Uma religião chamada Flamengo. Blog do Mário Marinho

UMA RELIGIÃO CHAMADA FLAMENGO

BLOG DO MÁRIO MARINHO

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São impressionantes as imagens da torcida do Mengão despedindo-se dos jogadores que viajaram ontem para Lima, no Peru.

Mais do que a louca paixão do torcedor, o flamenguista partiu para a devoção, a adoração.

É verdade bíblica e matemática que o Flamengo tem a maior torcida do Brasil.

Segundo o Ibope, 16,3% dos brasileiros acima de 10 anos de idade torcem para o Flamengo.

Em segundo lugar vem o Corinthians com 13, 6; 3º – São Paulo, 6,8; 4º – Palmeiras, 5,3; 5º – Vasco, 3,6%. São as cinco maiores torcidas.

O Ibope fez também curiosa pesquisa para saber quais os times têm mais simpatizantes no Brasil. Eis o resultado:

1 – Corinthians, 82%
2 – Flamengo, 81%
3 – Santos, 34%
4 – Palmeiras, 25%
5 – São Paulo, 23%

Outros dois movimentos de massa torcedora que merecem registros, foram a invasão do Maracanã pelos corintianos, em 1976; e os 10 mil malucos que viajaram para o Japão para ver o Corinthians campeão do mundo em 2012.

Mas a visão dos torcedores envolvendo o ônibus da delegação rubro-negra não tem precedentes.

Essa entrega, essa devoção, esse amor pode ser comparado aos católicos do Círio de Nazaré, tradicionalíssima procissão que acontece em Belém do Pará.

No Círio de Nazaré, muitos fiéis acompanham, por vezes em lágrimas, para agradecer alguma graça alcançada ou na esperança de um futuro milagre.

No caso do Flamengo, os fanáticos torcedores fizeram a festa de fé da religião rubro-negra.

Eles querem transmitir o seu apoio, sua energia positiva para alcançar a vitória na Libertadores, contra o River Plate, que não será um milagre, já que o time do Flamengo é muito bom.

As impressionantes imagens mostraram o torcedor tentando carregar o ônibus dos jogadores.

Não conseguiram fazer isso fisicamente.

Mas, sua paixão certamente tirou esse ônibus do chão e o levou até Lima.

Se depender da energia positiva, da carga emocional, da vontade inabalável de seus fãs, o Mengão volta com a Taça.

A Seleção Brasileira
Até que não é ruim.

E falo seriamente, não estou brincando.

A Seleção dirigida por Tite é um bom time.

Tão bom que se estivesse disputando o Brasileirão 2019, certamente estaria brigando com o Palmeiras pelo segundo lugar.

Em primeiro, estaria o quase imbatível Flamengo de Gabigol e seus ótimos sósias.

O torcedor não acredita muito na seleção. E eu sei por que.

É a maldita mania de fazer comparações.

Vamos lá.

Bastou Philippe Coutinho fazer um gol de falta e acabar com um jejum de 5 anos sem gols desse tipo, para alguém compará-lo a Zico.

Calma lá, amigo! A distância é muito grande entre Zico e Coutinho.

Alisson é um grande goleiro, mas não é nem um Gilmar.

O lateral esquerdo Renan Lodi está pintando como um grande lateral. Mas, peraí, alguém falou em Nilton Santos?

Nilton Santos, por motivos óbvios, ganhou apelido de A Enciclopédia. O Renan é ainda um gibi.

Gabriel Jesus é rápido, inteligente, sabe driblar, faz bons passes aos companheiros? Sim, concordo. Mas está longe de ser um Tostão.

Firmino é um artilheiro? É. Richarlisson também. Mas estão a miríades de quilômetros de um Ronaldo Fenômeno, de um Vavá.

Casemiro é um volante competente, mas não dá para comparar com a competência e a liderança do Zito.

Lucas Paquetá tem a camisa com o número 10 às costas. Mas, pensar em Pelé é heresia, pecado mortal. Nem mesmo dá para comparar com Rivaldo ou Rivelino.

E o Danilo, lateral direito que marcou seu primeiro gol na vitória, 3 a 0, sobre a fraca seleção da Coreia?

A bola foi passada a ele que entrou e encheu o pé. Pode até ter sido parecido com o quarto gol do Brasil na vitória dobre a Itália, em 1970, quando

Pelé rolou a bola para o capitão Carlos Alberto Torres que encerrou a goleada: 4 a 1.

Pode ter lembrado, mas, as lembranças param por aí.

O Tite é um bom técnico, mas, para que tentar compará-lo com Telê Santana?

E, para finalizar, Você pode até gostar do meu texto. Mas, por favor, não compare com Armando Nogueira.

Veja os gols da vitória brasileira

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Mário Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de

FOTO SOFIA MARINHO

Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
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