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Livrarias fechando. Por Meraldo Zisman

livro - estanteApós a pandemia, as principais livrarias do Brasil enfrentam problemas devido aos avanços tecnológicos que afetam a leitura de livros clássicos. A juventude muitas vezes é associada à rebeldia e à quebra de tradições, mas é importante lembrar que é esse impulso que nos permite evoluir e crescer, como Marcel Proust disse em sua novela “Em Busca do Tempo Perdido”.

A juventude desafia as regras da geração anterior, trazendo perspectivas inovadoras e ideias inovadoras. No entanto, este artigo aborda a importância da literatura clássica e como ela pode continuar a ser relevante, mesmo em tempos modernos. Alguns argumentam que os clássicos são frequentemente elogiados, mas raramente lidos, devido à vida agitada e prática que muitos levam. No entanto, é essencial considerar o que essas obras têm a oferecer. Exemplos como “Guerra e Paz” de Leon Tolstoi, que narra a história de um jovem que se recusa a ir à guerra por amor, e “Em Busca do Tempo Perdido” de Marcel Proust, que aborda as complexidades da vida de um jovem asmático, ilustram como essas obras exploram temas universais e profundamente humanos, como amor e perda.

Outros clássicos, como “Os Lusíadas” de Luís de Camões, que conta a história de marinheiros em uma ilha cheia de mulheres, ou “Madame Bovary” de Gustave Flaubert, que descreve a vida de uma dona de casa insatisfeita, também oferecem insights sobre a natureza humana. As tragédias de Shakespeare, como “Romeu e Julieta” e “Hamlet”, exploram temas de amor proibido, traição e conflitos familiares, enquanto “Édipo Rei” de Sófocles mergulha nas consequências devastadoras das ações humanas.

Essas obras clássicas não são apenas entretenimento, mas também uma oportunidade de reflexão sobre a condição humana. Elas são relevantes ao longo do tempo, pois tratam de temas universais que ainda ressoam na sociedade atual, como o amor, a ambição e a redenção. Sendo assim, é crucial que os jovens levem em consideração a leitura desses clássicos, uma vez que eles oferecem uma fonte de conhecimento atemporal e uma compreensão mais aprofundada do que é ser humano. Enquanto novos títulos surgem e desaparecem, a literatura clássica mantém seu lugar no coração da cultura, ultrapassa as limitações do tempo e oferece informações valiosas sobre as questões que enfrentamos hoje.

Todos os livros, sejam eles físicos ou digitais, podem ser divididos em duas categorias distintas: aqueles que são populares atualmente e aqueles que permanecem relevantes ao longo do tempo.

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Meraldo Zisman Médico, psicoterapeuta. É um dos primeiros neonatologistas brasileiros. Consultante Honorário da Universidade de Oxford (Grã-Bretanha). Vive no Recife (PE). Imortal, pela Academia Recifense de Letras, da Cadeira de número 20, cujo patrono é o escritor Alvaro Ferraz.

Acaba de relançar “Nordeste Pigmeu”. Pela Amazon: paradoxum.org/nordestepigmeu

2 thoughts on “Livrarias fechando. Por Meraldo Zisman

  1. Fico triste, pois gostava de ir em livrarias e, sentir o cheiro de um livro novo… desde que aprendi a ler, leio muito e, as vezes me pergunto por que?
    Conheço muitos lugares e povos, sem nunca lá estar… sei ou presumo saber de etnias, povos e lugares pelos livros.
    Enfim, livros nos ajudam a viajar, conhecer e sonhar…
    Estão em desuso… aqui parece que nunca foram prioridade..
    Ensinar a visualizar o mundo através de uma leitura nunca foi preponderante.
    Livrarias físicas que fecham… acabam o prazer de ao buscar um, trazemos outros livros conosco…
    inté!

  2. Realmente, triste, lamentável! Saber que, Buenos Aires /Argentina, possuía/ui, sozinha, mais livrarias que todo o Brasil! Livros são um refúgio para tempestades! Nem parece que os jovens presenciaram a recente Pandemia que dizimou milhões de vidas! Se soubessem quantas vezes dariam a volta ao mundo, a absorver a cultura e hábitos de todos os povos que nele habitam!
    Abraço,

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