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Futebol do tamanho do feriadão. Blog do Mário Marinho

FUTEBOL DO TAMANHO DO FERIADÃO

BLOG DO MÁRIO MARINHO

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Quem gosta e pode usufruir o feriado, teve um prato cheio: sábado, domingo e segunda.

Quem gosta de futebol, teve o São Paulo no domingo e o Palmeiras, na segunda.

É verdade que teve também o Corinthians no sábado, mas nem tanto pelo futebol. O Timão alcançou feito improvável ao derrotar o Internacional e achatar um pouco a classificação geral, o que é bom para a disputa.

O gol do Corinthians – e aí, sim, vale destacar – foi marcado pelo garoto Mateus da Vó que marcou seu primeiro gol no profissionalismo.

Mateus da Vó. Veja só que apelido mais carinhoso.

Segundo ele, o apelido vem da infância, quando foi para uma escolinha de futebol, tinha 4 ou cinco anos, levado pela vó.

– Qual seu nome? Perguntou o “professor” da escolinha.

– Mateus.

– Mateus de quê?

– Da Vó.

Respondeu ele referindo-se à vó que o levara para a escolinha.

E assim ficou.

Lá pelos lados do interior é muito comum esse tipo de associação.

O menino é sempre filho de alguém. Não é o sobrenome que conta.

Nos meus tempos de menino, eu e meus irmãos tínhamos como sobrenome o nome de papai, Paulo.

– Quê Márcio, perguntavam sobre o meu irmão.

A resposta vinha rápido:

– O Márcio do sô Paulo.

– Que Mário?

– O Mário do sô Paulo.

No nosso caso, inclusive, a citação do nome de papai era muito mais do que uma identificação: era uma qualificação, uma recomendação.

Filho do sô Paulo Marinho era muito respeitado, mesmo que estivesse fazendo alguma arte.

Essa questão da identificação pelo nome do pai ou da mãe ou da vó, me lembra a Maria que trabalhou na casa da Vera, lá em BH, no tempo que a minha caríssima metade era apenas a namorada.

– Que Maria?

– A Maria do João da Du.

Traduzindo: a Maria que era filha do João que, por sua vez, era filho da Du. Simples assim.

Mas, voltando ao futebol.

Que beleza de jogo fizeram Flamengo e São Paulo.

Futebol para quem gosta de futebol.

E com direito a virada em cima do Mengão, em pleno Maracanã!

O Flamengo marcou primeiro, logo no comecinho do jogo, e levou todo mundo a acreditar que viria aí uma chuva de gols. Gols do Mengo, claro.

Mas, aí, o Tricolor jogando o futebol que é o sonho de qualquer torcedor, não se intimidou e partiu pra cima do poderoso Fla que encantou o ganhou tudo no ano passado.

Virou e venceu bonito: 4 a 1.

Ontem, jogando em casa, o Verdão que andava tão por baixo, deu um baile no Atlético, que andava tão por cima.

Parece incrível que esse é o mesmo time que, dirigido por Vanderlei, andava em campo, errava passes de alguns centímetros de distância, perdia gol e levava gols incríveis.

O que mudou nesses times?

Já pensei, já pesquisei, conversei com pessoas que entendem mais de futebol que eu e não há uma explicação plausível.

São coisas do futebol, penso eu.

De repente, tudo parece dar certo.

É muito difícil, senão impossível, que São Paulo e Palmeiras passem a jogar assim de agora para frente.

Mas, fica a constatação: ambos têm futebol para isso.

Ou seja: nem tudo está perdido.

Gols

Da rodada

 

Ah!, a

Saudade…

Recebi do amigo Americo Carandriello Jr, o Ameriquinho, o vídeo abaixo. A música é linda, maravilhosa. Mas traz tanta saudade do Paulo Marinho…

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
 NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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