expulsão

A expulsão relâmpago. Blog Mário Marinho

expulsão

Um gol logo de cara, antes dos 3-4 minutos de jogo ou a expulsão de um zagueiro adversário também em torno dos 3-4 minutos são eventos que não fazem parte do planejamento de um jogo de futebol.

E costumam derrubar qualquer planejamento.

O São Paulo foi beneficiado com a expulsão de um zagueiro do Vitória, aos 3 minutos de jogo, ontem à tarde no Barradão.

E soube tirar proveito do benefício e venceu por 3 a 1.

Estou usando o substantivo beneficiado e não o também substantivo privilegiado porque são coisas diferentes. O benefício nos conduz a um direito. Já privilégio nos leva a um tratamento diferenciado.

O atacante Calleri recebeu uma cotovelada no rosto. Não interessa se foi com um minuto ou uma hora de jogo.

É o mesmo caso de um jogador que recebe um cartão e vai atrás do juiz dizendo que foi a primeira falta. Ora, o cartão deve ser aplicado não necessariamente pelo número de faltas (embora pode, sim, ser), mas, pela especificidade dela: pela violência, pela imprudência, por impedir uma situação clara de gol.

Se um time vai enfrentar um adversário de nível superior, é claro que vai tratar de se defender e, quem sabe lá na frente? Fazer um golzinho?

Mas, se leva um gol logo de cara, vai-se por água abaixo o seu planejamento.

Ter um jogador expulso nos primeiros minutos também derruba qualquer planejamento com viés defensivo.

Com um jogador a mais, o São Paulo soube tirar proveito da vantagem.

Manteve Luciano, um atacante sempre perigoso o tempo todo lá na frente, e ele fez o dever de casa: marcou dois dos três gols da vitória Tricolor.

Se a diferença técnica entre os dois times já é marcante (o São Paulo é o 8º colocado, o Vitória o 18º), a vantagem numérica torna-se mais visível.

Daí, não é possível uma análise técnica mais apropriada do desempenho tricolor ou se o trabalho do novo técnico já está surtindo efeito.

O certo é que o São Paulo soube tirar proveito.

Um 0 a 0

muito movimentado

É absolutamente normal considerar-se o 0 a 0 como o consequência de um jogo ruim.

Mas o futebol é assim mesmo.

Embora o gol seja o seu momento sublime, mesmo que ele não seja concretizado, o espetáculo pode não ser prejudicado.

Refiro-me ao empate, 0 a 0, de Corinthians e Fortaleza, neste sábado.

Os dois times criaram inúmeras chances de gols.

Notadamente o Corinthians que esbarrou na competência do goleiro João Ricardo que, aliás, foi durante algum tempo titular do América MG, o meu América.

Do outro lado, o grandalhão Carlos Miguel, muito ágil mesmo com seus 2,04 metros de altura, também fez defesas importantes e impediu que o Fortaleza, muito bem dirigido pelo argentino Juan Pablo Vojvoda Rizzo há três anos, marcasse o seu gol.

Claro que os 42 mil corintianos que foram à Arena queriam ver seu time vitorioso e até fizeram a sua parte, mas ficaram na vontade e na certeza de que o time está caminhando por caminhos certos e não tortuosos.

Vai-se um goleador

e aparece outro goleador

O garoto Endrick foi substituído no segundo tempo da vitória palmeirense sobre o lanterna Cuiabá e não gostou. Fez cara feia e ficou emburrado no banco.

Em mais três meses, o garoto completa 18 anos e bate asas para seu novo destino, o midiático e estrelado Real Madri.

Nenhum jogador gosta de ser substituído. Ainda mais nessa situação, já quase saindo, Endrick quer fazer mais gols, consolidar ainda mais, como se preciso fosse, a sua marca.

Mas o técnico Abel Ferreira precisa pensar no futuro, no seu futuro, no futuro do Palmeiras.

A saída de um craque é sempre lamentada por sua torcida, ainda mais de um jovem e promissor como Endrick.

Mas o Palmeiras – e Abel Ferreira – não deve ficar preocupado porque já tem pronto para entrar no time outro jovem, o Estêvão, 17 anos, que, em sua passagem pelo Cruzeiro, recebeu o apelido de Messinho.

E ele, quando entra em campo, mostra o porquê do apelido: deixou sua marca.

Foi gol de pênalti. Mas pênalti que ele mesmo sofreu e bateu com categoria e personalidade.

Depois do jogo, em entrevista coletiva, Abel Ferreira deixou no ar uma frase enigmática.

Disse ele: “Um está a sair e outro está a chegar. Quem sabe, ainda nos encontraremos, os três, no futuro”.

Encontrar onde?

Ele está pensando na possibilidade de uma contratação futura pelo Real Madri que, neste caso, levaria também Estêvão, reunindo os três?

Ou quem sabe o gajo está a pensar em Seleção Brasileira?

Façam suas apostas…

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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