Trote

Por BENJAMIM CAFALLI

Trote
Por BENJAMIM CAFALLI

 O trote das cavalgaduras

A violência aconteceu em abril, mas só agora veio ao conhecimento geral (é sem hífen, capisce turma que adora o adorno) com a publicação dos vídeos em que estudantes de Medicina de várias faculdades aparecem exibindo as partes pudendas (ui…) durante a disputa de um jogo de vôlei entre dois times femininos na Copa Calo, jogos dos quais participam calouros.

Os estudantes envolvidos na baixaria são da Universidade de Santo Amaro – expulsou os  que conseguiu identificar – e da São Camilo, que ainda não tomou providências.

Duas questões precisam ser discutidas. Por que só agora a indignação? Nos vídeos é possível ver que as arquibancadas do ginásio estavam lotadas. Todo mundo achou normal o que estava acontecendo? Ninguém estranhou? Ninguém se manifestou contra o absurdo que estava vendo?

A segunda questão é por que não há reação em massa dos calouros? É aí que a coisa enrosca, a maioria aceita o trote. Agora, alguns dão entrevistas se queixando, contando as situações vexaminosas por que passam, mas são poucos os que discordam.

No ano em que este mirandeiro entrou para a FEI – Faculdade de Engenharia Industrial – houve um trote violento. À época era disputada a Mapofei, jogos entre a Escola de Engenharia Mauá, a Politécnica (USP) e a FEI. Para espanto geral (sem hífen!), a Poli venceu a disputa em 1967, o que foi considerado um absurdo pelos veteranos feianos. Afinal, na Poli só entravam os “cdfs”, não poderiam ganhar nada nos esportes. Os calouros daquele ano sofreram trotes violentos como castigo pela derrota. Calouro em um ano… veterano no seguinte, o da minha entrada na escola.

 Os trotes, no início, foram os de sempre, cortar os cabelos de forma que seria obrigatória a carequice, pinturas no corpo com tinta lavável, uso de babadores com os nomes das “vítimas”. Mas, de repente, a coisa pesou. Este calouro não aceitou um dos trotes, o tal do “bundograma”, o aluno tinha seu traseiro pintado – com tinta, maliciosos… – e, em seguida, carimbava uma lousa com ele. Resultado da recusa: tive a cabeça e parte do tórax pintadas com tinta óleo. Para removê-la, aguarrás, o que redundou em queimaduras na pele.

Quem nos fez perceber que era possível reagir foi um calouro coreano, pequeninho, pouco mais de 1,55 m. Um dia, foi encurralado por um bando de veteranos. Encostou-se em uma parede, o primeiro que tentou dar-lhe um tapa na cabeça levou um golpe e caiu no chão, gemendo; o segundo também. Os outros ficaram xingando, mas nenhum deles chegou perto do colega. Era faixa preta de taekwondo…

Passamos, então,  a andar em grupo e a não aceitar o que não fosse realmente brincadeira e a situação se acalmou. No último dia do trote foi realizada uma passeata nas ruas de São Bernardo do Campo (SP), onde está a FEI até hoje. Os veteranos foram avisados,”quem for, vai levar trote”. Nenhum foi.

Em 1969 os veteranos éramos nós. Só levou trote quem quis. E limitou-se ao corte de cabelo.

 A verdade verdadeira é que, se houver reação generalizada, o trote acaba, fato que já aconteceu em muitas faculdades. Em algumas foi até transformado em ações sociais.

 Aqui se fala muito e se faz pouco

 A partir da delação no tenente-coronel Mauro Cid na qual afirmou que Bozo reuniu-se com militares para discutir a minuta em que se propunha um golpe de Estado e que teve a concordância do comandante da Marinha, almirante Almir Garnier Santos, aconteceram várias entrevistas do atual comandante do Exército Tomás Paiva. Nelas, garante que o Alto-Comando rechaçou de pronto a ideia, que não se deve enaltecer o Exército, pois não fez nada mais que sua obrigação.

Tá bom, mas por que permitiu os ilegais acampamentos – e os sustentou – diante de seus quartéis? Por que assistiu mansamente à chegada de centenas de ônibus levando golpistas ao DF? A “inteligência” militar não sabia que se tratava de golpistas?

Nos EUA, durante o governo de Trump/Tramp, país em que militares não se metem em assuntos de governo e não têm língua solta, quando sentiram o perigo que ameaçava a Democracia, manifestaram-se publicamente, deixando claro o fato de serem fiéis à Constituição. E acusaram o Coisão de abuso do Poder, deixando claro que não apoiariam suas loucuras.

Por que os daqui ficaram na moita? Falar agora de nada adianta, se tivessem feito o que deveriam o dia 8 de janeiro teria sido só mais um dia de janeiro.

 A imbecilidade não acabou com o fim do desgoverno Bozo

A assessora especial da ministra Anielle Franco (Igualdade Racial), Marcelle Decothé, mostrou digna de ocupar um cargo no governo anterior. Ela e a ministra estiveram no Morumbi para ver o jogo entre São Paulo e Flamengo e também lançar uma ação contra o racismo.

