Isso não foi pênalti, seu Juiz?!?!? Blog do Mário Marinho

ISSO NÃO FOI PÊNALTI, SEU JUIZ?!?!?!

BLOG DO MÁRIO MARINHO

Eu já disse aqui nesse espaço anos atrás, duas décadas, creio eu, assisti a uma palestra do então todo poderoso presidente da Fifa, o brasileiro João Havelange. Depois da palestra ele concedeu entrevista coletiva, o que, aliás ele não gostava muito de fazer.

Perguntei a ele o motivo de a Fifa não usar a tecnologia na arbitragem. Ele foi simples e objetivo.

– Os erros fazem parte do futebol, criam polêmicas. O dia que não houver polêmica, não haverá mais futebol.

Aí está a modernidade que a gente reclamava décadas passadas e a polêmica não acabou. Nem vai acabar.

O VAR (sigla em inglês: video assistant referee ou árbitro assistente de vídeo) aí está e os erros e as polêmicas continuam.

O Fla-Flu de domingo teve esta cena:

https://youtu.be/XoMGFKUwtQA

Veja e reveja quantas vezes quiser, assim como fez o juiz do jogo, Anderson Daronco. Não sobra a menor, a mínima dúvida: pênalti em Gabigol.

A não marcação de uma falta como essa, poderia até ser explicada (não justificada) com o argumento surrado da época: o juiz tem frações e segundos para ver, decidir e apitar.

Sim, assim era.

Mas, hoje, todos sabemos, ele vai consultar o VAR e ver repetidas vezes o mesmo lance.

Como não dar um pênalti desses?

O futebol, felizmente, não está livre dos erros, das polêmicas envolvendo arbitragem. Por melhor que seja o juiz, por mais bem preparado e honesto, ele sempre será colocado sob suspeita pelo torcedor apaixonado.

Para esse torcedor, razão de ser do futebol, o pênalti marcado contra o time dele sempre terá sido injusto, quando não, um grosseiro erro que só o juiz não viu.

Bola que rola.

O jogo terminou com mais uma vitória do Flamengo que, assim abre 11 pontos sobre o seu mais próximo perseguidor, o Palmeiras.

Só não se pode dizer que o Mengo já é o campeão porque o futebol é cheio de armadilhas.

Muitas delas até mesmo criadas pela arbitragem.

Mas em condições normais de temperatura e pressão o Mengão levanta o caneco.

O elenco é bom, o time que entra em campo é bom, o técnico é bom e o ambiente é de paz e tranquilidade.

Correndo atrás do líder, o Palmeiras ficou no empate com o Athletico Paranaense lá na Arena da Baixada.

É muito difícil vencer o Furacão dentro de sua casa, o que dá ao empate cores de resultado normal. Não para esse momento.

Para continuar sonhando, o Palmeiras precisaria vencer. E, até o final das 11 rodadas que ainda faltam, esse é o verbo que o Verdão deve conjugar sempre: vencer. Apenas e tão somente vencer, vencer e vencer.

Timão em risco
para a Libertadores

Mais uma vez com seu futebolzinho medíocre, o Corinthians decepciona seus torcedores e perde outra em casa.

Desta vez foi para o claudicante Cruzeiro que, assim, conseguiu se livrar da pegajosa zona do rebaixamento.

E pior, perdeu de virada.

O Cruzeiro sai da zona de rebaixamento e o Corinthians, a continuar nessa toada, não fica entre os seis primeiros colocados que disputarão a Libertadores do ano que vem.

O gol da vitória foi patético.

O lateral Fagner, que costuma se salvar da debacle costumeira corintiana, foi o autor do passe para que o atacante cruzeirense marcasse o segundo gol.

Claro, o passe não foi intencional.Imagem relacionada

Só que os defensores pegos de surpresa resolveram dar uma de joão-sem-braço e pedir o impedimento do atacante.

Quem entende um pouquinho de futebol sabe que na bola passada por um companheiro do mesmo time não existe impedimento.

O bandeirinha foi na onda e marcou o impedimento. Esperto e ligado no lance, o juiz mandou correr.

Não colou o golpe do joão-sem-braço.

Aliás, Você sabe a origem da expressão?

Dizem que nasceu em Portugal, lá pelos séculos XVII ou XVIII quando volta e meia o país se via envolvido em guerras.

Quando isso acontecia, todo homem em condições normais de saúde era convocado.

Ficavam de fora apenas aqueles que apresentassem algum tipo de defeito físico ou mutilação que eram considerados incapazes para a guerra.

Como todo lugar do mundo, em qualquer época, existem os espertinhos, logo começaram a aparecer “mutilados” aos montes.

Foi aí, dizem, que um alfaiate de Lisboa, que não se chamava nem Joaquim nem Manoel, mas, sim, João, criou um paletó que escondia o braço de seu ocupante.

E choveram homens sem braço pedindo dispensa nos quartéis.

Eram os fregueses do João-Sem-Braço.

Eis os gols do Fantástico:

https://youtu.be/hsWsCVH5GlA

—————————————————————————————–

FOTO SOFIA MARINHO

Mário Marinho – É jornalista. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
 NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

2 thoughts on “Isso não foi pênalti, seu Juiz?!?!? Blog do Mário Marinho

  1. MMarinho. Embora esteja aborrecido com o futebol, de uma forma e outra, o Arbitro continua sendo a autoridade máxima dentro do campo. Tenho acompanhado algumas partidas e toda hora o jogo é paralisado para consulta ao tal do WAR. Em algumas situações com o lance já superado e o jogo correndo. Pergunto: o árbitro perdeu sua autoridade? Ele é “obrigado” à tal consulta? Mesmo com o “apoio” desse equipamento ocorrem interpretações muito duvidosas, como a apontada no jogo por vc citado. Na maioria das vezes a consulta é procedida após pressão dos jogadores. Ora. Árbitro tem que ter personalidade e conduzir a arbitragem segundo suas interpretações no momento. Dúvidas pessoais, consulta imediata e não com o lance deixado para trás.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Assine a nossa newsletter