Santos

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 Santos e Bragantino fizeram um bom jogo na noite de ontem, 27, disputando a vaga para a final do Paulistão 2024.

Foi um jogo movimentado, com oportunidades criadas de ambos os lados.

E com momentos excelentes.

Minha régua de medir excelência no futebol está alta.

Depois de assistir a Inglaterra x Brasil e Espanha x Brasil, estou um pouco mais exigente.

Essa minha exigência foi compensada em momentos de rápidas trocas de contra-ataques perigosos e de algumas jogadas individuais de nível.

Mas, volta e meia, aconteceram lances para me fazer lembrar que eu estava assistindo a um jogo do futebol brasileiro.

É incrível a mania que tem o jogador brasileiro de contestar qualquer decisão do juiz.

Um simples lateral marcado a favor do time A, dá plena autorização para os representantes do time B cercarem o juiz como se ele fosse voltar atrás em sua decisão.

Dois jogadores se esbarram. Aquele que cai já levanta de peito inchado, queixo arrebitado e parte pra cima do inimigo. E parte como se tivesse sido vítima de um crime de honra.

Quando será que os técnicos brasileiros começarão a convencer a seus jogadores que eles estão ali para jogar e não para brigar?

Quando será que o jogador ao cair, numa trombada do jogo, vai parar de se levantar e partir para cima do adversário que pareceu xingar a sua mãe, crime intolerável que era o bastante para começar uma briga nos tempos de colégio, até a quinta série?

Naqueles tempos longínquos e de muita saudade, bastava alguém dizer que o desafeto xingou a sua mãe para que a briga começasse.

Mas nossos jogadores de futebol estão um pouquinho grandinhos. Já na hora de terem um pouquinho de juízo.

Voltemos ao jogo.

O time do Bragantino é um time ousado, que parte para cima. Essa é a filosofia de seu técnico, o português Caixinha.

E foi o que se viu ontem na NeoQuímica Arena lotada com mais de 45 mil torcedores.

Por seu lado o Santos aceitou o desafio e também partiu para cima do adversário.

A vitória santista foi absolutamente merecida. Talvez o placar tenha sido um pouco elástico. Um 3 a 2 ficaria melhor.

Os dois ex-corintianos do Santos, Gil e Giuliano, foram muito bem. Talvez saudosos de seus tempos na Arena, trataram de jogar futebol.

Gil, como nos tempos corintianos, defendeu com o vigor de sempre e foi perigoso nas bolas altas na área do adversário.

Giuliano foi o mesmo jogador combatente, lutador dos tempos do Corinthians e mostrou técnica em alguns lances como poucas vezes se viu na época do Timão. Inclusive, quase fazendo um gol de fora da área, ao concluir de primeira bola socada pelo goleiro. Só não entrou porque encontrou no meio do caminho a canela salvadora de um defensor do Massa Bruta.

Enfim, tirando alguns lances feios já registrados aqui, no todo o saldo foi positivo.

E é a última chance que o Santos tem de conquistar um título de Primeira Divisão neste santo ano de 2024.

Veja os melhores momentos:

https://youtu.be/O5mbRoIVSUY?si=uOASQmiqhts6a3RW

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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