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A bola rola na disputa doméstica. Coluna Mário Marinho

A bola rola na disputa doméstica

COLUNA MÁRIO MARINHO

A partir deste domingo, os campeonatos estaduais da primeira divisão do futebol brasileiro começam a ser disputados.

Lá no Acre, por exemplo, no dia 20 o atual campeão, o Rio Branco, faz o jogo de abertura contra o Náuas, da cidade de Cruzeiro do Sul. Dez equipes estarão participando, duas a mais que o ano passado.

Lá em baixo, no Rio Grande do Sul, Grêmio e Inter são os favoritos de sempre. O Tricolor vai em busca de sua 38ª conquista tentando chegar perto do Inter, campeão 45 vezes.

Além do Grenal, Brasil e Pelotas fazem o BraPel, clássico da cidade.

Novidade no Sul: os jogos entre Grêmio e Inter terão a presença do VAR – para o bem ou para o mal.

Em Pernambuco, terra do coronel Portela, o atual campeão, o Náutico terá estes adversários em competição que vai até o dia 21 de abril: Afogados, América-PE, Central, Flamengo de Arcoverde, Petrolina, Salgueiro, Santa Cruz, Sport e Vitória-PE.

Lá em Brasília, onde está o estádio mais caro da Copa do Mundo de 2014, o Mané Garrincha, o campeonato começa no dia 26 com o jogo entre Brasiliense e Santa Maria. A final, um luxo, também será no carésimo Mané Garrincha.

Lá na amada Minas Gerais, o amado América, que caiu no Brasileirão, entra com time renovado, sob o comando do velho Givanildo Oliveira, para tentar quebrar a mesmice de finais entre Atlético e Cruzeiro, o atual campeão.

A conferir.

Em São Paulo, o milionário Palmeiras tenta desbancar o renovado Corinthians que, no ano passado, foi campeão em cima do próprio Palmeiras e, o que é pior, na casa do Verdão.

Na Bahia de todos os santos e todas as mandingas, o Bahia tenta o bicampeonato e o Vitória, vice, tentar se reerguer depois de cair no Brasileirão.

Na cidade sofrida e maravilhosa do Rio de Janeiro, o Botafogo parte em busca do bi: foi campeão no ano passado, em cima do Vasco. Não terá moleza, principalmente pela súbita riqueza do Flamengo que anda gastando adoidado como todo novo rico.

Enfim, aqui, lá e acolá a bola está rolando nos campeonatos estaduais.

Há quem seja contra os estaduais por serem deficitários.

Pode ser.

Eu acho que os estaduais não devem acabar.

A solução está em achar a saída, a fórmula capaz de tornar a competição atrativa.

A esse propósito, existe o plano de calendário para o futebol brasileiro criado e estudado pelo mestre no assunto, Luís Felipe Chateaubriand e que já foi assunto desta coluna. Veja em:

http://www.chumbogordo.com.br/23010-a-falta-de-grana-e-o-calendario-do-nosso-futebol-coluna-mario-marinho/

A grande vantagem dos estaduais é mais do que manter, fomentar a chama da rivalidade.

Nada como você encontrar e reencontrar o seu rival preferido pela frente. É o vizinho cuja grama de jardim você acha que é mais verde que a sua e lhe dá motivação para cuidar ainda mais de seu já belo e florido jardim.

Se um dia a rivalidade acabar, acaba o futebol.

Na década de 1990, assisti a uma palestra do então prestigiado João Havelange, todo poderoso presidente da Fifa, em que ele dizia que até os erros de arbitragem são, em certo ponto, benéficos para fomentar o bate papo, a discussão da segunda-feira nas padarias.

Concordo com ele.

Muito embora, nunca tenha conseguido visualizar o aristocrático Jean-Maire Godefrois  d’Havelange tomando um café com leite e degustando um pão com manteiga num padaria.

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FOTO SOFIA MARINHOMário Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
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