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Sem público, sem futebol. Blog do Mário Marinho

SEM PÚBLICO, SEM FUTEBOL

BLOG DO MÁRIO MARINHO

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Corinthians e Palmeiras proporcionaram na noite dessa quarta-feira, no primeiro encontro para decidir o título do Paulistão de 2020, um péssimo espetáculo.

Foi ruim, ruim, muito ruim.

Há tempos que, nesta longa estrada da vida que eu percorro, não vejo um jogo tão ruim, tão desinteressante, tão chocho.

Sábio, o destino impediu que houvesse público na arena do Corinthians. Porque se houvesse, os dois times teriam que devolver o dinheiro pago acrescido de multas por descumprimento de um contrato e indenização por total falta de respeito.

Fiquei surpreso com os primeiros minutos, quando o Palmeiras partiu para cima e sufocou o Timão que, por minutos, sequer encontrou ar para respirar.

Passado esse lapso de tempo, o Corinthians nivelou o jogo.

Aconteceram algumas trocas de passes até bonitas de ambos os lados, mas os goleiros eram, como diziam os locutores antigos, espectadores privilegiados.

Se no primeiro tempo aconteceram algumas boas jogadas, no segundo, nada disso.

É óbvio que não existe essa situação no futebol, mas bem que pareceu que os dois times aproveitaram o intervalo, fizeram uma reunião e decidiram: tá bom assim: Você não mexe comigo e eu não mexo com você.

O futebol se resumiu a um bom, na verdade, ótimo lance: o atacante Matheus Vital concluiu jogada já dentro da área e o goleiro palmeirense Weverton, fez excelente defesa.

Defesa espetacular, pois, a jogada do corintiano foi muito rápida e o goleiro tinha diversos jogadores a atrapalharem a sua visão. Defesaça!

De resto, dois lances sem valor para o espetáculo: o desentendimento entre Matheus Vital e o atacante Roni que provocou alguns empurrões.

O outro foi a entrada do atacante Jô no zagueiro Gomes que foi violenta e mereceu justo cartão amarelo.

E mais não disse nem lhe foi perguntado.

Fim de papo.

Sábado,

a decisão.

Corinthians e Palmeiras voltam a se enfrentar na tarde deste sábado, desta vez na casa palmeirense, o Allianz Parque.

Como sou amante apaixonado do futebol, tenho esperanças de que a história seja outra.

Que as duas equipes se lembrem do longo e glorioso passado que possuem. Que se lembrem de jogos fenomenais, de decisões acaloradas – muitas vezes até exageradas.

Se lembrem da vontade, da raça, da gana com que, historicamente, Verdão e Timão se enfrentaram.

Vamos combinar o seguinte, senhores técnicos e jogadores:

Vejam e revejam os lances do jogo dessa quarta-feira.

E, no sábado, façam tudo, tudinho ao contrário. Mas, ao contrário mesmo.

Vai ser um jogão!!!

Enquanto

isso, em Minas…

Lá na minha terra, ontem o América, tão mineiro quanto eu, foi novamente derrotado pelo Atlético e, assim, ficou de fora da final do Mineiro.

Final que será disputada entre o Atlético e o Tombense.

Para quem não sabe, o Tombense é um tradicional time da cidade de Tombos. Foi fundado em 1914, mas só se profissionalizou em 1999.

Nessa sua curta história profissional, foi campeão brasileiro da Série D, em 2014. E também levantou o caneco de campeão do Interior Mineiro em 2013 e 2014.

A pacata cidade de Tombos fiz na Zona da Mata mineira, quase na divisa com o Estado do Rio de Janeiro.

Sua população em 2018 era de 8.201 habitantes.

Seu nome vem das três quedas dágua (tombos) do rio Carangola que corta a cidade.

O Cruzeiro, de tantas glórias, segue sua marcha triste provocada por escândalos financeiros, administrativos e técnicos que desembocaram na queda para a série B do Brasileirão.

É a primeira vez em muitos anos que o time que já foi de Raul, Tostão, Dirceu Lopes e tantos outros históricos e festejados craques fica fora da decisão mineira.

Veja os gols da quarta-feira:

https://youtu.be/gN_JxxphJ5Q

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS
 NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

 

1 thought on “Sem público, sem futebol. Blog do Mário Marinho

  1. Pois é amigo MMARINHO. Vivemos o apogeu do futebol brasileiro, antes das exportações de nossos craques. Naqueles dias não se falava em jogo ruim. Tínhamos estados lotados. O Brasil conquistava seus títulos mundiais e parecia não haver adversários. Bons tempos aqueles.

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