Carlos Moraes

Viva Carlos Moraes. Por José Paulo Cavalcanti Filho

Carlos Roberto Moraes.
Carlos Roberto Moraes

Fez 81 anos, ontem, Carlos Roberto Moraes. E, também ontem, lançou um grande livro, O Coração tem Razões (edição FacForm). Lembro Oscar Wilde (A Importância de ser Prudente), “a memória é um diário que todos carregamos conosco”. E começo por dizer que Moraes andou já pelo mundo todo, para falar em Congressos Médicos ou para operar: África (África do Sul, Cabo Verde), América Latina (quase toda), Ásia (China, Filipinas, Índia, Israel, Japão, Malásia, Singapura, Tailândia), Estados Unidos, Oceania, Europa ‒ com destaque para Alemanha, França, Inglaterra, Portugal. Lugares em que recebeu títulos sem conta. Amigo de Abert Pacífico, Christopher Lincold, DeBakey, Cooley, Dom Wukashi, John Kirklin, Lionel Bargeron, Pantpis Sakornpant, Thomas Burford e outros grandes nomes da cirurgia cardíaca mundial. Caberia falar, também, de técnicas revolucionárias que implantou. Como a endomiocardiofibrose. Mas isso fica para os jornais médicos.

Aqui, prefiro fazer outra louvação. E começo dizendo que Moraes é amigo certo de amigos incertos. Amigo incomum de amigos comuns. Homem rico, na Bolsa dos Valores. Invejado, por não ter inveja de ninguém. De corpo sarado, das (poucas) doenças que teve. Homem reto, apesar das hérnias e das curvas na coluna. Dedicado a dores e todas as suas rimas, inclusive andores, ardores, credores, pecadores, amores, desamores. E, mais que ditas dores, dedicado ao coração e outras rimas como emoção, doação, dedicação, perfeição, perdão. E, também, a mão. Diferentemente da de Augusto dos Anjos (Versos Íntimos), a sua nem afaga, nem apedreja, apenas opera. E o grão. Como o desse “tempo de plantar e tempo de arrancar a planta”, segundo os Eclesiastes (Ecl. 3,2). E é o que está fazendo, agora, nessa colheita. Ao receber, de todos, expressivas homenagens.

Fernando Pessoa, em Mensagem (Ulisses), dizia que “O Mito é o nada que é tudo”. No caso de Moraes, não é bem assim. Melhor dizer que ele é mito por ser tudo que é. E lembro, também, outro Moraes. Filósofo. Que encerrou seu programa (Supremum Organorum), na Televisão Universitária, dizendo que “O Brasil precisa de Pessoa de Moraes”. A ele respondi, então, que o Brasil precisava mesmo era de Pessoas de moral. Mas reformulo, hoje. Para dizer que o que o Brasil precisa, verdadeiramente, é de mais pessoas como Carlos Roberto Moraes.


José Paulo Cavalcanti FilhoÉ advogado e um dos maiores conhecedores da obra de Fernando Pessoa. Integrou a Comissão da Verdade. Vive no Recife.

jp@jpc.com.br

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1 thought on “Viva Carlos Moraes. Por José Paulo Cavalcanti Filho

  1. O colega Professor Carlos Morais completou 82anos de idade. Goethe afirmava:
    “Não valeria a pena chegar aos 70, se toda sabedoria do mundo fosse tolice diante de Deus”
    AGORA NO CONTEMPORÂNEO EM PLENO SÉCULO xxi Gothe estava enganado… basta olhar as datas seu nacimento( 1479) e do seu encantamento -(1832)
    AO JOSÉ PAULO E SUA LEMBRANÇA OBRIGADO PELO COLEGA. MAS NÃO ESQUEÇA QUE COMOREI NESTE MES DE SETEMBRO 87 ANOS
    DESEJO PARA AMBOs
    — FELICIDADE SEMPRE, PARABENS HOJE
    MERALDO ZISMAN, (87) progreeso da Medicina
    Não saberia afrimar se viver muito pode ser um presente de Grego..

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