No começo é assim mesmo. Coluna Mário Marinho

NO COMEÇO É ASSIM MESMO

COLUNA MÁRIO MARINHO

A frase título desta coluna tornou-se num chavão que se aplica em todo começo de competição.

Assistindo ao sofrível empate entre Corinthians e São Caetano na tarde do domingo, a frase título foi dita e repetida diversas vezes tanto pelo bem comportado Caio Ribeiro quanto pelo pouco convencional Walter Casagrande.

A cada erro de qualquer um dos lados, lá vinha o chavão justificativo: “Começo de temporada é assim mesmo”.

Até o meu neto, Vinicius, de 15 anos de vida e de Corinthians, ao ouvir minha crítica ao jogo, justificou: “Vô, tá só começando”.

Tá bom.

Então, o que dizer do começo do São Paulo que levou um gol contra e depois virou com sonoros 4 a 1 em cima do Mirassol?

E o Atlético Mineiro que, numa boa (desculpem o trocadilho) meteu cinco no Boa Esporte com direito a show particular do inacabável Ricardo Oliveira?

Ou então o Tupinambás, da cidade de Juiz de Fora, que lascou 5 a 1 no Vila Nova, lá em Nova Lima, reduto que já foi tido e havido como o terrível Alçapão do Bonfim?

O Grêmio foi a Novo Hamburgo e não deixou por menos: 4 a 0 nos donos da casa.

O Salgueiro, do município que lhe empresta o nome, com diria um velho narrador esportivo, não tomou conhecimento do Vitória das Tabocas e meteu-lhe escandalosos 6 a 1na rodada do Pernambucano.

O Coritiba foi a Foz do Iguaçu e afogou os donos da casa, o Foz, em impiedosos 4 a 0.

Pelo painel exposto, pode-se ver que mesmo no começo, alguns times se saem bem melhor.

Ou seja: existe começo e começo.

O América, tão mineiro quanto eu, começou com um pálido empate, 1 a 1, contra a Caldense, como nos casos do Corinthians e do milionário Palmeiras.

No jogo do Palmeiras, lamenta-se a violência fora de campo com a refrega entre as torcidas do Palmeiras e da Ponte Preta que nada tinha a ver com o jogo, já que o adversário do Verdão foi o RedBull.

Mas, consta do noticiário, palmeirenses, apoiados por torcedores do Guarani, resolveram “visitar” a sede da torcida da Ponte.

Daí, o pau quebrou.

Começam as disputas, começam as polêmicas.

No Rio, tudo indica que houve a ajuda do bom apito ao Flamengo. Ou ajuda da boa bandeirinha.

Você verá no vídeo dos gols abaixo, que a bola claramente saiu.

Mas há um atenuante a favor da bandeirinha: ela foi atropelada por dois jogadores e pode ter tido sua visão prejudicada.

Na continuação do lance, a bola bateu no braço do zagueiro do Bangu e o juiz, acertadamente, apitou o pênalti. Mas, fica a dúvida: precisava dar aquele cartão vermelho?

Eu não daria.

Enfim, para alegria de uns, tristeza de outros, mas, emoção de todos, a bola volta a rolar pelos gramados brasileiros.

Veja os gols:

https://youtu.be/egkAtmI3bIg

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FOTO SOFIA MARINHOMário Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
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