Diáspora judaica

Da diáspora ao Estado do Israel. Por Meraldo Zisman

DA DIÁSPORA AO ESTADO DE ISRAEL:
“A Trajetória Extraordinária do Povo Judeu”

 

 DIÁSPORA JUDAICA O povo judeu, marcado por uma história de perseverança diante das dificuldades, deixou à humanidade um legado de mudanças psicossociais, políticas e econômicas relevantes. A história do povo judeu é um épico de resistência inabalável, amarrado com fios de sofrimento e triunfo. Desde o exílio na Babilônia até a dispersão forçada em diásporas posteriores, culminando no horror do Holocausto, sua trajetória foi marcada por dificuldades inimagináveis.

Apesar da escuridão, a chama da esperança nunca se extinguiu. Os judeus rejeitaram a imposição da dor, encontrando força incontestável na fé, na comunidade e na cultura. Essa tenacidade inquestionável produziu um legado de transformações psicossociais profundas. A experiência coletiva do sofrimento forjou uma identidade judaica singular, tecendo laços comunitários inquebráveis e transmitindo uma ética férrea de solidariedade e preservação cultural. A necessidade constante de se adaptar a diferentes contextos culturais e geográficos despertou a criatividade e a inovação, impulsionando grandes progressos em áreas como ciência, arte, literatura e filosofia.

A narrativa judaica representa um hino à luta incessante pela autodeterminação e à sobrevivência diante da hostilidade. O estabelecimento do Estado de Israel em 1948 representa um farol de esperança, um lar seguro para um povo perseguido, reafirmando sua soberania inalienável no cenário global. A busca incessante por segurança e reconhecimento, no entanto, produziu tensões e conflitos persistentes na região do Oriente Médio, um capítulo complexo que requer diálogo e diplomacia para alcançar uma paz duradoura.

A diáspora judaica se espalhou pelo mundo, plantando comunidades prósperas e criando redes de comércio internacionais fortes. O espírito empreendedor e a valorização inabalável da educação se tornaram os pilares do sucesso econômico judaico ao longo da história, impulsionando o crescimento e a inovação em diversas partes do mundo. Em suma, o povo judeu deixou ao mundo uma herança inestimável que ultrapassa sua própria história. Sua capacidade de superar as dificuldades, sua busca constante por justiça e sua contribuição inestimável para o progresso humano continuam a inspirar e influenciar as gerações futuras. A jornada judaica é um farol que indica o caminho para um mundo mais justo, equitativo e compassivo, onde a perseverança, a solidariedade e a determinação se destacam. As revoltas nas universidades norte-americanas dirigidas aos judeus, disfarçadas ou não, em relação ao estado de Israel, não passam de uma forma de ocultar o antijudaísmo oculto que se manifesta por diversos motivos. Sartre (1905–1980), ao refletir sobre o antissemitismo, dizia no seu livro: “O antissemitismo não é apenas uma forma de odiar, mas também proporciona prazeres positivos: tratando o judeu como um ser inferior e pernicioso, afirmo, ao mesmo tempo, que sou membro de uma elite”: [Reflexões Sobre a Questão Judaica].

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Meraldo Zisman – Médico, psicoterapeuta. É um dos primeiros neonatologistas brasileiros. Consultante Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha). Vive no Recife (PE). Imortal, pela Academia Recifense de Letras, da Cadeira de número 20, cujo patrono é o escritor Alvaro Ferraz.
Acaba de relançar “Nordeste Pigmeu”. Pela Amazon: paradoxum.org/nordestepigmeu

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