Faltou brilho. Coluna Mário Marinho

FALTOU BRILHO

COLUNA MÁRIO MARINHO

Os quatro times brasileiros que estão lutando por uma vaga nas semifinais da Libertadores da América estiveram em campo nestas duas últimas noites.

Apesar de dois terem saído vitoriosos nessa importante reta final, deixaram seus torcedores preocupados com o futuro.

Nenhum foi empolgante em campo. Nenhum mostrou classe, técnica, valentia e sequer a raça que se pede em momentos como estes.

Tivemos jogos opacos e modorrentos.

Na terça-feira, o Palmeiras venceu o Grêmio por 1 a 0, em Porto Alegre.

Importante resultado que lhe deu considerável vitória para o jogo da próxima semana que será em São Paulo, no Pacaembu. O Verdão jogará “quase” em casa.

O milionário time dirigido por Felipão ficou muitos cifrões abaixo do que a torcida esperava.

Jogou mal e jogou para não perder. Renunciou ao jogo, à busca pela vitória.

Felizmente para os palmeirenses, o gol da vitória veio numa magistral cobrança de falta de Gustavo Scarpa. O palmeirense disparou verdadeiro e descontrolado míssil que fez curva espetacular e enganou o bom goleiro Paulo Victor que, entretanto, vacilou por um segundo antes de ir ao encontro da bola.

Uma semana antes desse jogo, o falante Renato Gaucho após a vitória sobre o Athletico Paranaense, jogo pela Copa do Brasil, declarou em alto e bom som:

– O time que joga bonito no Brasil é o Grêmio. O time que procura o jogo, procura o gol é o Grêmio.

Mas, na terça-feira, o Grêmio foi o oposto disso: um time perdido em campo, totalmente incompetente.

Veja o golaço de Scarpa:

Maracanã: festa
bonita, jogo feio.

Imagem relacionada

Como está se tornando hábito em jogos do Mengão, o Maracanã esteve repleto, bonito e festivo.

Pena que o entusiasmo da torcida não contaminou os jogadores.

Mengão e Colorado entraram em campo com o nítido propósito de primeiro e acima de tudo não levar gol.

Dono da casa e empurrado por sua torcida, o Flamengo criou apenas uma chance real de gol com seu artilheiro Gabigol. Criou, mas, não realizou.

Pelo lado do Internacional, o bom artilheiro Paolo Guerrero parece ter sido pautado com uma única missão: catimbar.

Logo nos primeiro minutos começou longa e ridícula série de reclamações com o juiz.

Terminou com a incrível encenação de um pênalti.

Jogou-se para cima, estatelou-se no chão, gritou, estrebuchou, parecia até pedir, implorar pela extrema unção como se estivesse à beira da execução por um impiedoso carrasco do Estado Islâmico.

A repetição da jogada mostrou que Guerrero sequer foi tocado pelo zagueiro adversário.

Pantomima grotesca, embromação da maior.

Aliás, o que houve de cai-cai nesse jogo foi uma grandeza.

No caso do Gerrero, enquanto ele rolava e se estrebuchava, a bola continuou rolando mostrando que os jogadores, mesmo seus companheiros de Clube, haviam percebido o embuste.

O que me fez lembrar Clodovil e sua célebre frase:

– Boi preto conhece boi preto.

No segundo tempo, o Flamengo jogou um pouco mais solto e contou com a determinação do bom Bruno Henrique que fez os dois gols da vitória por 2 a 0.

Vitória que poderia ser um pouco maior, não fosse a escandalosa furada do Gabigol nos minutos finais.

Duro, porém, merecido castigo ao encolhimento do grande Inter. Justa vitória para o Mengão que procurou mais o jogo.

Veja os gols e os melhores – poucos – momentos:

Paulistas
No topo da tabela

O São Paulo conseguiu sua quinta vitória consecutiva e encostou nos líderes.

A vitória de ontem foi sobre o Athletico Paranaense, 1 a 0, gol de Vitor Bueno.

Daniel Alves, o melhor lateral direito do mundo, fez sua segunda partida pelo Tricolor paulista e continua sendo apenas um razoável jogador de meio campo.

Com esse jogo atrasado, todos os times têm agora 15 jogos cada um.

Entre os seis primeiros colocados, estão os quatro paulistas.

O Santos é o líder, seguido de Flamengo, Palmeiras, São Paulo, Atlético Mineiro e Corinthians.

Veja o gol do São Paulo nessa importante vitória na Arena da Baixada:

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FOTO SOFIA MARINHO

Mário Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
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