resgate

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Ao assumir a Seleção Brasileira, há poucas semanas, o técnico Dorival Jr. concedeu entrevista coletiva na sede da CBF, no Rio.

Além de seus planos como técnico, uma frase me chamou a atenção:

– Quero resgatar o torcedor brasileiro.

E tem razão.

Em função das últimas apresentações da Seleção, da falta de vitórias, de derrotas para times inexpressivos, do pouco empenho em campo, o torcedor foi perdendo seu encanto pela Canarinha, outrora tão amada.

Incontável número de vezes encontrei amigos, antes apaixonados pela Seleção e pelo futebol, que mostravam sua descrença:

– Teve jogo ontem da Seleção? Rapaz, nem fiquei sabendo.

O que era antes motivo de orgulho, de prazer, passou a ser objeto de desencanto, de importância mínima.

Nesses dois amistosos – contra a Inglaterra e Espanha – o técnico Dorival Jr. mostrou que está no caminho certo.

Como é que se resgata o torcedor?

Jogando bem, se entregando, se esforçando dentro de campo, mostrando orgulho por estar vestindo essa Amarelinha de tantas conquistas gloriosas.

O balanço desses dois amistosos foi altamente positivo.

Contra a Inglaterra, começamos com problemas na defesa.

A defesa clássica é formada por um goleiro e quatro zagueiros. Desses cinco jogadores que estiveram em campo contra a Inglaterra, somente o lateral Danilo era experiente. Os outros cinco faziam sua estreia na Seleção.

Inclusive o goleiro Bento, uma grata surpresa.

O meio campo foi mais combativo do que criativo, mas foi bem. O ataque criou muitos problemas para os ingleses. E Endrick, o Iluminado, resolveu marcando o gol da vitória.

Contra a Espanha, o Brasil encontrou mais problemas.

A Espanha entrou em campo, no histórico Santiago Bernabéu, ferida. Afinal, poucos dias antes havia sido derrotada pela Colômbia, jogando em casa.

Claro que nova derrota em poucos dias estava fora de cogitação.

Assim, a Seleção espanhola foi muito mais combativa do que a inglesa.

Além disso, contou com a ajuda de um juiz ou incompetente ou faccioso.

E ontem, depois do jogo, e na manhã desta quarta-feira, ouvi de muitos e muitos torcedores a pergunta: não tinha VAR?

Não, não tinha.

E muitos daqueles que vivem dando pau no VAR, sentiram a sua falta.

Foram dois pênaltis inexistentes marcados a favor da Espanha.

Mas deixemos a arbitragem para lá.

A Seleção Brasileira não foi perfeita e voltou a apresentar problemas na saída de bola de sua defesa. É um problema sério que precisa ser corrigido.

A Espanha dominou a maior parte do tempo, mas, foi muito legal ver o Brasil dando a volta por cima.  Saiu perdendo por 2 a 0. Foi à luta e empatou: 2 a 2.

Levou o terceiro gol, continuou lutando e alcançou o empate, num pênalti que, esse sim, existiu.

Enfim, repito: o saldo foi positivo.

E trabalho que começa certo, continua certo em sua caminhada, certamente será vitorioso lá na frente.

É o que todos esperamos.

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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