QUESTÕES

por Benjamim Cafalli      

Questões polêmicas no Enem. E nem aí para os erros

QUESTÕES
por Benjamim Cafalli

  As questões polêmicas no Enem

 A primeira jornada do exame deu o que falar e serve para avaliar não só os estudantes, mas, também, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais, o Inep.

 Três das questões indignaram a bancada do Agro, o pessoal considerou-as com viés esquerdista. Pediram que fossem anuladas. As questões têm mesmo viés ideológico, apesar de terem um fundo de verdade. A fumaceira em Manaus devido às queimadas criminosas são um indicativo. Mas o erro principal está na falta de uma opção que permita negar o conteúdo do texto.

 Por que isso aconteceu? Porque faz muito tempo que a Educação no país não é tratada tendo em vista a preocupação com os educandos. A área é tratada com viés e este depende daquele do governante que assumiu o Poder. Os ministros da (des)Educação do governo anterior, por pouco, não tornaram obrigatório ensinar que a ditadura militar foi o período mais glorioso da História do Brasil. Não se pode esquecer a declaração do ignaro ignóbil às vésperas da realização do exame em seu mandato: “O que eu considero muito também: começam agora a ter a cara do governo as questões da prova do Enem.”.

Agora, passou, em parte,  a ter a cara de outro governo. Só em parte, mais de 80% foram criadas no governo anterior.

 Porém, a joia da coroa foi a questão envolvendo a interpretação do significado de duas músicas de Caetano Veloso, “Alegria, Alegria”, de 1968, auge da ditadura militar, e “Anjos Tronchos”, de 2021. Sua mulher, Paula Lavigne, pediu-lhe que escolhesse a resposta e ele hesitou, em um primeiro momento disse que todas as opções cabiam, depois reduziu para duas e acabou por ficar com a B, a mesma que Paula.

Logo depois, começaram a ser divulgadas as opiniões dos “universitários”, nenhuma concordância. Mas, uma se destaca e lembra do que aconteceu em 1967, quando do lançamento do filme “Blow-Up”, de Michelangelo Antonioni foi lançado no Brasil. O filme termina com um grupo jogando tênis – sem bola – em uma quadra no Central Park (Nova York).

O filme, na cidade de  São Paulo,  foi exibido no Cine Belas Artes, frequentado pela assim chamada elite pensante paulistana. Quase todos fantasiados de franceses,  paletós xadrezes e cachecóis enrolados no pescoço mesmo no calor, muitos usando boinas. Acabada a sessão, o pessoal atravessava a Avenida Consolação e entrava no Riviera, bar em frente ao cinema (existe até hoje, mas sem o mesmo charme”).  Então começava o festival de interpretações do significado do jogo de tênis.

Muito tempo depois, Antonioni dá uma entrevista para a Playboy norte-amrericana e pedem a ele que explique o final. Sem titubear, disse que o final foi o que lhe passou pela cabeça no momento, tinha de terminar o filme porque a grana tinha acabado, ordem da produção. Como estavam todos gravando uma cena no parque, juntou todo mundo e bolou a disputa.

A resposta de nada adiantou, vários “intérpretes” declararam que depois que uma obra é lançada não interessa a intenção do autor, vale a opinião de quem a recebe.

Pois não é que o fato repete-se agora? Uma professora disse que Caetano não pode ser considerado “dono” da interpretação da obra, que pode ter inúmeros sentidos.”. Interessante, não? Ele compôs mas não sabe o que criou… Uma nova interpretação da bala perdida, “atirou no que viu, acertou no que não viu”…

Festival de incompetência

Ontem 11, 4 mil pessoas continuavam sem energia elétrica na cidade de São Paulo e o presidente da Enel continuava a pôr a culpa no vento. Aquele  que sai da sua cabeça deve ter ajudado a derrubar árvores.

Mas surgiu uma novidade, discussão a respeito  da pronúncia correta, “Ênel”, como quer cabeça de vento, ou “Enél”, como é o natural em Português? Deu-se o mesmo problema em relação à Telefônica. Quando se instalou no país, empresa espanhola, de nome original Telefónica, adotou a grafia Telefonica. Deu o maior rolo na pronúncia, até que resolveu pôr chapéu no “o”. A italiana Enel se não fizer a mesma coisa terá pronúncia igual à de anel. E ponto final.

Sr. presidente, vai continuar fazendo cara de paisagem?

