
Ilustração: Benjamim Cafalli
Tecnologia, sim, mas com muitos cuidados

A tecnologia é ótima, mas é preciso cuidado
Lembro-me da primeira TV que meu pai comprou. Uma Invictus, 12 polegadas, caixa metálica – que perigo! – tensão altíssima lá dentro – antena interna. Dava um trabalhão para conseguir uma imagem boa. Hoje, temos maravilhas melhores que cinema. Ninguém precisa mais se levantar do sofá pra mudar de canal, tudo no controle remoto, em alguma nem precisa dele, é só falar a Alexa e ela muda de canal. Perigo, perigo, inércia total, correr-se o risco de ficar sentado horas sem nenhum esforço físico… Eh eh eh…
Lembro-me também de como era gostoso lidar com os motores dos meus carros antes de surgirem os modernos comandados por CPUs. Uma comodidade, sem dúvida, mas lá se foi uma diversão.
Lembro-me da tralha que carregava nos meus tempos de repórter fotográfico quando ia cobrir um torneio de tênis. Laboratório fotográfico a ser montado no banheiro do quarto no hotel, máquina da UPI – 19 kg – para transmitir telefotos, uns 30 filmes entre P&B e cor. Mais a bolsa de equipamentos com duas câmeras e umas cinco lentes, sendo que a tele de 400 mm, pesadérrima, não cabia nela. Hoje, uma câmera, uma lente e um celular dão conta de tudo. E a transmissão pode ser feita de dentro da quadra… O dano colateral foi a perda do que Henri Cartier-Bresson chamou de “momento decisivo”, aquele em que se decide fazer a foto. Hoje, as câmeras são capazes de fazer 20 ou mais fotos por segundo, fotometram automaticamente. O “momento decisivo” é descoberto na hora da edição, perdido entre dezenas de fotos que serão apagadas…
Até aqui, tudo ótimo, sem grandes danos, alguns só para o ego.
De repente, surge o perigo altamente danoso! O mau uso das novas tecnologias. As telinhas viciantes, a Inteligência Artificial. As pessoas estão perdendo o controle sobre si mesmas, estão perdendo a noção de como estão perdendo o contato pessoal, de como estão perdendo o critério, de como estão se mediocrizando seguindo semianalfabetos – e acreditando neles – que não somam dois com dois.
Está no Brasil o psicólogo e pesquisador norte-americano Jonathan Haidt, autor do livro “A Geração Ansiosa”, que trata do problema. Ele avisa: “É bem possível que toda a Humanidade esteja ficando mais estúpida desde 2015, que é o período exato em que nossas máquinas passaram a ficar mais inteligentes”.
O que ele diz a respeito da I.A.? “Ela vai ficar cada vez mais poderosa. As crianças que são pequenas hoje vão passar a ter a maior parte das suas interações com I.A., e não com pessoas. Hoje elas já têm muitas interações com pessoas mediadas por produtos tecnológicos e os resultados são terríveis, desastrosos, catastróficos.”.
Ele é favorável ao banimento de celulares nas escolas, mas diz que é preciso avançar em um regramento que proíba, também, as redes sociais para menores de 16 anos.
Um dos alertas mais graves que faz é que “Mesmo nas melhores universidades dos Estados Unidos, os alunos não conseguem mais ler.”.
Sou filho de pais leitores vorazes, faço parte de uma família em que quase todos os tios, tias – tiex uma ova! – primos e primas – primex duas ovas! – liam, liam e liam. Sou ledor assíduo – minha mulher também –, o que serviu para incentivar meus filhos. Leitores, seus filhos, leem bastante tendo os pais como exemplos.
Mas o que acontecerá com os filhos dos universitários que ele cita, que têm como tempo máximo de concentração os 30 segundos de um texto – com imagem! – no TikTok e assemelhados?
Volta aos tempos dos grunhidos?
Que contradição
A “Folha de S.Paulo” de ontem publicou uma coluna com o título “Imagine país assim, imagine Justiça dessa”. Trata, basicamente, do envolvimento do ministro Gilmar Mendes em atividades “extracurriculares” que deveriam, mesmo para leigos, impedi-lo de atuar em várias causas. O autor não se restringe a GM, abre o leque para vários alvos.
Erra feio em um, a Imprensa. Diz ele que “Até a confederação de futebol desse país quimérico se joga na rede desse influencer de toga, no sentido latino, pré-digital. A mídia não se sente livre para tratar do assunto. Não se atreve nem a perguntar, que dirá investigar e criticar. Sua coragem se encerra num cochicho privado. Pois tem medo das consequências.”.
