Clássico meia-boca. Blog Mário Marinho

O Campeonato Brasileiro é um dos mais disputados do mundo. Digo até que é o mais disputado.

Se você fizer uma pesquisa sobre outros campeonatos nacionais, constatará que os campeões ficam circunscritos a uma lista de três ou quatro times que se repetem.

Quando começa o badalado Campeonato Espanhol, você já sabe que o título ficará entre Barcelona e Real Madri. Dificilmente dá zebra.

Na França, o PSG é disparado o favorito.

Na Inglaterra, os dois Manchesters saem na frente em questão de favoritismo.

Na terra de Leonardo da Vinci, o Inter lidera o campeonato, seguido de Milan e Juventus, como tem acontecido nos últimos 10 anos. Sempre os três.

Se houvesse futebol naquela época na terra de Johann Sebastian Bach ele provavelmente seria de torcedor do Bayern de Munique, Borussia Dortmund ou  Bayer Leverkusen, que se revezam na conquista de títulos, com predominância do Bayern de Munique, detentor de 33 títulos.

Aqui no Brasil, quando começa o Brasileirão, você pode lista pelo menos 10 times com grandes possibilidades de chegar ao título.

Aliás, esse ano são 8: o Santos está na segunda divisão e o Corinthians não dá a menor pista de ser um favorito.

Desses favoritos, três se destacam: Flamengo, Atlético, Palmeiras.

Nesse fim de semana, o Galo despachou o Cruzeiro 3 a 0, em sua novíssima arena.

Além da vitória, os cruzeirenses comemoraram a vitória: foi a primeiro em quatro jogos contra o Cruzeiro na Arena MRV.

Os outros dois grandes favoritos, Palmeiras e Flamengo se encontraram na rena Allianz Parque, casa do Palmeiras.

Quando dois times dessa magnitude se encontram, a expectativa é de que haverá um grande jogo.

É o encontro de estrelas. De um lado, você tem o jovem Endrick, de quem sempre se espera uma grande jogada por seu potencial; Murilo, Rafael Veiga. Do outro, um Arrascaeta, um Bruno Henrique, um Pedro.

Sem contar os dois excelentes goleiros e dois técnicos de respeito.

Tudo isso somado, deu em quê? Joguinho meia-boca, nota 4,5 para frustação dos 30 mil torcedores que compareceram ao Allianz e de centenas de milhares que acompanharam pela tevê.

E qual a explicação?

Nem mesmo jogadores e técnicos, após o jogo, souberam apontar.

Talvez, como numa luta de pesos pesados, os dois lutadores cuidam muito da defesa porque sabem que uma pancada pode ser fatal. Por isso, eles se estudam muito no começo da luta.

Explica, mas não convence.

Enfim, perdeu-se a oportunidade de um grande jogo.

Grande jogo fez o Galo, no sábado, em sua casa: não tomou conhecimento do Cruzeiro, do Ronaldo Fenômeno, e meteu 3 a 0.

Foi a primeira vitória do Atlético contra seu arquirrival jogando em sua casa.

Já o Corinthians continua sua Via Crucis: cada jogo um sofrimento.

Perdeu para o Bragantino que, como de outras vezes, começa bem o campeonato.

O Timão, que já teve Dino Sani e Rivellino, ainda não conseguiu fazer um gol sequer no Brasileirão.

Mas, o técnico António Oliveira diz que a primeira vitória está cada vez mais perto.

Acho que ele aplica a filosofia do demitido técnico do São Paulo, Thiago Carpini, que, ao explicar mais uma derrota, saiu-se com essa pérola:

– Quanto mais se perde, mais se está próximo da vitória.

É a matemática da Dilma. Lembra-se dela?

Veja os gols do Fantástico:

https://youtu.be/ZnEwJyvjcd0?si=e8setqUVz07E4uay

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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.

(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)

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