 A Polícia Federal não tem dúvidas, afirma – do verbo afirmar, sem teria – que o ministro das Comunicações Juscelino Filho nos tempos em que esteve na Câmara dos Deputados estabeleceu uma relação criminosa com o dono de uma empreiteira investigada sob suspeita de desvios em contratos com a famosa Codevasf, conhecida como um manancial de práticas corruptas e dada de mão beijada ao Centrão.

A investigação teve início nas conversas obtidas no celular do empresário Eduardo José Barros Costa, conhecido como Eduardo DP. Ele é o verdadeiro dono da Construservice, que tem contratos milionários com a Codevasf pagos com emendas parlamentares de quem, de quem?

A Construservice é a mesma empresa envolvida no episódio ocorrido em Vitorino Freire (MA), cidade que tem como prefeita a irmã do ministro, Luana Rezende. Foi ali que, por mera coincidência, foi asfaltada uma estrada que cruza todas as fazendas da família. A grana teve origem no Orçamento secreto.

Vale o preço em troca de apoio, sr. presidente?

Para eles não basta serem criminosos

São burros também! A Polícia Federal, alertada pelo Mossad, serviço secreto israelense, prendeu ontem duas pessoas que planejavam executar atos terroristas contra a comunidade judaica no Brasil. Segundo a PF, eles  foram recrutados pelo Hezbollah e eram financiados pela organização islâmica que tem ligação direta com o Irã.

 Não há lugar para tal atitude no país, aqui árabes e judeus sempre viveram em paz com exceção de um ou outro racista (de ambos os lados). Um ato terrorista contra a comunidade judaica terá como único resultado a antipatia pela justa causa palestina. Que fique claro, dos palestinos, não dos terroristas do Hamas.

Falou e disse

Ouvido em um documentário – O Índio Cor de Rosa(*) contra A Fera Invisível: A Saga de Noel Nutels, o médico sanitarista que dedicou a vida aos índios (era assim que se referia a eles, é antes dos tempos do mimimi): “A catequese fez mal aos índios. Matou milhares de pessoas.”.

Também os obrigou a abandonar seus usos e costumes, índio que teve contato com homem branco não é mais 100% índio. O digitador destas bem traçadas linhas (Word é fuego en la ruepa) contou esta história tempo atrás: fazendo reportagem a respeito dos cavalos selvagens de Roraima, o avião que me transportava fez uma parada na Terra Indígena Raposa Serra do Sol. A aldeia estava dividida entre os catequisados por protestantes e por católicos. Um veículo da Funai, estacionado em uma estradinha de terra serviu de limite para evitar um confronto.

(*) No nome do documentário Cor-de-Rosa está sem hífens, errado e desrespeitando o título do livro de Orígenes Lessa dedicado a Nutels, “O Índio Cor-de-Rosa”, apelido dele.

 O caminho da perda de qualidade

Seguindo o padrão adotado em outras empresas do Grupo Globo, a CBN fez uma razia atingindo jornalistas competentes de sua equipe. Demitiu André Trigueiro, Carlos Andreazza e Berenice Seara entre outros. Saiu também Jorge Lucki, especialista em vinhos e um grande corinthiano que fazia parte do programa de Carlos Sardenberg.

Aproveitando as ensanchas

Quando fui convidado pelo Gordo deste Chumbo, em janeiro de 2015, para mirandar, impus uma única condição, não quero comentários no “Mirando”, não tenho estômago para cretinices.

Seguem alguns comentários, no Jornal Opção, a respeito da notícia da demissão de André Trigueiro. Omitirei o nome das antas:

1 – André Trigueiro entende de meio ambiente? Sério, mesmo? A mim, ele está mais para um militante ideológico da causa do que alguém técnico.

2 – Quem sabe não tem vaga na assessoria de imprensa do PT?

Por que não haveria de me poupar da opinião de “gênios” do tipo? Afinal, não sou cabotino…

Que maldade…

Trata-se daquele um que já foi juiz, ministro do Bozo, e hoje, por mais inacreditável que seja, senador. É Sergio, que os coleguinhas atentos insistem em escrever Sérgio, Moro. Embananou-se mais uma vez. Criticou o Enem e tiraria zero na prova, escreveu Enen.

Ganhou uma charge:

No SP1

 Ih, o reporter confundiu as concordâncias de tonelada e milhão,  disse dois toneladas e meia. São duas e meia, cara-pálida,  milhão é que é sempre no macho.

