Quem leva vantagem. Coluna Mário Marinho

Quem leva vantagem

COLUNA MÁRIO MARINHO

Os Estaduais vão chegando à sua reta final, reta sempre empolgante com os mata-matas que, disputadas a primeira partida, geralmente dão alguma vantagem a algum time.

Não é o caso e São Paulo e Palmeiras que disputaram a primeira partida no sábado e o jogo, até bem disputado, ficou no 0 a 0.

O jogo que definirá quem irá para a final será n domingo, no Allianz Parque, casa palmeirense.

O forte e milionário Verdão não leva vantagem numérica, mas tem o privilégio de decidir em casa.

Eu considero essa uma grande vantagem, já que, pelo regulamento dos jogos do Campeonato Paulista, os clássicos são disputados com torcida única.

Serão mais de 40 mil apaixonados verdes gritando nos ouvidos dos 11 são paulinos em campo.

Isso, para o tempo normal de jogo.

Qualquer empate leva o jogo para a disputa dos pênaltis. Aí a pressão que era a favor pode virar contra. A responsabilidade de quem cobra passa a ter peso maior.

Já o Corinthians leva a vantagem do empate por sua vitória sobre o Santos, 2 a 1, em sua Arena. Em caso de vitória do Santos por diferença de um gol a disputa vai para os pênaltis. E com vantagem maior, classificação do Peixe. O jogo será no Pacaembu na próxima segunda-feira.

Foi um jogo que teve um bom primeiro tempo e um segundo apenas razoável.

Se no primeiro os dois times procuraram mais o gol adversário, principalmente o Timão, no segundo jogaram na base da segurança.

O Santos não tentou muito o gol de empate, parecendo com medo de levar o terceiro; o Corinthians, por sua vez, também foi cuidadoso: não forçou muito o terceiro gol para correr menos risco de levar o gol de empate.

Curiosamente, os três gols desse jogo surgiram de falhas nas defesas.

No primeiro gol corintiano, logo aos 3 minutos de jogo, a bola bem centrada para a área, por Sornoza, encontrou o zagueiro Manoel para fazer 1 a 0 livre de marcação.

Cinco minutos depois, bola cruzada sobre a área corintiana, numa cobrança de escanteio, e eis que o eficiente e grandalhão Cássio sai mal, dá um toque de mão aberta na bola, tipo mão de alface, quase um passe, e ela sobra limpa para Derli Gonzalez empatar.

Aos 31 minutos, foi a vez do zagueirão Luiz Felipe errar numa bola que era toda sua e, aí sim, dar um passe para o esperto Clayson, mais uma vez o melhor do jogo, marcar com categoria: 2 a 1.

Em Minas, vitória
do filho ingrato

Coisas do futebol, coisas da vida.

O artilheiro Fred foi revelado pelo América, tão mineiro quanto eu, onde brilhou e marcou o gol mais rápido do mundo até aquela data.

O fato aconteceu no dia 12 de janeiro de 2003, quando o América enfrentava o Vila Nova-Go, pela Copa São Paulo de futebol jr.

Ele tinha 19 anos e fez este golaço com 3,17 segundos de jogo. Veja:

Pois ontem, no Estádio Independência, campo do meu América, ele marcou os três gols da vitória do Cruzeiro, 3 a 2, sobre o meu time.

Mostra sua competência, seu faro de gols. Pena que na Copa do Mundo de 2014 um esquema de jogo errado adotado pelo técnico Felipão o tenha transformado num poste dentro de campo.

O Cruzeiro leva a vantagem para decidir a vaga da final neste sábado, no Mineirão.

No outro jogo, o Atlético enfrenta o Boa. No primeiro jogo, disputado na cidade de Varginha, onde o Boa manda seus jogos, empate em 0 a 0.

O esquisito
Carioca

A bem da verdade, leva vantagem no Campeonato Carioca quem conseguir entender o esdrúxulo regulamento.

No jogo de ontem, o Flamengo arrancou o empate na base da raça, com o gol marcado por Arrascaeta aos 48 minutos do segundo tempo.

Nos pênaltis, o Mengão se classificou para a semifinal que não aconteceria em caso de vitória vascaína.

Agora, o Fla enfrenta o Flu, enquanto o Vasco decidirá com o Bangu.

Faltou
tesão no gaúcho

Mesmo jogando cm reservas, o Grêmio poderia ter vencido o São Luiz, ontem à noite em Ijuí, mas ficou num plácido 0 a 0. Segundo o técnico Renato Gaúcho, faltou tesão ao seu time.

O jogo de volta será na casa do Grêmio que se classifica com a vitória simples. O empate com gols dá a classificação ao São Luiz.

Já o Internacional passou pelo Caxias, na casa do adversário, e decide a vaga em casa, no sábado, data em que o Beira Rio completa 50 anos de existência.

Veja os gols do Fantástico

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FOTO SOFIA MARINHO

Mário Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
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