A afirmação está a quilômetros de ser verdadeira. A mídia não cansa de publicar questionamentos a respeito da conduta de GM. A própria “Folha”, em reportagens e opinião de colunistas é constante nas críticas. O autor não deve ler o jornal para o qual escreve.
Viva os “patritotas”!
O “amigão” do Bananinha, o secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, para alegria dos “patriotas” traidores da Pátria, que “há uma grande possibilidade” de ser realizado o desejo da bolsonalha, atingir o ministro do STF Alexandre de Moraes, ou seja, a violação da soberania nacional. Pode acontecer até a proibição da entrada dele no país se os republicanos na Câmara dos Deputados norte-americana não ficarem “rubios” de vergonha e continuarem a se curvar diante das absurdas atitudes do ogro.
Caso aconteça alguma represália, qual será a reação do governo brasileiro, blá-blá-blá ou…?
O Rio de Janeiro continua lindo
Em 2005, a pedido do lenhador especialista em rachadinhas 01, a Alerj concedeu sua mais alta condecoração, a Medalha Tiradentes, ao miliciano – que estava na cadeia! – então tenente PM Adriano de Nóbrega, acusado de homicídio. Foi morto em 2020 em uma operação da PM baiana. Sua morte foi considerada “queima de arquivo”, pois era parça de Fabrício Queiroz, outro PM envolvido em zerounzísses. Foi assessor “paralamentar” de 01 e, dizem as boas línguas, o dono da motosserra.
Pois não é que a história se repete e, diferentemente daquele dito “primeiro como farsa etc.”, como tragédia como foi na outra vez.
No começo da semana foram presos na Cidade Maravilhosa dois PMs denunciados pelo MPRJ de fazerem parte do “Escritório do Crime”. As especialidades da turma são comércio ilegal de armas, sequestro, homicídios “com características de execução sumária, praticados à luz do dia e com uso de armamento pesado”, segundo a denúncia.
E daí?, perguntaria o genitor de 01. Daí que eles receberam homenagens de “paralamentares” Alerjianos e bozoide governador Cláudio Castro.
Mudaram as moscas, mas os critérios continuam os mesmos.
Como Estrumpício/Estrampício classificaria “isto”?
Cortaria verbas? Ou aumentaria?
Existiu um bigodinho que serviria feito uma luva para ele…
https://www.instagram.com/reel/DJ4Zbp4ut48/
E aí, Lula, omitir-se-á?
O ditador venezuelano Nicolás “podre de” Maduro anunciou que haverá eleições no domingo para eleger governador e oito deputados em Essequibo. Dois detalhes sem importância: o território é reconhecido mundialmente como parte da Guiana; nenhum essequibano votará, as urnas estarão na Venezuela. Ele está de olho no subsolo rico em petróleo.
Que canseira!
A “Folha” dá um trabalhão nas correções, o “Estadãozinho” é mais bonzinho. Nele é possível fazer “copia e cola” direto na versão digital. Na “Folha”, não. Há que procurar o texto a ser corrigido por meio do Google no portal para copiar e apontar os erros. E muitas vezes tenho de reescrever o título da matéria pra ficar igual ao no impresso, mudam.“Não basta errar, é preciso dificultar!”… “Estadãozinho”, versão impressa, leitura mais atenta. “Folha”, versão digital, vai escapar erro.
(CACALO KFOURI)
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Copiada da Folha
MÔNICA BERGAMO
VISÃO Assim se encerram os versos de “My Street Vilão”, música vencedora do concurso “Minha Penny Lane”, organizado pela Fundação Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente (CASA)(X) com jovens da instituição.
(X) Casa, cara-pálida.
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Copiadas do Blog do Ancelmo Gois
legenda
jefe: Ancelmo Gois
miss Caixa/mistake/miss Crase: Fernanda Pontes
errador/mister Crase/mister Caixa: Nelson Lima Neto
Por que continuar lendo o blog se tem tanto erro e dá tanto trabalho? É que, apesar da decadência do texto, continua sendo uma boa fonte de informações. Fiquei em dúvida em vista de uma grande mancada recente. Vou começar a checar. De qualquer maneira, qual seria o sentido de fazer o “Mirando” sem alvo? Pra mode de agilizar a publicação das barbaridades e gastar menos tempo, foram criados grupos por cara-pálida. Neles estarão somente as frases com os erros.É evidente que muitos dos erros que aparecem nos títulos, mas não nos textos, são cometidos por quem publica as notas. De qualquer forma, a responsabilidade é dos autores, devem fiscalizar o produto final, no Jornalismo não deve e não pode valer o triste “caiu na rede, é peixe”. No caso, nem olham o que pescaram.
