800 clubes

800 clubes não conseguem jogar. Por Luis F. Chateaubriand

A impossibilidade de quase 800 Clubes jogarem anualmente

Quando se pensa no calendário do futebol brasileiro, algo é inexorável: não é possível garantir calendário durante toda a temporada para todos os quase 800 clubes profissionais do Brasil.

É inviável porque na maior parte da temporada os grandes clubes devem jogar entre si e, assim, os clubes de menor investimento também teriam que jogar entre si.

Sucede que um modelo de calendário deste tipo não se sustenta economicamente. Com todo respeito, quem vai querer assistir a Portuguesa Santista x Taquaritinga?

Com todo respeito, que vai querer assistir a Ceres x Macaé?

Com todo respeito, quem vai querer assistir a Baraúnas x Globo?

Se clubes de menor investimento ficam, ao longo da temporada, jogando entre si, a cada jogo perdem mais dinheiro.

Não é o signatário que afirma isto, mas os gestores destes próprios clubes de menor investimento.

O que se pode fazer? Definir que 128 clubes vão ter calendário para a temporada inteira.

E os outros clubes, os de menor investimento, devem reverter ao amadorismo, ou apenas disputar certames estaduais.

É o que se mostra viável fazer para se ter um calendário hígido em nosso futebol.

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Luis Filipe Chateaubriand –   Acompanha o futebol há 45 anos. Publicou uma dezena de livros sobre o calendário do futebol brasileiro, além de mais de uma centena de artigos sobre o assunto. Foi Consultor do Bom Senso Futebol Clube – movimento dos jogadores de futebol brasileiro que propôs modificações no calendário de nosso futebol. Foi membro do Grupo de Trabalho da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) que visava promover modificações no calendário. Além de escrever sobre o calendário do futebol brasileiro, escreve sobre outros assuntos, de natureza mais lúdica, relacionados ao futebol. Também escreve sobre política. É Mestre em Administração Pública pela Fundação Getúlio Vargas.

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