plena Arena de Itaquera, o timão foi prejudicado quando o Internacional marcou um gol em que havia, na jogada, quatro jogadores em posição de impedimento.

Neste fim de semana, também aconteceram lances de erros cabeludos.

Falo aqui de lances de clareza meridiana, matemática.

Já no domingo pela manhã, Palmeiras e Cruzeiro, no Pacaembu, o zagueiro Gustavo Gomez tocou na bola em lance com o atacante Raniel, do Cruzeiro.

Realmente houve o toque, mas foi claramente fora da área, como você verá no vídeo abaixo. Foi um lance rápido, mas sem nenhuma confusão a atrapalhar a visão do juiz Dewson Fernando da Silva, paraense.

Em Porto Alegre, no jogo Inter x Vitória, outro erro de arbitragem que pode ser chamado de clamoroso.

Aconteceu aos 36 minutos do segundo tempo, quando Lucas Fernandes, que estava na barreira, tocou a bola com a mão. O jogador do time baiano estava visivelmente fora da área. Lance originado em bola parada, o que torna o erro ainda mais grosseiro.

Outro erro aconteceu no jogo Santos x Atlético Paranaense que se encaminhava para um 0 a 0.

Aos 48 minutos de segundo tempo, o atacante do Santos se choca com o defensor do time paranaense e cai na área. O juiz não pensa duas vezes e dá o pênalti. Muito embora seja um lance interpretativo, fica claro que o choque foi absolutamente normal, lance de jogo.

Com o pênalti, o Santos venceu o jogo por 1 a 0.

O diretor de arbitragem da CBF, Marco Marinho (não é parente) diz que todos os casos são analisados.

Segundo a própria CBF, até duas rodadas passadas, haviam sido detectados 42 erros importantes de arbitragem. Alguns juízes foram afastados para reciclagem.

Será que eles são mal preparados?

O crítico de arbitragem Leonardo Gaciba, ex-árbitro de futebol acha que a CBF está errando ao escalar juízes sem experiência.

– O Brasileirão está numa fase de muita disputa. Todo jogo é quase uma decisão. É preciso e saudável que haja renovação, mas o momento não é esse.

Se for só esse o erro, menos mal. A conferir.

A rodada colocou o Verdão na ponta da tabela. O São Paulo que liderou tanto tempo caiu para terceiro lugar. O inter é o vice-líder.

É um vai e vem emocionante. Veja os gols. E os erros.

https://youtu.be/ZwIerS8KVuE

Na Arena
Com Bocelli

No sábado à noite, acompanhado da inseparável Primeira e única Dama deste blog, Vera Marinho, estive no Allianz Parque, a suntuosa arena do Palmeiras, para assistir à apresentação de Andrea Bocelli.

Uma noite espetacular.

Além da voz limpa e potente do tenor italiano, ainda ouvimos, de quebra, graciosa apresentação de Maria Rita, mostrando todo o potencial desta excelente cantora.

A noite me levou a uma viagem de quase 30 anos passados.

Na noite de 7 de julho de 1990, eu era um dos privilegiados espectadores que lotavam a histórica Termas de Caracala, no centro de Roma, para assistir à primeira apresentação dos tenores Plácido Domingo, José Carreras e Luciano Pavarotti. A partir daquela noite, eles passaram a percorrer o mundo com o espetáculo “Os Três Tenores”.

Foi uma noite repleta de emoção.

Eu já estava na Itália há 60 dias, carregando enorme saudade da família, dos amigos, do Brasil, do arroz com feijão.

Assistir à apresentação dos três, naquele belíssimo monumento histórico, em lugar privilegiado que custou, à época, 250 dólares, foi demais. Bom dimais da conta, sô – diria em bom mineirês.

Veja no vídeo abaixo um dos momentos históricos, “O Sole Mio” com os três. Repare também no belíssimo cenário. Ah!, na regência da orquestra o maestro Zubin Mettha a que eu já tivera o prazer de assistir regendo a orquestra sinfônica de Israel, em Telavive, nove anos antes.

A vida é feita também de bons momentos.

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FOTO SOFIA MARINHOMário Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
 NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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