Daniel Alves

Na lateral, o senhor Daniel Alves. Blog do Mário Marinho

Daniel Alves

A Seleção Brasileira entra em campo amanhã, no Mineirão, para enfrentar o Paraguai.

Esse já foi um jogo eletrizante, não tanto quanto um Brasil x Argentina ou Brasil x Uruguai.

Mas, sempre houve uma forte rivalidade alimentada principalmente pelos paraguaios, sempre dispostos a se lembrar dos horrores da Guerra do Paraguai.

O jogo de amanhã significa pouco para o já classificado Brasil. Em jogo, mesmo, a vontade de ganhar, de permanecer invicto, de mostrar ao povo, pelo menos uma vez, um futebol que nos encha de alegria.

Mas para um jogador esse jogo tem especial sabor.

Daniel Alves.

Ele está de volta à posição que ocupou pela primeira vez em 2006 e repetiu, ao todo, por mais 120 vezes.

Amanhã, aos 38 anos de idade, vai fazer seu jogo de número 122 e quer provar que está em condições de participar da Copa do Qatar, no final do ano.

Daniel vai ter que melhorar bem sua performance da última quinta-feira, contra o Equador. Ele não foi bem. Não chegou a comprometer, a cometer falha gritante, mas não foi o jogador brilhante dos últimos 20 anos.

Nestes 20 anos, Daniel Alves conquistou 42 títulos como profissional, sem contar o Mundial sub 20 conquistado com o Brasil em 2003. Para se ter uma ideia, ele tem mais títulos que Pelé e Messi que já levantaram 37 canecos cada um.

Os dois últimos títulos foram a Medalha de Ouro, em Tóquio, e o Paulistão do ano passado, no São Paulo.

No jogo de quinta-feira, Daniel fez apenas um lançamento de longa distância, virando o jogo de sua lateral direita para a ponta-esquerda da Seleção.

Aliás, essa era uma característica de outro grande lateral, o melhor que vi jogar: Carlos Alberto Torres. Tanto no Santos quanto na Seleção, onde brilhou, esse lançamento para inverter a jogada Carlos Alberto fazia com frequência e irritante facilidade.

Aos 38 anos, Daniel já não tem a mesma velocidade para correr atrás de pontas.

Aí, vale a grande lição de Nilton Santos que, ao final da carreira, passou a jogar como quarto zagueiro no Botafogo, única camisa que vestiu, além da Seleção Brasileira.

Certa vez, numa entrevista, perguntaram a ele se a troca foi devido à falta de força para correr atrás de pontas velozes.

Ele respondeu:

– Nada disso, eu nunca fui de correr atrás de pontas. Eu ia pelo atalho e sempre chegava primeiro.

Nilton Santos defendeu a Seleção Brasileira de 1948 a 1962. Foi bicampeão do Mundo: 1958 e 1962.

Não foi à toa que recebeu o título de “Enciclopédia”. Sabia tudo de sua posição.

Morreu em 2013, aos 88 anos de idade.

Outro lateral que fez história foi Dejalma Santos seu nome de registro e batismo, porém, mais conhecido como Djalma Santos.

Djalma foi revelado pela Portuguesa de Desporto, em 1948 e encerrou sua carreira no Athletico Paranaense em 1972.

Morreu em 2103, aos 84 anos, em Uberaba, onde ainda costumava bater uma bolinha com os amigos no fim de semana.

Sorte e saúde ao jovem Daniel Alves. Que o tratamento de senhor lhe seja reservado apenas por seu futebol.

Que seja um senhor lateral!

Força

Thiago

Há poucos meses, Thiago Leifert surpreendeu seus fãs, admiradores, companheiros de profissão ao anunciar que estava deixando a Globo para tocar um projeto pessoal.

As especulações foram muitas.

Afinal o apresentador que apareceu há poucos anos fazendo revolução no Globo Esporte de São Paulo estava no ápice de sua carreira.

Passou a apresentar o BBB, programas de auditório e corria pelos meandros internos da Globo que ele seria o substituto do Faustão.

Alguns mais maldosos viram aí a prova da falência da Globo que não tinha grana para segurar o competente e promissor apresentador.

Nessa semana veio a público a história. A filhinha dele e da também jornalista Daiana Garbin, a Lua de um ano e três meses, é portadora de um tipo raríssimo de câncer a retinoblastoma.

A anomalia foi constatada, em primeiro lugar, pelo próprio Thiago que, ao pegar a filha no colo, notou que ela não olhava direto para os seus olhos.

– Ela olhava de maneira enviesada, não olhava direto. Mudei a posição dela, mas ela continuou me olhando de lado.

Preocupados, os pais levaram a pequena, de apenas um ano na época, ao oftalmologista.

Após muitos exames, foi constatado um câncer muito raro.

Uma oncologista, ouvida pelo Fantástico em reportagem exibida ontem, disse que tem conhecimento de apenas 300 casos no Brasil.

Mas a grande vantagem do caso atual é que ele foi descoberto bem no início.

– Isso está fazendo toda a diferença, disse a confiante Daiana.

Segundo outro oncologista, esse tipo de doença, se descoberto no começo, tem chance de cura de 95%.

É o que todos desejamos à pequena e sorridente Lua.

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
 NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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