Isto é o Brasileirão. Blog Mário Marinho

Eu já disse aqui – e não me canso de repetir – que o Campeonato Brasileiro é o mais difícil de todos.

Inglaterra, Espanha, Alemanha, entre outros, têm a mais rica disputa em termos financeiros, mas acabam esbarrando na mesmice da repetição dos vencedores. Ou, pelo menos, dos finalistas.

O chocolate do Flamengo sobre o Palmeiras, na noite de ontem, quarta-feira, no Maracanã praticamente lotado (64.590 pagantes) escancara a imprevisibilidade do nosso campeonato.

Quando começa o Brasileirão, você tem pelo menos 10 times com possibilidades de chegar ao título. Além disso, a forma de disputa e a correlação com outras competições mexem com a emoção do torcedor o tempo todo.

Os seis primeiros classificados estarão na Libertadores do ano que vem – o sonho de todos; na sequência, os outros quatro disputarão a pré-Libertadores; além disso, ainda sobram mais quatro vagas para a taça Sul-Americana.

E lá no fim da tabela, pelo menos meia dúzia se esfalfa para escapar da longa e terrível ameaça de rebaixamento.

O meu América é o primeiro rebaixado matematicamente. Uma lástima, mas não fez por merecer outro destino.

Enfim, há disputa em toda a tabela.

Há alguns dias, o Palmeiras deu verdadeiro show ao virar um jogo contra o Botafogo e ficar com a incrível vitória: 4 a 3.

Também há poucos dias, o Flamengo levou virada histórica do Santos: saiu perdendo por 1 a 0 e virou para 2 a 1. Façanha quase inacreditável.

Quando Flamengo e Palmeiras entraram em campo ontem, esperava-se, sem dúvida um grande jogo.

Mas, jamais a vitória por 3 a 0 de qualquer um dos dois.

Quis o destino que o vitorioso fosse o Flamengo, de forma implacável.

Não há do que se reclamar.

Logo aos 18 minutos, Pedro fez 1 a 0. Dez minutos depois, Arrascaeta fez 2 a 0. E No segundo tempo, aos 29, o artilheiro Pedro voltou a marcar.

Foi um jogo espetacular, limpo, sem apelações, sem violências, sem jogadores rolando pelo gramado se esguelhando de uma fingida dor a qualquer esbarrão do adversário.

Até o juiz, o pernambucano Rodrigo José de Lima foi muito bem.

Estamos a cinco rodadas do final do campeonato e a luta pelo título continua indefinida.

O líder, com 59 pontos, é o Botafogo, posição na qual atravessou praticamente toda a competição.

Fungando no cangote botafoguense está o Palmeiras com um ponto a menos, porém com duas partidas a mais. Isso significa que o Verdão mesmo vencendo todos os seus jogos, ainda não será o campeão se o Botafogo também vencer.

E em terceiro está o Bragantino, que ontem perdeu para o São Paulo, porém tem um jogo a menos que o líder, o que significa que depende somente de si para chegar ao título.

Mas, a competição está mais embolada.

Grêmio e Flamengo com 56 pontos e o Atlético, com 53 ainda têm chances matemáticas.

Faltam apenas cinco rodadas para o fim, mas, nenhum dos times pode se achar já o campeão.

Na parte de baixo da tabela, tirando o meu América que foi o primeiro a ser rebaixado, a luta continua intensa.

Santos com 38 pontos, Bahia com 37 e Vasco também com 37 ainda se encontram ameaçadíssimos na luta para não entrar na mal afamada Zona do Rebaixamento.

O primeiro nessa Zona é o Cruzeiro, que também tem 37 pontos, seguido de Goiás, com 35 e o Coritiba que tem apenas 26.

O Cruzeiro tem dois jogos a menos e, portanto, com chances de fazer mais pontos.

Quem viver, verá.

Veja os gols da rodada:

https://youtu.be/GFeQ-B6d5h8?si=rOoy-AKda5272vQw

Tira dúvidas

Fase ou Faze

Para aumentar ainda mais a dúvida na hora de escrever, as duas palavras existem.

Mas com significados diferentes.

Fase remete a período, etapa. Por exemplo: o América está numa fase muito ruim.

Faze é reflexão do verbo fazer. Por exemplo: Que tu faze uma volta sobre si mesmo.

(Dicionário informal)

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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