Mundial

Nunca o mundial esteve tão próximo. Blog do Mário Marinho

– “O Palmeiras do Abel não chega a ser uma Academia. Mas ele montou um time competente e confiável pronto pra fazer bonito nessa final de Mundial”.  (Valéria Wally)Mundial

A jornalista Valeria Wally, minha bela companheira dos bons tempos do inesquecível Jornal da Tarde, é palmeirense apaixonada, mas tem visão bastante realista do atual Palmeiras. Veja o que ela me escreveu há poucos dias:

– O Palmeiras do Abel não chega a ser uma Academia. Mas ele montou um time competente e confiável pronto pra fazer bonito nessa final de Mundial.

Perfeito, Valéria!

O Palmeiras de Abel Ferreira não é o Palmeiras de Filpo Nuñez, aquele que vestiu a camisa da Seleção Brasileira, na inauguração do Mineirão, em 1965, e que tinha Dudu, Ademir da Guia, Julinho, Servílio, Tupãzinho, Ademar Pantera…

Não é o Palmeiras de Vanderlei Luxemburgo, de 1993, que no dia 12 de junho, Dia dos Namorados, aplicou impiedosa e sonora goleada no Corinthians, 4 a 0 (3 a 0 no jogo normal e 1 a 0 na prorrogação), no Morumbi lotado, quebrando o jejum de 17 anos sem título de Campeão Paulista.

O Palmeiras de Luxemburgo tinha Roberto Carlos, César Sampaio, Zinho, Edmundo, Evair…

Não é também o Palmeiras de 1999, dirigido por Luiz Felipe Scolari, campeão da libertadores, mas, quis o destino, perdeu o mundial para o Manchester United numa jamais pensada falha do grande Marcos, o goleiro que virou santo: São Marcos.

E o time de Felipão tinha, além do Marcão no gol, Arce, Roque Júnior, Zinho, o craque Alex, Paulo Nunes…

Não, o time de Abel Ferreira não é nenhum destes, mas está apto a conquistar o que nenhum dos outros conquistaram: o título de Campeão Mundial.

Pra começar, nenhum deles se preparou tão bem.

Terminada a vitoriosa temporada do ano passado, o Verdão deu férias para suas feras.

Descansem! Foi a ordem dada.

O time teve tempo para sua pré-temporada e, inteligentemente, Abel Ferreira usou os primeiros jogos do Paulistão como treino sério e bem puxado para o Mundial.

O primeiro adversário foi o Al Ahly que trazia um currículo recheado: 10 títulos da Liga dos Campeões da África, 42 títulos egípcios e 37 da Copa do Egito. Adicione outras conquistas menores, e o Al Ahly tem, ao todo, 143 troféus. É tanta taça que o clube já iniciou um projeto para aumentar sua sala de troféus, porque não há mais espaço.

Tem mais: é um time milionário com orçamento de 2022 previsto em quase 900 milhões de reais.

Mas o Palmeiras também tem 10 títulos nacionais, tantos outros títulos conquistados e representa o futebol brasileiro, cinco vezes campeão do Mundo.

Merece respeito.

Tanto assim, que passou pelo campeão egípcio, não digo com facilidade, mas com tranquilidade.

Agora, tem pela frente o Chelsea.

E o time inglês traz o respeitável título de campeão da Champions League, a mais charmosa disputa interclubes de futebol.

Mas, quem viu o Chelsea jogar na vitória sobre o Al Hilal, 1 a 0, ontem, quarta-feira, viu um time dedicado esforçado, porém sem brilho.

Em termos de qualidade técnica, comparando os dois times, eu diria que o Palmeiras tem 52% contra 48% do Chelsea de ser campeão.

Mas  ainda há um ponto a favor do Verdão.

O Chelsea está em plena disputa do campeonato inglês e da Copa da Inglaterra, competição pela qual jogou no sábado passado e venceu o Plymouth Ardyle por 2 a 1.

Jogo difícil, portanto.

Detalhe: o Plymouth Ardyle é da terceira divisão inglesa.

Portanto, jogo difícil e desgastante às vésperas da estreia no Mundial, enquanto o Palmeiras descansou o suficiente.

Eu diria – e digo – que, guardadas as condições de normais de temperatura e pressão, o Verdão entra em campo neste sábado com 54% de chances, ante 46% do inglês Chelsea.

Essa é uma análise fria, distante, e que, espero, não esteja sendo feita pelos jogadores palmeirenses.

Eles têm que entrar em campo pensando exatamente o contrário. Ou até trabalhando com um cenário mais pessimista, dando ao inglês uma vantagem de 60 a 40.

Portanto, Verdão, é lutar e correr para a taça.

Para o tão sonhado título mundial!

                           Aí estão Ameriquinho e sua turma em Dubai, prontos para a grande festa.

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
 NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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