Boa, Diniz!

Boa, Diniz! Blog Mário Marinho

Boa, Diniz!

Aliás, boa não, mas, ótima a estreia de Fernando Diniz no comando da Seleção Brasileira.

Mas, peraí, não solte fogos nem mande dobrar os sinos porque a Bolívia é freguês de caderneta do Brasil.

Veja os resultados dos últimos 10 encontros:

  • Bolívia 0-4 Brasil – 29 de março de 2022 – Eliminatórias para a Copa de 2022
  • Brasil 5-0 Bolívia – 9 de outubro de 2020 – Eliminatórias para a Copa de 2022
  • Brasil 3-0 Bolívia – 14 de junho de 2019 – Copa América
  • Bolívia 0-0 Brasil – 5 de outubro de 2017 – Eliminatórias para a Copa de 2018
  • Brasil 5-0 Bolívia – 6 de outubro de 2016 – Eliminatórias para a Copa de 2018
  • Bolívia 0-4 Brasil – 6 de abril de 2013 – Amistoso
  • Bolívia 2-1 Brasil – 11 de outubro de 2009 – Eliminatórias para a Copa de 2010
  • Brasil 0-0 Bolívia – 10 de setembro de 2008 – Eliminatórias para a Copa de 2010
  • Bolívia 1-1 Brasil – 9 de outubro de 2005 – Eliminatórias para a Copa de 2006
  • Brasil 3-1 Bolívia – 5 de setembro de 2005 – Eliminatórias para a Copa de 2006

Então, vamos considerar essas informações e extrair o que ficou de positivo.

Não se pode cobrar de Fernando Diniz um time que sempre saia jogando, que troque passes durante todo o jogo e, o principal, que vença seus adversários.

A Bolívia, muito ciente de sua histórica fraqueza, veio com o objetivo de não tomar gols. Talvez, se possível, um golzinho, uma vitória magra, mas o bastante para tornar heróis todos os jogadores.

Assim, concentrou seus jogadores na defesa. Em determinados momentos até o centroavante e artilheiro Moreno foi visto dentro de sua própria área ajudando a defender.

Do outro lado, a Seleção Brasileira queria mais do que o simples dever de vencer tão frágil adversário.

E foi assim que os brasileiros entraram em campo. Cada passe, cada drible, cada lançamento e, claro, gols, estavam na nossa programação.

Do lado de fora, o nervoso Fernando Diniz gesticulava, apontava, gritava como um novato no ofício.

Cheio de gana como um novato, Neymar participava intensamente do jogo e, por vezes, indicando um melhor posicionamento para algum companheiro.

Mas Neymar também queria mais.

Logo no começo do jogo um pênalti favorável ao Brasil.

Como sempre acontece, Neymar colocou a bola na marca da cal e se posicionou para a cobrança.

Autorizado, correu para a bola, deu uma paradinha e, enfim, bateu. E bateu ridiculamente, praticamente atrasando a bola para o bom goleiro boliviano.

Ninguém se abateu com o jogo e continuou o domínio brasileiro.

Aos 15 minutos, o ótimo Rodrygo, um dos destaques do jogo, marcou concluindo uma ótima jogada do ataque.

Com pouco mais de um minuto do segundo tempo, Raphinha, outro destaque do jogo, faz 2 a 0.

Estava faltando algo.

O gol de Neymar.

E ele veio.

Faltava apenas um gol, um golzinho, para Neymar ultrapassar Pelé como maior artilheiro da Seleção Brasileira.

E o gol veio, mas não apenas um, pois Neymar marcou duas vezes.

Segundo os critérios da Fifa, Pelé marcou 77 gols com a camisa da Seleção. Mas, é preciso atenção: a Fifa conta apenas os jogos entre seleções.

No total, segundo esse critério adotado pela CBF, Pelé tem 95 gols. Bem mais que os 78 gols marcados por Neymar.

Mas o que interessa é o jogo.

Rodrygo com mais um gol, Raphina com outro e Neymar fecharam a goleada: 5 a 1.

O gol da Bolívia foi marcado por Abrego.

Em ambos os gols, Neymar comemorou socando o ar, como fazia Pelé. Bela homenagem ao Rei.

Não havia melhor resultado para o começo de um trabalho, visando a Copa do Mundo de 2026.

Se Fernando Diniz conseguir, em jogos mais difíceis, o mesmo entusiasmo, a mesma solidariedade e a mesma criatividade demonstrada pelos jogadores da seleção, ontem, estaremos bem.

E muito bem!

Na próxima terça-feira tem mais Seleção Brasileira. O adversário dessa rodada dupla das eliminatórias será o Peru, em Lima.

Um teste mais difícil.

Veja os melhores momento da vitória da Seleção:

https://youtu.be/8hTJfjpviCI?si=C1NYKwjlnuOORht0

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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