Gol de Placa

Gol de Placa

 Quem gosta de futebol é familiarizado com a expressão “Gol de Placa”. Essa expressão foi criada pelo jornalista Joelmir Beting, para qualificar o gol que Pelé marcou contra o Fluminense, no Maracanã, quando levou a bola de sua intermediária até a meta adversária e marcou.

Na época, Joelmir Beting era cronista esportivo, função que abandonou quando constatou que não seria imparcial o bastante, principalmente nos jogos do seu amado Palmeiras. Tornou-se analista econômico onde marcou diversos gols de placa.

Quem não é chegado ao futebol também já ouviu essa expressão e sabe que ela é empregada para elogiar alguma coisa, alguma pessoa, algum evento.

Peço emprestada a expressão do Joelmir para empregá-la na significativa e emocionante solidariedade que toma conta do povo brasileiro nesse calvário que enfrenta o povo do Rio Grande do Sul, nossos bravos irmãos gaúchos.

São muitas, muitas e muitas as histórias de voluntários que se juntam aos socorristas não apenas nas doações que são muitas – e quanto mais melhor -, mas também são muitos aqueles que se tornam voluntários, enfrentam as águas, as enxurradas, os perigos para levar alimentos – para o corpo e para a alma -, ou para socorrer animais de olhares tristes e desanimados, que se sentem abandonados.

São histórias que enobrecem o ser humano.

Também são histórias tristes.

Dá uma tristeza danada ver aquelas casas transformadas em monte de entulho. E fica aquela pergunta angustiante: qual o tamanho do sacrifício feito pelos donos destas casas para construí-las ou comprá-las?

E mais: terá dinheiro, terá condições financeiras para a nova construção?

Porque, não tenho dúvidas, terminado o flagelo das enchentes, dos desmoronamentos, vira outra situação tão dramática quanto: a reconstrução, a retomada da vida depois de tantas perdas.

Há um ditado que diz: Deus dá o frio conforme o cobertor.

Que assim seja!

Parar

ou não parar?

No próximo dia 27, a Confederação Brasileira de Futebol fará reunião para ouvir todos os times que disputam o Brasileirão para tomar decisão quanto à paralisação ou não do Brasileirão por causa da tragédia do Sul brasileiro.

Os três times que disputam o Brasileirão: Internacional, Grêmio e Juventude já tiveram seus jogos adiados.

Alguns times de São Paulo, Rio, Minas já colocaram seus centros de treinamentos à disposição dos clubes gaúchos.

Mas a situação é mais drástica, não são apenas os jogos ou os treinos.

Com toda razão, os clubes gaúchos perguntam que condições terão esses jogadores de abandonarem seus lares, seus familiares, seus sofrimentos? Como ficarão cabeça e mentes desses jogadores? E de seus familiares que, com certeza, vão se sentir abandonados.

Por outro lado, quem defende que o Brasileirão não deve parar, lembra que não se trata apenas de jogos de futebol, mas também de famílias que dependem do Torneio.

Enfim, vamos torcer para que vença o diálogo e que seja encontrada a solução ideal.

Pane

no Verdão

Outrora imbatível, o Palmeiras conheceu derrota ontem, 2 a 0, em Barueri, onde mandou o jogo contra o Athletico do Paraná que é o líder do Brasileirão.

As derrotas trazem desconforto, dor e até lágrimas, mas, é preciso saber conviver com elas.

Após o jogo, o competente Abel Ferreira foi patético no apelo que fez à diretoria de seu time:

– Se não posso jogar no Allianz, não me venham cobrar títulos.

Mas, então o Palmeiras, cheio de glórias e títulos, só será vencedor se jogar em casa?

Realmente, essa é uma desculpa esfarrapada.

Se estivéssemos falando de um jogo só para decidir um título, aí o senhor Abel estaria coberto de razão: é melhor decidir o título em casa.

Mas, não é o caso de apenas um título. E mais: trata-se de um compromisso assumido pelo Palmeiras quando da construção de sua Arena. E os compromissos são assumidos para serem cumpridos.

Aliás, no jogo de ontem Abel Ferreira e seu auxiliar técnico receberam cartões amarelos pelo mesmo motivo: destempero em suas reclamações.

Os dois estão suspensos para o próximo compromisso do Verdão.

Abel Ferreira gosta de repetir um mantra: “Cabeça fria, coração quente.”

E aí, caríssimo senhor?

Sofrimento

Corintiano

A vitória do Flamengo sobre o Corinthians, sábado, no Maracanã, era, no dizer dos turfistas, pule de dez.

Ou seja, barbada, resultado mais do que esperado.

Neste momento, o Timão ocupa o 15º lugar – está flertando com a Zona de Rebaixamento.

Na verdade, o placar, 2 a 0, até que ficou de bom tamanho.

O domínio do rubronegro foi indiscutível. E o resultado só não foi mais elástico graças às defesas milagrosas do goleiro Carlos Miguel.

Por falar em goleiro, Cássio está estudando proposta do Cruzeiro. A negociação pode sair na abertura da janela de transferências, no próximo mês.

Tomara que a Diretoria corintiana facilite essa negociação.

O Cássio, por seu passado, merece sair do Corinthians pela porta da frente.

Veja os gols do Fantástico:

https://youtu.be/Dp9wHUGFIW8?si=8on5pvuWymmLX4FN

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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