
Prepotência desnecessária. Blog Mário Marinho
… Olhou para a torcida e fez aquele gesto característico de mandar calar a boca. Um gesto que demonstra desprezo, mostra a prepotência de quem o usa…vaias
O que o torcedor mais ama nos jogadores de futebol do seu time, é o empenho, a vontade, a raça, a gana de vencer.
O momento sublime é aquele que o jogador marca o gol e corre para comemorar com a torcida que está vibrando e aplaudindo o gol.
Não foi o que se viu na noite desta quarta-feira, quando Richard Rios marcou o que veio a ser o gol da vitória palmeirense sobre o paraguaio Cerro Portenho.
Ele marcou e saiu andando com a mesma displicência como se houvesse perdido o gol.
Ruim, não é.
Mas tudo que está ruim pode piorar.
E foi o que fez o camisa 5 do Verdão.
Olhou para a torcida e fez aquele gesto característico de mandar calar a boca.
Um gesto que demonstra desprezo, mostra a prepotência de quem o usa.
E por quê?
Simplesmente porque a torcida não tem gostado das últimas atuações do volante que, cá para nós, tem deixado a desejar.
O torcedor tem o direito de externar sua insatisfação.
O torcedor não pode perseguir o jogador que, no seu dia de folga, quer sair com a namorada, a esposa e ir se divertir.
O torcedor não pode agredir ou ameaçar fisicamente o jogador ou pessoas que o cercam.
Dentro de um estádio onde ele pagou para ver o jogo de futebol, ele pode, sim, mostrar sua insatisfação.
Como?
Através da vaia.
A vaia é o aplauso dos descontentes.
Como o jogador pode se insurgir contra essa manifestação dos torcedores?
Jogando futebol. Cumprindo, e bem, o trabalho para o qual ele é pago.
A atitude de Richard Rios foi grotescamente ridícula e totalmente desrespeitosa com a torcida que paga, com sua presença, o salário dos jogadores.
Felizmente, no intervalo do jogo, alguém, no vestiário deve ter chegado para o Rios e dito:
– Você fez merda!
Convencido do despropósito de sua atitude, Richard Rios vestiu o manto da humildade e, ao voltar do vestiário, dirigiu-se aos torcedores que ofendeu e pediu desculpas.
Foi aplaudido não só nesse momento, mas também em todas as jogadas que participou no segundo tempo.
Ao final do jogo, ele novamente se dirigiu à torcida para mostrar o seu carinho.
O torcedor quer ver Richard cheio de bronca, como na foto acima, mas bronca contra o adversário e não contra a sua torcida.
Melhor assim.
Afinal, o Verdão tem outros problemas para resolver.
Já faz tempo que a sua torcida não vê uma apresentação digna de aplausos.
Com o mesmo técnico, Abel Ferreira, responsável por tantas conquistas, o Verdão vem jogando mal e perdendo partidas importantes.
Por isso, não precisa de mais sarna para se coçar.
Veja os gols da noite de quarta-feira.
https://youtu.be/26o2Cy0r-WQ?si=WygfYMeT2oidmkTW
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Mário Marinho – É jornalista. É mineiro. Especializado em jornalismo esportivo, foi durante muitos anos Editor de Esportes do Jornal da Tarde. Entre outros locais, Marinho trabalhou também no Estadão, em revistas da Editora Abril, nas rádios e TVs Gazeta e Record, na TV Bandeirantes, na TV Cultura, além de participação em inúmeros livros e revistas do setor esportivo.
(DUAS VEZES POR SEMANA E SEMPRE QUE TIVER MAIS NOVIDADE OU COISA BOA DE COMENTAR)
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Falou tudo !
O jogador tem a obrigação de mostrar serviço , jogando da melhor forma , com amor á camisa e á torcida que paga o seu salário . Afrontar não é a melhor jogada .
O Rios é o camisa 8, que herdou de Zé Rafael. O 5 é Anibal Moreno.