ENFIM, UMA BOA NOTÍCIA

BLOG DO MÁRIO MARINHO

São Paulo viveu uma manhã de segunda-feira caótica.

A cidade está molhada, alagada e congestionada.

Nos 52 anos que vivo nesta fantástica e deslumbrante cidade, nunca vi situação como esta.

Já vi e vivi situações ruins, principalmente no que diz respeito ao aspecto de mobilidade urbana.

Como, por exemplo, do dia em que o nada saudoso coronel Erasmo Dias, truculento secretário da Segurança de então, resolveu fechar todas as pontes sobre os rios Pinheiros e Tietê, isolando o centro da periferia, para evitar manifestação convocada pelos estudantes em protesto contra a sangrenta ditadura que vigorava então.

Pode-se imaginar o caos que se estabeleceu.

Ou quanto, pouco depois de a sede do Jornal da Tarde mudar-se do centro da cidade para o bairro do Limão, uma tromba d`água caiu sobre a cidade.

Normalmente, eu chegava no jornal para trabalhar por volta das 16-17 horas. Saía de casa 30 minutos antes. Naquele dia, saí de casa sob a violenta tempestade por volta das 14 horas, portanto, com muito tempo.

Tentei chegar no jornal até às 22 horas, sem sucesso.

Nesta segunda-feira, foi absolutamente impossível atravessar os rios Pinheiros e Tietê. Felizmente, a internet funciona e me salvou de momentos que poderiam ser aflitivos.

E a boa notícia?

Bem, vamos falar de futebol. E vamos falar de Seleção Brasileira.

A vitória sobre a Argentina, 3 a 0, na noite deste domingo, foi espetacular.

Além de vencer a Argentina, o que é sempre bom, o Brasil carimbou seu passaporte para a Olimpíada de Tóquio.

Volto a repetir que a vitória foi espetacular, mas, não esconde todos os problemas que a Seleção mostrou.

No primeiro jogo, empate com a Colômbia, 1 a 1.

No segundo, outro empate, 1 a 1, contra a fraca Seleção do Uruguai. E empate que só foi conseguido graças a um frangaço do goleiro adversário.

Partimos, então, para o jogo decisivo contra a Argentina que já estava classificada.

Mas, obviamente, ninguém vai pensar que os Hermanos iriam facilitar para o Brasil se classificar. Assim como nós gostamos de batê-los, eles também amam nos causar problemas.

Mas a exibição o Brasil foi primorosa.

Ainda temos problemas, principalmente na defesa, mas conseguimos nos classificar e ganhamos tempo para ajeitar e azeitar o time.

Na verdade, os 3 a 0 até que ficaram de bom tamanho para os Hermanos.

Se as chances criadas tivessem sido transformadas em gols, só no primeiro tempo o Brasil teria vencido por uns 5 a 0.

Mas, o que interessa é que estamos na Olimpíada de Tóquio. Quem sabe, voltamos de lá com a segunda medalha de ouro no futebol?

Veja os melhores momentos:

https://youtu.be/I9Qk8tMq1KY

Notícia
ruim.

Já houve tempo em que o Corinthians foi apelidado de “Time da Virada”. Era fatal: saía perdendo por 1 a 0, virava para 2 a 1; se fosse 2 a 0, virava para 3 a 2 e assim por diante.

A realidade do Timão hoje é outra: se sai perdendo, a derrota é certa.

No Paulistão, saiu perdendo para a Ponte Preta e não conseguiu virar.

Na semana passada, pela Libertadores, levou o gol contra o Guarani e perdeu o jogo: 1 a 0.

Ontem, contra a Internacional, de Limeira, repetiu-se a toada: levou e gol e perdeu por 1 a 0.

Em nenhuma dessas ocasiões, pode-se dizer que o timão massacrou o adversário que foi salvo pelo goleiro. Nada disso.

E até pelo contrário.

Neste domingo, jogando em casa e empurrado por sua fanática torcida, tem a bola nos pés por mais tempo, 70 contra 30%, mas pouco incomodou o goleiro adversário.

O técnico Tiago Nunes resolveu descansar alguns jogadores para o encontro decisivo contra o Guarani, nesta quarta-feira.

Mas por que descansar se estamos no comecinho da temporada? Descansar de quê?, pergunto eu.

No ano passado, o Flamengo ganhou tudo (menos o Mundial). Encantou quem se encanta com o futebol.

E, em momento algum, o técnico Jorge Jesus deu descanso para seus jogadores. Logo no começo do ano, disputando o Brasileirão e a Libertadores, ele foi enfático:

– De quarta a domingo há tempo suficiente para que os jogadores descansem.

Sempre foi assim.

E, no caso do Corinthians, o técnico Tiago Nunes deveria ter seguido o mesmo caminho.

Afinal, ele foi contratado no começo do ano, está à procura do melhor esquema tático, da melhor filosofia de jogo, do entrosamento.

E como se consegue isso? Jogando, é claro. E não deixando os titulares no banco de reservas.

A torcida corintiana não costuma vaiar o seu time. Mas, os gritos de “É quarta-feira. É quarta-feira” ouvidos depois do jogo é, no meu entendimento, um aviso.

E quem avisa, amigo é.

Veja os gols do Fantástico.

https://youtu.be/EFpGHPJe7jM

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
 NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)