Como parece que é norma, determinação, no blog escrever errado os nomes de livros, filmes, peças teatrais, novelas, programas de TV e eventos, baixando-lhes as caixas, os erros não serão mais apontados, é chover no molhado. Apareceu um nome? Tá errado!
Lembrete: o “Mirando” desistiu de apontar o emprego errado de pronomes demonstrativos. Eles são semianarfas convictos.
Ah, a santa é a Inhorância, padroeira deles.
Cantinho del jefe
1 – A novidade, iniciativa da RioFilme, será apresentada (X) próxima edição do Rio2C, evento que vai ocupar a Cidade das Artes entre os dias 27 e 1 de junho
(X) Jefe, aderiu de vez, hein? Orgulhoso de fazer parte? Ah, não é você? Então, não deixe que usem seu nome, deixou, o erro é seu. Na, jefe.
Uma das cidades mais filmadas do mundo, o Rio de Janeiro vai lançar o Selo Film Friendly. O Selo(?), uma parceria da RioFilme e da Visit Rio,
(?) Por que em alta, JCaixa, se não tem o nome?
(…), vai servir com(XXX) uma chancela de estabelecimentos,
(XXX) Serve-se com baixela, jefe. Como, jerrador!
Cantinho do errador/Mister Crase e Caixa
(*) – (…), no qual interpreta alguns dos sambas-enredo mais marcantes do Carnaval (*).
(*) Nas notas assinadas por MrC a caixa é pisca-pisca, sobe e baixa, sobe e baixa, às vezes “possui” as duas na mesma publicação.
1 – O PIX(X) é a forma de pagamento preferida por todas as gerações,
(X) Pix, atento e reparador MrC.
A Geração Z, por exemplo, 92% dos respondentes afirmaram utilizar PIX em suas compras, enquanto Baby Boomers + Silenciosa diz(???) que utilizam(???) 68% do tempo,
(???) Já o errador usa 100% de concordância erradas… Dizem, caramba.
Cantinho da mistake/miss Caixa/miss Crase
1 – Crea(!)-RJ lança aplicativo para agilizar retirada de documentos e certidões
(…), o Conselho de Engenharia e Agronomia do Rio (Crea(!)-RJ) vai lançar seu primeiro aplicativo de serviços.
A ideia é que o usuário consiga gerar documentos sem qualquer interação com a burocracia do CREA(!).
(!) MsC não é um primor de capricho? Creia, é Crea.
2 – Como o jornalismo vira filme? Os bastidores de (‘Ainda estou aqui’)(?) e ‘Dona Vitória’ no centro de debate
(“Ainda Estou Aqui) (?) e Dona Vitória: como o jornalismo vira cinema?” vai mostrar os bastidores das reportagens, desde a apuração até a adaptação dos roteiros, e a transformação de livros de não-(X)ficção em obras para as telas.
(?) Se for aqui o nome adequado é “Como o Jornalismo vira um desastre?”, é só publicarem alguma nota.
(X) Mistake, passou muito da hora de aprender que desde janeiro de 2009 passou a viger a não hifenação de não seja lá o que for.
Gusmão, editor(X)executivo do Extra, assina a série do jornal que deu origem ao filme “Vitória”, (…). Rubens Paiva é autor de (“Ainda Estou Aqui”) (?), adaptado
(X) Aqui tem desde sempre, mas você não sabe, né, mistake?
Cara-pálida anônimo
1 – .A CEO do Crematório e Cemitério da Penitência, Karla Monielly Belchior, representará o Rio de Janeiro na EXPONAF(XXX)
(XXX) Exponaf, exagerado.
2 – . Após 20 anos, Denise Stoklos volta ao Rio de Janeiro para temporada no Teatro I Love PRIO. Diretora, atriz e escritora apresenta a TRILOGIA DENISE STOKLOS a partir do dia 06(X) de junho.
(X) Não se usa isto em textos, cara-?. O recurso serve para alinhamento em tabelas.
Repeteco de ontem, oito notas, seis com erros, muitas com mais de um. Aforamente as incongruências.
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Bom dia.
Tudo bem com vocês?
Todos os artigos são excelentes. Fico muito feliz por poder ler e aprender com todos vocês.
Obrigado e tenham um excelente final de semana.
Atenciosamente e ansiosamente.
Valdeque Santos