O Santos respira. Blog Mário Marinho

Grêmio x Santos

 E respira sem a ajuda de aparelhos após a bela vitória, de virada, sobre o Grêmio, 2 a 1.

Foi o reencontro com a torcida. Nos últimos 10 jogos como mandante, o Santos teve que jogar sem torcida devido aos graves incidente no jogo contra o Corinthians, quando torcedores jogaram bombas e sinalizadores no gramado.

O protesto não serviu para nada, além do prejuízo santista com 10 jogos em casa e sem renda.

Fica a pergunta: será que o torcedor aprendeu?

No primeiro tempo, o Santos mostrou o futebol que o levou à Zona de Rebaixamento e da qual ainda não saiu.

E o Santos tem pela frente um verdadeiro tour pelas belas Minas Gerais.

Atlético, América e Cruzeiro.

Dos três, somente o meu América pode dar algum refresco ao time da Vila Belmiro.

Mas, voltando ao jogo, o primeiro tempo do Santos foi medíocre.

No segundo, com a entrada do rápido e competente Soteldo, o Santos foi outro: veloz, criativo e envolvente.

Isso, apesar de ter levado o gol do Grêmio aos 2 minutos do segundo tempo, marcado por Cristaldo. Uma pancada fora da área. Um belo gol.

A virada começou nos pés de Soteldo. Aos 18 minutos, ele enfiou uma bola limpinha, na medida, para Marcos Ledonardo que empatou: 1 a 1.

O gol da vitória veio numa jogada bizarra da defesa gremista.

Veja os gols do jogo:

https://youtu.be/yVmZBI1CV94?si=rKe5Kqg925n-WG6D

A bola foi rebatida pela defesa santista e, parecia, iria sair na lateral. Os jogadores do Grêmio até pensaram que a bola já havia saído, menos o santista Rincón que partiu veloz para o ataque. Soteldo acompanhou pelo meio. Quase na entrada da área, Rincon tocou de três dedos para Soteldo. O rápido e veloz baixinho avançou pela área, olhou de lado, e viu a entrada de Furch e tocou. O atacante santista só teve o trabalho de concluir para as redes. Foi o gol da virada.

O Santos do segundo tempo, comandado pelas arrancadas rápidas de Soteldo deixou a torcida praiana feliz da vida com a possibilidade, já-já de estar deixando a escorregadia Zona do Rebaixamento.

A festa

das meninas

As espanholas Alexia Putellas, Jennifer Hermoso e Irene Paredes comemoram a conquista (AP Photo/Abbie Parr)

Foi muito bonita a final da Copa Mundial de futebol feminino. Dentro e fora de campo.

Dentro de campo, Espanha e Inglaterra mostraram um futebol de nível, de ótimo nível.

A despeito do empenho e competência das inglesas, a vitória por 1 a 0 (gol de Carmona) foi justo e até poderia ter sido 2 a 0, não fosse a ótima defesa da goleira inglesa num pênalti cobrado pela atacante espanhola.

Há muito não se via uma partida de futebol tão limpa quanto essa decisão.

Como ainda não estão contaminadas pelo futebol masculino, as jogadoras se respeitam em campo. Nem uma vez sequer, na decisão, viu-se uma jogadora encarando a adversária como fazem os homens em qualquer faltinha sem importância.

O nível técnico de toda a Copa foi excelente. Ficou sobejamente provado que a eliminação da Seleção Brasileira foi absolutamente normal.

Ainda não temos nível para encarar Espanha, Inglaterra ou Estados Unidos.

Fora de campo, o evento foi também excelente.

O recorde mundial de público do futebol feminino foi batido: mais de 75.000 torcedores no jogo de estreia da Austrália.

Segundo cálculo da Fifa, pelos menos um bilhão de pessoas assistiram, em todo mundo, os jogos da Copa.

O Brasileirão feminino que estava interrompido por causa da Copa volta a ser disputado no próximo domingo, já com o clássico Ferroviária e Corinthians.

O futuro das Meninas do Brasil está agora nas mãos da CBF que ainda não decidiu se a sueca Pia Sundhage, que tem contrato até julho do ano que vem, vai ou não continuar.

De minha parte, repito o que já disse aqui.

Sundhage ficou quatro anos sob contrato com a CBF. Nesses quatro anos, ela conseguiu classificar a Seleção para a Copa e mais nada.

Se ela ficar mais um ano, que tipo de benefício ela pode trazer?

Está na hora de convocar o técnico do Corinthians, Arthur Elias, que mostra sua competência com os títulos que o Timão conquistou tanto a nível estadual, como Brasileirão ou Libertadores.

Veja os gols do Fantástico:

https://youtu.be/zbRB4nkEYNc?si=JjA7ybpAAQ5M7KTD

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi FOTO SOFIA MARINHOdurante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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