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Minha mensagem de Natal. Por Dagoberto A. de Almeida

Alerta: essa não é uma mensagem natalina fofa. Embora necessária para aqueles que se importam.

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Em 1961, o psicólogo de Yale, Stanley Milgram, demonstrou experimentalmente que a maioria dos seres humanos é flexível e pode ser facilmente incitada a atos de grande crueldade por aqueles que consideram seus líderes.

O famoso estudo de Milgram pediu a voluntários que aplicassem choques elétricos em sujeitos invisíveis, atrás de uma parede, para uma experiência de memória simulada, sempre que os sujeitos fingissem não se lembrar de palavras de uma lista previamente entregue. A cada resposta errada aumentava a intensidade do choque. Se a qualquer momento um voluntário quisesse interromper o experimento e parar de apertar o botão que ele acreditava estar eletrocutando suas cobaias, ele recebia um estímulo verbal da autoridade que comandava o experimento. Inicialmente os voluntários foram simplesmente instruídos a continuar. Se mais tarde quisessem parar lhes era dito que continuassem. Por fim, se preciso fosse, lhes era ordenado que era essencial e que não havia escolha a não ser apertar o botão do choque elétrico.

Apesar dos atores gritarem de agonia, reclamarem de problemas cardíacos e implorarem para que o experimento fosse interrompido, sessenta e cinco por cento dos voluntários avançaram até o nível mais alto do choque elétrico.

O Estudo de Milgram ilustrou o fato de que quase 7 em cada 10 seres humanos é capaz de atos inomináveis movidos pelo fanatismo orquestrado por líderes políticos e religiosos — o que tão somente confirma o que tem sido registrado com demasiada frequência ao longo da história. É o caso do fanatismo religioso na idade média em que mulheres curandeiras foram acusadas pelo populacho de bruxaria e queimadas vivas nas fogueiras da Inquisição ou; no Holocausto perpetrado pelo regime Nazista contra judeus, homosexuais, ciganos e pessoas com deficiências físicas e mentais. Nessa barbaridade inominável, que não deve jamais ser esquecida, cidadãos comuns se aliaram aos nazistas como acusadores e executores de morticínios e torturas. Situação usual em regimes ditatoriais, sejam religiosos ou políticos, de esquerda ou direita.

Que essa mensagem natalina, no mínimo desconfortável, seja um alerta àqueles que se lançam ensandecidos aos pés de lideres que pregam o ódio; na expectativa de que este texto permita refleçãoes sobre a importância da empatia, do genuíno sentimento de bondade.

Bom Natal.

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SIGAA - Sistema Integrado de Gestão de Atividades AcadêmicasProfessor Dagoberto Alves de Almeida – ex-reitor da Universidade Federal de Itajubá -UNIFEI – mandatos 2013/16 – 2017-20

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