O problema é que mostrou-se totalmente inadequada para o cargo, é mal-educada, racista e preconceituosa, uma assesssora ideal para Damares Alves, ex ministra do Bozo.

Ornejou em postagem em rede antissocial  referindo-se aos são-paulinos que compõem   “torcida branca, que não canta, descendente de europeu safade…”. Para completar o desastre,  “pior tudo de pauliste.”.

Flamenguista, atacou a diretoria do próprio clube: “independente da diretoria fascista, dos pau no koo que acha que merece vestir a camisa desse clube, pra sempre Flamengo.”.

Se a ministra tiver um pingo de bom senso, Decothé, a esta altura foi decotada, trata-se de uma ex-assessora.

Trata-se da decisão correta

Uma coisa é permitir que o convocado a comparecer para depor a uma CPMI mantenha la bocca chiusa, outra é permitir que gazeteie. Não é a mesma coisa que fazem os 20% do Bozo no STF.

O ministro Cristiano Zanin, amigão de Lula, agiu comme il faut em relação ao pedido do lamentável general nada augusto e muito menos heleno fez ao STF para que pudesse não comparecer à CPMI dos Atos Golpistas à qual foi convocado a depor. Zanin negou o pedido mas autorizou que o assecla do Bozo fique em silêncio. Melhor assim, ninguém ouvirá mentiras.

 Quanto mais mexe, pior fica

Todas as vezes em que moradores das favelas em Guarujá – onde ocorreu a Operação Escudo da PM do governador bozista de São Paulo, Tarcísio de Freitas,  para vingar o assasinato de um policial militar – são entrevistados,  há relatos de episódios de fuzilamentos, torturas, de violência contra inocentes.

 Questionada, a Secretaria de Segurança Pública do bozista Guilherme Derrite respondeu que “A pasta ressalta que os laudos oficiais das mortes, elaborados pelo IML, foram executados com rigor técnico, isenção e nos termos da Lei. Em nenhum deles foi indicado sinais de tortura ou qualquer incompatibilidade com os episódios relatados”.

Esqueceu-se ele de acrescentar uma expressão depois de isenção, DA VERDADE.

 Que gente mais chata

Parece com os “cristãos” que desejam impor suas crenças e fé de mais a todos.

O Grupo Arco-Íris entrou com uma interpelação judicial contra a Confederação Brasileira de Voleibol porque não há jogador usando o número 24 na camisa.

Já perguntaram pros jogadores se eles querem usar o número? Querem obrigar a usar? Por que não vão caçar sapo com bodoque em vez de entupir a já mais que entupida Justiça com asneiras?

Falta assunto ou é uma baita preguiça?

 É ligar a TV e assistir a um noticiário e pronto, calor, calor, calor. Caramba, pra que insistir tanto ou será que acham que as pessoas não estão percebendo. Pra piorar o quadro, seguem as recomendações, “usar roupas claras, hidratem-se”, coisa fina, hein? Antigamente, quando a gente sentia sede, bebia água…

 E ainda tem uma agravante, quanto mais uma pessoa se queixa de calor – ou de frio – mais sente o desconcorto e os noticiários, insistentes no tema, fazem com que as pessoas não parem de pensar no que estão sentindo.

 Senhores pauteiros, tenham dó, que preguiça! Ou é falta de imaginação?

 Barrabás ao cubo!

 Ouvido no SP1: “Existe uma cartilha aonde…”. Quiéquiéisso??? Onde já é errado o suficiente, cartilha não é local para que o advérbio seja usado, é na qual. O cara-pálida conseguiu piorar o erro com aonde, que indica deslocamento.

 Logo depois “Imagine acordar cedo, chegar num parque…”. Pior que isso é ouvir um coleguinha falar “chegar num” em vez de “chegar a um”…

 E pensar que é a turma que tem influência no que se fala, “Ah, o jornalista da Globo  falou assim, então tá certo.”.

 Para os que têm o canal Film&Arts

 Trata-se de um documentário de nome “Depois do Fim”. É o depoimento de um ex-ferroviário de 90 anos e mostra o crime que foi cometido contra as ferrovias no país.

 Quem deu início à destruição foi o ex-presidente Juscelino Kubitschek, em 1956, prometeu às indústrias automobilísticas do Exterior prejudicar o transporte ferroviário e favorecer o rodoviário para que elas se estabelecem-se no país.

 Quem nunca viajou de trem não sabe o que perdeu.

 Em tempo: o segundo crime que cometeu foi levar a capital federal para longe do povo com a criação de Brasília. Enquanto esteve no Rio de Janeiro era mais fácil a pressão popular sobre a Presidência e o Congresso.

(CACALO KFOURI)

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Copiada do Estadãozinho

 45% da população brasileira sofre de pressão alta, diz pesquisa da OMS

A expectativa da OMS é de(X) que 365 mil vidas sejam poupadas até 2040 se o País ultrapassar a marca de 40% dos casos de hipertensão controlados; hoje, apenas 33% têm a doença sob controle.

(X) Outro que a turma não aprende… é que ou é a de que…

Matéria capenga, não cita o que é considerado pressão nornal nem alta.

