Escola sem Partido VI. Por Meraldo Zisman

ESCOLA SEM PARTIDO VI 

(Neutralidade Docente)

MERALDO ZISMAN

O dever do docente é compartilhar com seus alunos as oportunidades de desenvolver os anseios fundamentais e como atingi-los, como cidadão humanístico.

O recém-empossado ministro da educação, Ricardo Vélez Rodríguez disse:
“No começo dos anos 90, sugeri a empresários, instituições militares, instituições de cultura, várias vezes, uma pesquisa vasta sobre a dominação comunista nas universidades e na mídia. Ninguém prestou a menor atenção, concluiu”. (https://blogdacidadania.com.br/2018/12/escola-sem-partido-vai-infernizar-natal-em-familia?)
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Esclarecimento Psicossocial:

Desde a época das cavernas a espécie autodenominada “homo sapiens” pouco mudou. Por outro lado, a Metapsicologia, conceito criado por Sigmund Freud (1856-1939), delineia os princípios e conceitos fundamentais da clínica psicanalítica.

Afirma a Psicanálise que a emoção é acontecimento arquivado no inconsciente enquanto os sentimentos pertencem à esfera do consciente. Não esquecer ser o “consciente” controlado pela vontade. Assim quando assume um ponto de vista ideológico, seja da direita ou da esquerda, age por vontade própria e ademais remete ao aparelhamento doutrinário do ensino comumente presente nos regimes totalitários.

Compreendo ser complexo para um docente, no caso de a escola sem partido vier a ser Lei, abdicar de suas preferências ideológicas.

Outrora, quando se desconhecia a causa de um enigma dizia-se: “Essa, nem Freud explica!” e por falar em Freud não se pode esquecer que inconsciente pode trair, seduzido pelo proibido. Assim, um discurso jamais é neutro, venha de onde vier. Seja ele ideológico, sexual, polarizado… e ensinar não é catequizar. Ser mestre, professor, docente — para assim ser denominado — é saber conduzir o aluno à soberania intelectual. O resto é resto…

Uma das piores falhas de um professor é cometer “infidelidade docente” que é: doutrinar seus alunos. Em suma: usar a cátedra como palanque de doutrinação é algo inconcebível.

O dever do docente é compartilhar com seus alunos as oportunidades de desenvolver os anseios fundamentais e como atingi-los, como cidadão humanístico.

Onde aparece partidarismo docente o ensino, a educação, a cultura se apequenam.

Lembrem-se: “Entre os que destroem a Lei e os que as observam, não há neutralidade possível” (Rui Barbosa 1849- 1923).

Como professor de Pediatria e agora Psicoterapeuta é bom lembrar uma das máximas mais importantes na educação e ensino:
“A criança é o pai do homem”

A criança não pode aceitar definição estática, acabada. Ela só pode conviver com algo móvel, vivo, que lhe dê condições de crescer e desenvolver-se.

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Meraldo Zisman Médico, psicoterapeuta. É um dos primeiros neonatologistas brasileiros. Consultante Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha). Vive no Recife (PE).

 

 

 

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