Um direito que é um dever. Por Maria Helena RR de Sousa

Um direito que é um dever

 por Maria Helena RR de Sousa

As eleições estão aí. Muito perto. Votar é a oportunidade que temos de aprimorar nosso país. É uma tremenda de uma responsabilidade. É nosso dever escolher bem, nos informar sobre cada candidato, procurar conhecer o programa de governo que oferece, qual a base de seu pensamento político, o que promete para o Brasil

Óstraco em exibição no Museu da Ágora Antiga, Atenas (Óstraco/Reprodução)
 Artigo publicado originalmente no Blog de Ricardo Noblat,
 na Veja online, 8 de junho de 2018

Votar foi uma expressão cidadã que surgiu na Grécia clássica. Em 508 AC, os gregos criaram a ‘eleição negativa’. Era o seguinte: os atenienses pegavam óstracos, ou seja, fragmentos de cerâmica, nos quais escreviam o nome do político que queriam banir por dez (10) anos. O pobre do sujeito que recebesse 6.000 (seis mil) óstracos tinha que partir para o exílio. Não atingindo os óstracos necessários, paciência, o sujeito continuava em sua cidade, mas já sabendo quantas pessoas queriam vê-lo pelas costas. Claro que essa é a origem de ostracismo.

Confesso que às vezes me surpreendo a invejar os gregos… Não sendo possível, parto para o passo mais importante diante de uma eleição como a que vem por aí: votar é escolher. Escolhemos entre os muitos candidatos de inúmeros partidos, o que mais desperta a nossa confiança, aquele que mais atende nossos anseios para o futuro. O que receber mais votos ganha. Essa é a eleição positiva, que herdamos da Sereníssima, a fantástica República de Veneza.

Mais do que nunca, é bom levar a sério o conselho do grande estadista prussiano Otto Von Birmarck (1815/1898): “Cuidado. As pessoas nunca mentem tanto quanto depois de uma caçada, durante uma guerra ou antes de uma eleição”.

As eleições estão aí. Muito perto. Votar é a oportunidade que temos de aprimorar nosso país. É uma tremenda de uma responsabilidade. É nosso dever escolher bem, nos informar sobre cada candidato, procurar conhecer o programa de governo que oferece, qual a base de seu pensamento político, o que promete para o Brasil. E, mais importante que tudo, qual foi sua trajetória até aqui.

Votar é um direito, uma obrigação e, repito, uma tremenda de uma responsabilidade. Mas, maior que a responsabilidade do eleitor, é a dos partidos que lançam os nomes que receberão nossos votos. Fico revoltada diante da aparente pouca importância que os partidos políticos dão ao futuro de Brasil. A lista de candidatos ao cargo máximo da Nação, neste ano de 2018, é um tanto quanto assustadora.

Mais do que nunca, é bom levar a sério o conselho do grande estadista prussiano Otto Von Birmarck (1815/1898): “Cuidado. As pessoas nunca mentem tanto quanto depois de uma caçada, durante uma guerra ou antes de uma eleição”.

Alguém duvida da opinião de Bismarck?

_______________________________________________________
Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa*Professora e tradutora. Vive no Rio de Janeiro. Escreve semanalmente para o Blog do Noblat desde agosto de 2005. Colabora para diversos sites e blogs com seus artigos sobre todos os temas e conhecimentos de Arte, Cultura e História. Ainda por cima é filha do grande Adoniran Barbosa

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Assine a nossa newsletter