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O arrependimento de Chico Anysio. Por Paulo Renato Coelho Netto

Chico Anysio:… ” fumar eu não fumaria. Porque fumar é realmente a pior coisa que a pessoa pode fazer por si mesmo. Fumar é uma das grandes idiotices da vida. A permissão do cigarro é uma ganância estúpida dos países”…

Chico Anysio

Perguntado pela atriz Heloísa Périssé o que corrigiria se o tempo voltasse, Chico Anysio respondeu imediatamente: “Eu não fumaria”.

Continuou o humorista: “Somente isso. O resto eu cometeria todos os erros. Todos. E os cometeria com o maior prazer, porque muitos dos meus erros foram professores para mim. Agora, fumar eu não fumaria. Porque fumar é realmente a pior coisa que a pessoa pode fazer por si mesmo. Fumar é uma das grandes idiotices da vida. A permissão do cigarro é uma ganância estúpida dos países. Eu sou zero em tudo na minha vida. Pressão doze por oito; não tenho colesterol e açúcar no sangue. Meus pulmões são um desastre porque o cigarro acabou com eles. Tenho 40% dos pulmões”.

Chico Anysio revelou ainda que sonhava com células-tronco para recuperar, pelo menos, 20% da capacidade de respiração. Que usava cadeira de rodas em aeroportos porque não conseguia andar cinquenta metros sem sentir fadiga.

O humorista morreu no dia 23 de março de 2012 por falência múltipla dos órgãos, resultante de uma infecção que teve origem nos pulmões. Tinha 80 anos.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o tabaco mata até metade dos usuários, mais de oito milhões de pessoas por ano. Mais de sete milhões dessas mortes são pelo uso direto do tabaco, enquanto 1,2 milhão não fumantes morrem expostos aos cigarros de terceiros.

Em média, a expectativa de vida do fumante é dez anos mais curta que a do não fumante.

Eric Lawson, conhecido mundialmente como o rosto da marca de cigarros Marlboro, morreu em 2014, vítima de doença pulmonar obstrutiva crônica, causada pelo tabagismo. Tinha 72 anos. Fumava desde os 14 anos.

Nos anos 1970, Lawson personificava o macho alfa dominante, o cowboy sedutor que influenciou milhões de jovens pelo mundo a adquirir o mesmo hábito.

Durante décadas, o cinema estadunidense andou atrelado à indústria do cigarro. Galã, para ser galã, precisava fumar nas cenas, como o ator Humphrey Bogart em Casablanca (1942).

Atualmente, cigarros raramente são vistos nos filmes. Quando aparecem, reforçam a imagem de personagens decadentes, psicopatas e violentos.

Propagandas de tabaco são proibidas em vários países, incluindo o Brasil, que não permite anúncios do produto em meios de comunicação.

Provavelmente, as novas gerações não sabem quem foi Humphrey Bogart, mas uma coisa é certa: elas conhecem cigarro eletrônico.

Cigarros eletrônicos, ou vapes — abreviação do termo vaporizer (vaporizador), em inglês — , são usados cada vez mais por adolescentes.

Mais prejudicial à saúde que o tabaco, é possível comprar cigarro eletrônico até pela internet, sem sair de casa.

Tem para todos os gostos: frutados, mentolados, imitando doces e sobremesas, além do clássico tabaco.

Doenças graves e a morte virão com sabor de morango, manga, abacaxi e o irresistível chocolate.

Cigarro eletrônico é uma praga de saúde pública encontrada diariamente nos banheiros dos colégios do primeiro grau e ensino médio, em festas e reuniões de meninos e meninas que estão começando a viver.

Neste 31 de maio de 2025, Dia Mundial Sem Tabaco, as autoridades devem vir a público para esclarecer o que está sendo feito para combater e conscientizar a população sobre cigarros eletrônicos.

É tema de invalidez, vida ou morte.

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Paulo Renato Coelho Netto –  é jornalista, pós-graduado em Marketing. Tem reportagens publicadas nas Revistas Piauí, Época e Veja digital; nos sites UOL/Piauí/Folha de S.Paulo, O GLOBO, CLAUDIA/Abril, Observatório da Imprensa e VICE Brasil. Foi repórter nos jornais Gazeta Mercantil e Diário do Grande ABC. É autor de sete livros, entre os quais biografias e “2020 O Ano Que Não Existiu – A Pandemia de verde e amarelo”. Vive em Campo Grande.

 

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