Abel Ferreira

O futuro de Abel Ferreira. Blog do Mário Marinho

Abel Ferreira

Em números, a campanha de Abel Ferreira no Palmeiras não é ruim.

Em um ano e meio de clube, ele conquistou duas Liberadores seguidas (feito até então inédito por qualquer outro técnico do Verdão) e uma Copa do Brasil.

Aliás, até mereceu super elogio do Felipão que afirmou, com todas as letras, que “Abel Ferreira é o melhor técnico de toda a história do Palmeiras”.

Porém, como diria aquele personagem da Escolinha do Professor Raimundo, há controvérsias.

Antes do Mundial já havia um certo zumzum contra o português.

Para alguns dirigentes – e influentes dirigentes – o Palmeiras não pode jogar com um só esquema de jogo. É preciso ter variações.

E a decisão e perda do tão sonhado título Mundial no fim de semana veio mostrar que esses influentes dirigentes têm razão.

O Palmeiras jogou o tempo todo na defesa e à espera de que uma bola lançada para Roni, pela esquerda, ou Dudu, pela direita, pudesse resultar em gols.

Isso não aconteceu e o único gol do Verdão surgiu num pênalti marcado após Thiago Silva tocar com a mão na bola dentro da área.

O jogo todo o que se viu foi o Palmeiras na defesa. Dificultou o Chelsea pelo amontoado de jogadores verdes em sua metade do campo.

Se destruiu bem, o mesmo não aconteceu na construção de jogadas.

Terminado o jogo, o técnico Abel Ferreira, inteligentemente, tratou de valorizar a vitória do adversário, não economizando adjetivos para os ingleses.

Claro que Abel Ferreira não poderia por a culpa nos jogadores que cumpriram à risca o esquema tático traçado pelo técnico.

Pelas palavras do técnico, pareceu até que o Palmeiras foi heroico com sua atuação em campo.

Não, não foi.

Pareceu mais um time pequeno diante de um grande.

Por diversas vezes se viu o veloz ponta Roni na lateral direita, auxiliando na defesa. Não foi uma, não foram duas ou três vezes. Foram diversas vezes.

Em momento algum o Verdão foi ousado.

Foi muito mais uma “defesa que ninguém passa” como canta o seu hino, do que uma “linha atacante de raça” como também canta o seu hino para uma “torcida que canta e vibra”.

De todo jeito, é muito pouco provável que alguma coisa aconteça lá pelos lados da rua Palestra Itália até o fim do ano, quando termina o contrato de Abel Ferreira.

A não ser que, no meio do ano, quando se agita o mercado europeu, ele receba um bom convite e resolva se mandar.

Outro técnico com futuro incerto – e bem incerto – é Rogerio Ceni.

Acostumado a falar o que pensa – e, às vezes, sem pensar –, o técnico está sempre criando mal estar entre os jogadores.

Sabe-se que jogador é muito sensível. E principalmente sensível à trairagem. E é como trairagem que eles entendem críticas públicas de dirigentes e, principalmente, de técnicos.

Neste fim de semana, Rogério Ceni deu entrevista coletiva e disse estranhar o comportamento de alguns jogadores.

Eis o que ele disse:

– Outro dia, cheguei a CT e vi um jogador que está lesionado, saindo às 13,30 horas direto para casa. Ou seja: encerrando o expediente. Pensei comigo: ele já deve estar bom. O que é uma boa notícia. Procurei o Departamento Médico e fiquei sabendo que ele não está bom e que continua o tratamento. Estranhei. No meu tempo, quando eu estava machucado, fazia tratamento pela manhã, à tarde e à noite. É assim que a gente se recupera.

No domingo, o São Paulo venceu a Ponte Preta jogando mal e o gol da vitória, marcado por Calleri, saiu já nos acréscimos.

Pode ser mera coincidência.

Quem também venceu, mas jogou mal, foi o Santos: 2 a 1 no Ituano, jogando na Vila.

O resultado, apesar do mau futebol, foi bom pois fez com que o Santos subisse na tabela de classificação (onde estava entre os rebaixados) e, mais, o gol foi de Ricardo Goulart, uma boa e importante contratação, mas que até agora ainda não deslanchou.

Muito, muito fraco o time do Santos.

Veja os principais gols do domingo:

https://youtu.be/qoGNVJMXEdg


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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
 NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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