(CACALO KFOURI)

                                                                   ***************

Copiadas do Estadãozinho

Coluna do Estadão

  DESGASTE. Os vereadores do PSOL querem convocar os secretários de Governo e da Casa Civil da Prefeitura de São Paulo para explicar se há plano para aterrar(XXX) os fios de energia no município. O prefeito Ricardo Nunes sugeriu cobrança de uma contribuição opcional dos moradores para agilizar o aterramento(XXX).

(XXX) Enterramento, cara-pálida. Quando se trata de eletricidade, aterrar e aterramento têm outro significado. Ou será “possuem”…?

FALECIMENTOS

O necrórter caprichou, rematou e reenterrou cinco vítimas ontem.

 Em tempo: enviei dois avisos a respeito dos erros repetidos que vêm sendo cometidos pelo necrórter e por escribas hifenadores errados  do jornal para o link de correções. Até o momento, fui solenemente ignorado. Fazem questão de continuar errando.

                                                                  ***************

Copiadas do Blog do Ancelmo

 legenda
jefe: Ancelmo Gois
miss Caixa/mistake: Ana Cláudia Guimarães (editora)
errador/mister Crase/mister Caixa: Nelson Lima Neto
Por que continuar lendo o blog se tem tanto erro e dá tanto trabalho? É que, apesar da decadência do texto, continua sendo uma boa fonte de informações. E, afinal,  qual seria o sentido de fazer o “Mirando” sem mirar?  Pra mode de agilizar a publicação das barbaridades e gastar menos tempo, foram criados grupos por cara-pálida. Neles estarão somente as frases com os erros. É evidente que muitos dos erros que aparecem nos títulos, mas não nos textos, são cometidos por quem publica as notas. De qualquer forma, a responsabilidade é dos autores, devem fiscalizar o produto final, no Jornalismo não deve e não pode valer o triste “caiu na rede, é peixe”. Sem esquecer de que mistake/miss Caixa é a editora.

Como parece que é norma, determinação, no blog escrever errado os nomes de livros, filmes, peças teatrais, novelas, programas de TV e eventos, baixando-lhes as caixas, os erros não serão mais apontados, é chover no molhado. Apareceu um nome? Tá errado!

 Cantinho del jefe

 . O advogado Adalberto Ribeiro Neto foi eleito, (…). A galeria de grandes beneméritos do Rubro-negro inclui os ex-presidentes da República Getúlio Vargas e Enrico(!!!) Gaspar Dutra.

(!!!) Pô, jefe, que mancada, ele é do seu tempo, caramba! Eurico.

Cantinho do errador/Mister Crase e Caixa

1 – O governador Cláudio Castro sancionou a Lei 10.170/23, publicada nesta(X) terça-feira no Diário Oficial, que dá o título ao Centro Luiz Gonzaga de Tradições Nordestinas.

(X) Nessa, errador, a nota é da quarta. Caramba, por que não imita o novato e escreve ontem? Ou na terça (7)? Menos um item para errar.

 2 – Durante seu programa, apresentador afirmou(???) que treinador argentino teria(???) cometido atos racistas contra um funcionário do Santos, durante sua passagem pelo clube

(???) Afirmou que teria são como água e óleo, errador, imiscíveis. Desconhece o sentido de qual das duas? Ou é das duas mesmo? Caramba!

O juiz Cassio Pereira Brisola, da 1ª Vara Cívil de Pinheiros, no TJ de SP, condenou, nesta(XXX) terça-feira,

(XXX) “Hoje” é quarta, cabra da peste! Nessa! Mas, segundo a presidente da Fenaj, diploma de jornalista qualifica. Não qualifica nem desqualifica, depende de quem é a pessoa.

 O juiz responsável pelo caso também entendeu que a Rede Bandeirantes terá de responder solidariamente no processo, pagamento (X) metade da condenação de R$ 500 mil.

(X) Da, errador.

 Ruim d+

 Cantinho da mistake/miss Caixa
 Cara-pálida novo no pedaço

1 –  Ele foi o maestro da reunião que decidiu as condições para a volta dos Estados Unidos à organização e esteve especialmente comprometido em mobilizar os Estados(X)membros

(X) Com hífen, novato.

Ele está destoando da equipe, em cinco notas com seu crédito  teve erro nesta.

Cara-pálida anônimo

1 – Sabe os terrenos(???) da Rua Visconde de Niterói, na Mangueira, que pertenciam ao Ministério da Fazenda e ao IBGE, e foram implodidos em 2018?

(???) Terrenos implodidos, cara-pálida? Os imóveis que havia neles é que foram, viste? Informação implodida…

                                                                  ***************

IMPLOSÃO

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Assine a nossa newsletter