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Copiadas do UOL

Condenado por mortes no Educandário voltou a cometer crime após prisão

(…). Com uma sentença originalmente a(X) 38 anos de prisão, ele teve a pena perdoada pela Justiça em 2008

(X) De, cara-pálida. Ou condenado a 38 anos de prisão.

 Questionado pelo TAB, o Tribunal de Justiça de São Paulo afirma que o caso está sem(???) segredo de Justiça e que os magistrados têm independência para decidir seguindo os autos e por livre convencimento.

(???) Sem, escriba, ou em?

Ele tinha homicídio, tentativa de homicídio, foi um caso gravíssimo, que poderiam(!!!) ter maior peso para a concessão”, explica a advogada criminalista e mestre em (direito penal)(?) Jacqueline Valles

(!!!) Que confa, escriba! A concordância não deve ser com “foi um caso gravíssimo”, que poderia?

 (?) Não merece uma cxa?

 Suspeito(???!!!) mata homem, atira em mulher, tenta fugir e é agredido

(???!!!) O que mais precisaria ter acontecido para que o uólico vaselinista descobrisse que o suspeito não é suspeito, que é o criminoso, o assassino?

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Copiadas do Blog do Ancelmo

 legenda
jefe: Ancelmo Gois
miss Caixa/mistake: Ana Cláudia Guimarães (editora)
errador/mister Crase/mister Caixa: Nelson Lima Neto
Por que continuar lendo o blog se tem tanto erro e dá tanto trabalho? É que, apesar da decadência do texto, continua sendo uma boa fonte de informações. E, afinal,  qual seria o sentido de fazer o “Mirando” sem mirar?  Pra mode de agilizar a publicação das barbaridades e gastar menos tempo, foram criados grupos por cara-pálida. Neles estarão somente as frases com os erros. É evidente que muitos dos erros que aparecem nos títulos, mas não nos textos, são cometidos por quem publica as notas. De qualquer forma, a responsabilidade é dos autores, devem fiscalizar o produto final, no Jornalismo não deve e não pode valer o triste “caiu na rede, é peixe”. Sem esquecer de que mistake/miss Caixa é a editora.
 Cantinho del jefe
Cantinho do errador/Mister Crase e Caixa

 1 – Dívida atual está próxima dos R$ 100 milhões. Gestores culpam situação política(XXX)-fiscal do país nos últimos anos, que deterioram a situação financeira da empresa

(XXX) Eta nós, uma vez errador, sempre errador… PolíticO-fiscal, escriba.

2 – Gravado por Zezé Motta, samba ‘O amanhã’(!) é parte da trilha sonora de ‘Falas da vida’

 Na trilha sonora do episódio, o samba “O Amanhã”(!),

(!) Mister Caixa, e aí? Mais uma citação e seria “o amanhã”? Em alta, cara-pálida.

2 – Vereador carioca pede que TCM fiscalize vila olímpica, mas recebe resposta ‘inusitada’

(Rogério Amorim propaganda de empresa privada, relações de empregados de OS com políticos e o abandono de equipamentos)(?)

 (?) E a linha fina recebe escrita normal do errador, errada. Não falta nada, escriba, um “questiona”, por exemplo?

O vereador Rogério Amorim (PTB) recebeu estes(XXX) dias uma resposta, digamos,

 (XXX) Esses, errador, dias passados…

3 – O ex-atleta do Flamengo reclama que, em abril deste ano, seu pai, que tem acesso as(X) suas contas bancárias, recebeu mensagens de golpistas se passando por uma de suas filhas.

(X) Às suas contas, mister Crase.

 O desfalque total foi, veja só, de quase R$ 85 mil. Diego reclama que as financeiras não fizeram nada para reaver o dinheiro roubado e que ambas têm responsabilidade no caso.

Ilustre, processe papai, por que ele não ligou pra conferir se eram mesmo as filhas?

4 – Vale vai oficializar parceria (?) fomentar pesquisas na área de proteção social no Brasil

(?) Ainda bem que não é parceria PARA lamentar sua escrita, hein, errador?

5 – O Corpo de Bombeiros do Rio realizou, neste(XXX) sábado, uma grande operação no Parque Nacional da Serra dos Órgãos,

(XXX) Santa Inhorância… “Hoje” é segunda, errador, nesse, passado. Pare de usar demonstrativos, caramba, desconhece como, só erra, caramba. Use, “no sábado (23)”, viste?

Cantinho da mistake/miss Caixa

 1 – O processo de Difamação corre em São Paulo, mas como Sophia Barclay mora no Rio de Janeiro, a notificação para que ela apresente as explicações será cumprida pela justiça(X) fluminense.

(X) Miss Caixa, é sabido que “porraí”, como dizia seu Peru, as coisas são complicadas na Justiça e nas polícias, mas a caixa-alta ainda vige, viste?

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Trote

1 thought on “Trote das cavalgaduras de Medicina e outras

  1. O Exército não aderiu ao Golpe porque entendeu que o recado do Grande Irmão do Norte tinha sinal invertido quando comparado com 1964; a Marinha, que seria a primeira a enfrentar a frota do Grande Irmão, sabe-se lá como, não entendeu nada.

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