campeão - o dia do caçado

O dia do caçador. Blog do Mário Marinho

campeão - o dia do caçado

Ensina a sabedoria que um dia é da caça e outro do caçador.

A caça, como se sabe, é o lado mais fraco.

Assim, na última quarta-feira, quando venceu o Palmeiras de forma inapelável e surpreendente, o São Paulo teve o seu dia de caça.

Fez 3 a 1 e poderia até ter saído com uma vantagem mais confortável para o encontro da grande decisão no domingo.

Mas o que o São Paulo não contava é que domingo seria o dia do caçador.

Usando as armas que possui, que são melhores e mais eficientes que as armas do adversário, o caçador Palmeiras arrasou.

Caçador de outras vitoriosas caçadas, o Verdão não teve que buscar táticas e estratégias inovadoras, mirabolantes: apenas jogou futebol.

Se no primeiro jogo o São Paulo surpreendeu por não dar espaços para o adversário, agora foi a vez do Palmeiras devolver de forma mais acachapante o mesmo remédio: não dar espaços.

Para isso, contou com um Dudu – que esteve em campo na quarta-feira, mas, não jogou; com um Rafael Veiga, com Danilo que são apenas os destaques de um time que jogou como uma orquestra filarmônica em dia de espetáculo de gala.

Fora de campo tal qual um maestro tipo Zubin Metha, o técnico Abel Ferreira apenas regia com gestos já ensaiados e conhecidos de seus músicos, ops!, jogadores.

O Palmeiras passou por cima do São Paulo como a Alemanha sobre o Brasil naqueles inesquecíveis 7 a 1.

Em apenas seis minutos (aos 21 com Danilo e aos 27 com Zé Rafael) o Verdão liquidou a vantagem que parecia o porto seguro do Tricolor.

Agora o jogo estava 0 a 0.

Deve ter passado por cabeças são-paulinas que a melhor solução seria recuar e tentar manter o placar e levar a decisão para os pênaltis.

Não deu tempo.

Aos dois minutos do segundo tempo, Rafael Veiga marcou completando jogada simplesmente espetacular-show de Dudu: com 3 a 0, a vantagem era Verde.

Mas não ficou por aí.

Novamente Rafael Veiga, aos 35, marcou e fechou: 4 a 0.

Passa a régua e traz a conta.

O domínio do Verdão apavorou os jogadores do São Paulo. Prova evidente disso foi o quarto gol: uma saída de bola que seria normal da defesa para o ataque, se transformou na jogada que originou o quarto gol, numa falha do zagueiro Diego Costa que, com a bola nos pés, limpa e tranquila, não soube o que fazer dela.

Era puro nervosismo. Ou, como diriam os italianos, paura. Parecia, ainda como diria Dante Alighieri, “Bambino com paura del buio” – menino com medo de escuro.

O título ficou, merecidamente, com o melhor – melhor campanha no Paulistão, melhor em campo na decisão.

Parabéns, Verdão!

Congratulazioni, Verdao!

Veja os melhores momentos:

https://youtu.be/p1cH_xrA4NY

O Incrível

Galo

O Atlético chega a mais uma final e a mais uma conquista de título.

O primeiro destaque deve ser para a beleza de espetáculo com o Mineirão lotado, 60 mil pagantes, dividido meio a meio entre atleticanos e cruzeirenses.

Assim como aconteceu em São Paulo, o Galo sobrou.

Por maior que tenha sido o esforço, a entrega dos jogadores do Cruzeiro, foi gritante a superioridade dos comandados do incrível (que vai se tornando invencível) Hulk.

A cada dia que passa, o grandalhão Hulk vai mostrando sutilezas de verdadeiro craque, como foi na bola enfiada para o gol de Nacho: passe preciso, sutil.

Coube a Hulk marcar os outros dois gols da vitória por 3 a 1.

Melhores momentos:

https://youtu.be/4J_xK_Dqfq0

O Flu

volta a comemorar

No Maracanã também lotado, o Fluminense fez as pazes com o título de Campeão Carioca que não via há dez anos.

Vencedor do primeiro jogo, 2 a 0, o Flu entrou em campo para vencer.

E vencer o Mengão que, até pouco tempo, era cantado em prosa e verso como invencível.

Para ficar com o título bastou o empate: 1 a 1.

Gol, para variar, do artilheiro Cano – que não é um craque refinado, mas, está sempre deixando o seu.

Na jogada do gol, um passe espetacular de Ganso, bem ao seu estilo, achando espaço para colocar a bola nos pés do companheiro mais bem colocado.

E que passe!

Aí, faz a gente perguntar: o que sucede com esse jogador que já deu provas mais do que suficiente de sua refinada qualidade?

O que se passa?

Poderia ter se tornado um craque histórico do futebol brasileiro. Mas, parece contentou-se com o pouco que é hoje.

Melhores momentos:

https://youtu.be/YWx-lQBuvMs

Estádios

Lotados. Uma beleza!

Foi maravilhoso ver Mineirão e Maracanã lotados com a presença das torcidas dos dois times e não a torcida única.

E torcedores comportando-se civilizadamente. Torcendo, incentivando, divertindo-se.

Dois momentos ruins.

No Mineirão, o zagueiro Rever e o atacante cruzeirense Edu se desentenderam e, como galos de briga, ficaram se peitando, se provocando.

No Maracanã, o atacante Fred (ainda não está aposentado?!?!) entrou em campo quase ao final do jogo e, ao que pareceu, com o propósito de bagunçar.

Com poucos minutos em campo se desentendeu com Bruno Henrique, trocaram alguns chega-prá-lá e acabaram expulsos.

O velhinho Fred, como se fosse um menino de grupo escolar, ainda ficou à beira do gramado provocando o jogador rubro negro.

São atitudes absolutamente irresponsáveis.

O que esses jogadores não pensam, não levam em conta é que essas atitudes inflamam os torcedores e, muitas vezes, são causas das brigas fora de campo que terminam em pancadarias e mortes.

Tá na hora desses marmanjos terem um pouco mais de juízo.

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR) ____________________________________________________________________

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