A chance perdida. Coluna Mário Marinho

A chance perdida

Coluna Mário Marinho

O Palmeiras perdeu nesse domingo a grande chance de massacrar o Corinthians.
Palmeirenses têm o Timão atravessado na garganta não só pela rivalidade histórica, como também pelo título de campeão paulista que lhes foi tirado no começo do ano, em plena Arena Allianz Parque.

Corintianos e palmeirenses não esquecem, mas, não custa nada lembrar.

No primeiro jogo da decisão do Paulistão, em Itaquera, o Palmeiras venceu por 1 a 0. No jogo de volta, na casa palmeirense, o Corinthians devolveu o placar, 1 a 0, e venceu nos pênaltis.

Foi duro, torturante para os palmeirenses verem o figadal inimigo fazer festas, volta olímpica e tudo o mais dentro de sua luxuosa mansão verde.

Claro, vingança completa mesmo, só acontecerá quando tirar o título do inimigo dentro da casa dele.

Mas, o torcedor quer mais é ver o time vencendo os inimigos. E quanto maior o inimigo maior a sede por uma vitória que beire a humilhação.

O Palmeiras poderia ter feito isso ontem se tivesse entrado com seu time completo.

O técnico Luís Felipe Scolari, entretanto, optou por time misto, já que ele prioriza a Copa do Brasil e a Libertadores.

Tudo bem.

Mas uma goleada sobre o fragílimo Corinthians cairia bem para o mundo verde.

Na verdade, foi tão fraco, doente ou enfermo o Alvinegro no jogo deste domingo, que até o mesmo o misto Verde poderia ter aplicado placar mais irrespondível.

Nem precisava daquela bobagem do Deyverson dando piscadela aos batidos corintianos, nem mesmo a expulsão de Felipão. Foram eventos desnecessários.

As fraquezas corintianas estão expostas como entranhas após facadas desatinadas.
Parece, entretanto, que os ferimentos produzidos pelas facadas desatinadas estão muito mais próximos de cura que a insensatez com que o Corinthians é dirigido.

O time é fraco, o que não é novidade para ninguém. Mas a fraqueza neste momento, um descaimento da direção até agora imperceptível.

Com isso, o até outro dia desacreditado Palmeiras está a apenas três pontos dos líderes Internacional e São Paulo.

O que justifica o entusiasmado e-mail que recebi hoje pela manhã do eufórico palmeirense Armando Ferretti: “Tríplice coroa à vista: Brasileirão, Copa do Brasil e Libertadores!”

Briga
Pela liderança

São Paulo e Internacional vão lutando ponto a ponto, centímetro a centímetro pela liderança. Ambos têm 49 pontos ganhos, também empatam em vitórias, empates e derrotas, levando a decisão para o photochart onde dá o Inter com um gol a mais.

No fim de semana, a façanha do Internacional foi mais marcante: venceu seu ferrenho e tradicional inimigo, o Grêmio, 1 a 0.

No sábado, o São Paulo também teve vitória magra, porém diante do Bahia, no Morumbi.

Na próxima rodada, no fim de semana que vem, as coisas podem mudar: o São Paulo tem o Santos pela frente; o Internacional tem a Chapecoense, sério candidato ao rebaixamento.

Veja os gols do Fantástico.

https://youtu.be/lrp3heXjPs4

O papelão
De Serena

Parecia até que o script estava pronto e aprovado.

Serena Willians, mega vencedora, teria pela frente a quase novata japonesa Naomi Osaka na definição do US Open, no sábado. Seria mais uma noite de consagração e Serena assumiria o título de maior vencedora em Grand Slam.

Mas, não foi bem assim.

O técnico de Serena resolveu dar instruções a ela lá da arquibancada. Isso no tênis é proibido. O técnico não pode se manifestar durante a partida.

O juiz, acertadamente, aplicou-lhe advertência.

O jogo poderia ter continuado se Serena se mantivesse como seu nome indica.

Porém, após perder o game, destruiu a raquete e recebeu nova punição.

Daí, partiu para cima do juiz aos berros, tentando-se impor e impor sua fama de vencedora. Aquele negócio de dar carteirada, do famoso “sabe com quem está falando?”

Serena acabou sendo punida novamente – perdeu a cama, a classe, o jogo e o título.

Perdeu tudo e na entrevista coletiva após jogo e vexame, ainda acusou o juiz de sexista: “Ele só me puniu porque sou mulher”.

Menos, Serena, menos.

Em 17º lugar no ranking mundial, Naomi Osaka é uma linda mulatinha japonesa: a mãe é japonesa, o pai é haitiano. Eis o resultado:

Ela é a primeira japonesa a ganhar um Grand Slam.

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FOTO SOFIA MARINHOMário Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
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